03.10.2015 – Expondo o evangelho de Marcos – Capitulo 11

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Expondo o evangelho de Marcos – Capitulo 11

Sugestão: Leia primeiro o texto bíblico de cada ponto da lição.

Quando se aproximaram de Jerusalém,  a viagem (10.1) atinge seu destino e começa a chamada Semana da Paixão. A decisão de Jesus de subir a Jerusalém é claramente determinada pelo seu entendimento do Antigo Testamento e suas profecias referentes à sua própria morte (8.31, nota).

Betfagé. Palavra hebraica que significa “casa de figos verdes”, é uma pequena aldeia a leste de Jerusalém. Betânia. No hebraico significa “casa de tristeza”, fica a cerca de três ou cinco quilômetros a leste de Jerusalém.

E o monte das Oliveiras, era um lugar a  leste de Jerusalém, cerca de sessenta metros acima da colina do templo, e de onde se tem uma visão espetacular de Jerusalém e, especialmente, do templo. Nos tempos de Jesus, esse monte era coberto de oliveiras. Porém, os romanos — durante o cerco de Jerusalém, no ano 70 d.C. — destruíram essas árvores.

1)  O triunfo (Leia o texto de 11:1-11)

Essa descrição da “entrada triun­fal” do nosso Senhor deve ter sur­preendido os leitores romanos de Marcos, acostumados com a glória do “triunfo romano”. Esse era o tipo de desfile de boas-vindas feito a qualquer general romano vitorioso, cujo exército tivesse matado, pelo menos, 5 mil soldados inimigos, conquistado territórios novos para Roma e trazido para casa riquezas e prisioneiros importantes. O gene­ral vinha em uma carruagem dou­rada, rodeado por seus oficiais, e, no desfile, expunha as riquezas e os prisioneiros. Os sacerdotes romanos compareciam ao desfile e ofereciam incensos a seus deuses. Em 2 Coríntios2:14-17, Paulo faz alusão ao triunfo romano.

Contudo, a entrada do nosso Senhor em Jerusalém envolveu um jumentinho, algumas vestimentas, ramos lançados sobre o chão e o louvor de alguns peregrinos pascais comuns. Foi a única vez em que Je­sus permitiu uma demonstração pú­blica a seu favor e fez isso para forçar os líderes religiosos judeus a agirem durante a Páscoa, época determina­da para ele morrer (Mt 26:3-5).

Marcos não cita Zacarias 9:9, mas Salmos 118:25-26 (vv. 9-10), um salmo messiânico. “Hosana” significa: “Oramos para que salve agora!” (“Deus salve o rei!”). Quan­do Jesus entrou na cidade montado no jumentinho, proclamou sua rea­leza, mas também assinou sua sen­tença de morte (Mt.26:3-5).

2)  A árvore (Leia o texto de 11:12-14,20-26)

À primeira vista, é um milagre enig­mático. A Páscoa não era época de figos, todavia o Filho de Deus tinha esperança de encontrar fruto na ár­vore. Quando não encontrou ne­nhum fruto, ele usou seu poder divi­no para destruir a árvore, em vez de ajudá-la a frutificar. Na verdade, o episódio inteiro era um sermão em ação. A árvore representa a nação de Israel (Os 9:10,16; Na 3:12) que não estava frutificando para a glória de Deus. Suas raízes espirituais es­tavam secas (v. 20; Mt. 3:10), e nessa condição não podia frutificar.

No entanto, Jesus também usou o milagre para ensinar algumas li­ções práticas sobre a fé e a oração aos seus discípulos. Montanhas re­presentam grandes obstáculos a se­rem removidos (Zc 4:7), e é nossa fé em Deus que nos capacita a supe­rá-los. Todavia, a fé no Senhor não é o bastante; também precisamos perdoar os outros (vv. 25-26). Não ganhamos o perdão do Senhor por perdoar os outros, contudo perdoar os outros demonstra a humildade de nosso coração diante de Deus.

3)  O templo (Leia o texto de 11:11,15-19)

Jesus examinou o templo e voltou no dia seguinte para purificá-lo. No início do seu ministério, ele pu­rificara o templo (Jo 2:13-22) mas os mercadores religiosos voltaram para o templo. A simples mudança exterior não é duradoura, se o co­ração não mudar. O que começou como um serviço para os judeus de fora (que precisavam trocar dinhei­ro e comprar sacrifícios) tornou-se um negócio que não podia aconte­cer na casa do Senhor. As pessoas usavam o templo como um atalho para o monte das Oliveiras (v. 16), e as cadeiras e as mesas atravanca­vam o pátio dos gentios em que os judeus deviam estar testemunhan­do a verdade de Deus aos seus vi­zinhos gentios.

Em sua acusação contra os lí­deres (v. 17), Jesus cita Isaías (56:7) e Jeremias (7:11), que condenaram a nação por seus pecados no templo (Is 1; Jr 7). “Covil de salteadores” é lugar onde os ladrões se escondem depois de cometer um crime. Os lí­
deres religiosos usavam a adoração a Deus como uma forma de enco­brir seus pecados!

4) O teste (Leia o texto de 11:27-33)

Os líderes religiosos ficaram com raiva do que Jesus fez e disse. Eles estavam determinados a destruí-lo (v. 18); todavia, antes disso tinham de reunir evidências suficientes para acusá-lo. Tudo girava em torno da autoridade (vv. 28-29,33): que direito ele tinha de limpar o templo e chamá-lo de sua casa? Ele estava afirmando que era Deus!

Jesus os fez voltar três anos no tempo, à época em que João Batista ministrava ao povo. Ele perguntou: “O batismo de João era do céu ou dos homens?” (v. 30). Essa pergunta deixou os escribas, os anciãos e os principais sacerdotes em um dilema, pois qualquer resposta que dessem lhes traria problema! Talvez esses lí­deres tivessem esquecido a decisão deles a respeito de João Batista, mas a decisão deles não os esquecera. Por fim, ela os pegava e os conde­nava. Eles rejeitaram o ministério de João (Lc 7:29-30) e, além disso, não estavam dispostos a receber Je­sus e crer nele. Em sua covardia e descrença, eles até permitiram que Herodes Antipas matasse João Ba­tista, e logo pediriam a Pilatos que crucificasse Jesus.

Na próxima semana continuamos.

Pr Josias Moura

 

 
 

 

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