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ToggleExpondo o evangelho de Marcos – Capitulo 11
Sugestão: Leia primeiro o texto bíblico de cada ponto da lição.
Quando se aproximaram de Jerusalém, a viagem (10.1) atinge seu destino e começa a chamada Semana da Paixão. A decisão de Jesus de subir a Jerusalém é claramente determinada pelo seu entendimento do Antigo Testamento e suas profecias referentes à sua própria morte (8.31, nota).
Betfagé. Palavra hebraica que significa “casa de figos verdes”, é uma pequena aldeia a leste de Jerusalém. Betânia. No hebraico significa “casa de tristeza”, fica a cerca de três ou cinco quilômetros a leste de Jerusalém.
E o monte das Oliveiras, era um lugar a leste de Jerusalém, cerca de sessenta metros acima da colina do templo, e de onde se tem uma visão espetacular de Jerusalém e, especialmente, do templo. Nos tempos de Jesus, esse monte era coberto de oliveiras. Porém, os romanos — durante o cerco de Jerusalém, no ano 70 d.C. — destruíram essas árvores.
1) O triunfo (Leia o texto de 11:1-11)
Essa descrição da “entrada triunfal” do nosso Senhor deve ter surpreendido os leitores romanos de Marcos, acostumados com a glória do “triunfo romano”. Esse era o tipo de desfile de boas-vindas feito a qualquer general romano vitorioso, cujo exército tivesse matado, pelo menos, 5 mil soldados inimigos, conquistado territórios novos para Roma e trazido para casa riquezas e prisioneiros importantes. O general vinha em uma carruagem dourada, rodeado por seus oficiais, e, no desfile, expunha as riquezas e os prisioneiros. Os sacerdotes romanos compareciam ao desfile e ofereciam incensos a seus deuses. Em 2 Coríntios2:14-17, Paulo faz alusão ao triunfo romano.
Contudo, a entrada do nosso Senhor em Jerusalém envolveu um jumentinho, algumas vestimentas, ramos lançados sobre o chão e o louvor de alguns peregrinos pascais comuns. Foi a única vez em que Jesus permitiu uma demonstração pública a seu favor e fez isso para forçar os líderes religiosos judeus a agirem durante a Páscoa, época determinada para ele morrer (Mt 26:3-5).
Marcos não cita Zacarias 9:9, mas Salmos 118:25-26 (vv. 9-10), um salmo messiânico. “Hosana” significa: “Oramos para que salve agora!” (“Deus salve o rei!”). Quando Jesus entrou na cidade montado no jumentinho, proclamou sua realeza, mas também assinou sua sentença de morte (Mt.26:3-5).
2) A árvore (Leia o texto de 11:12-14,20-26)
À primeira vista, é um milagre enigmático. A Páscoa não era época de figos, todavia o Filho de Deus tinha esperança de encontrar fruto na árvore. Quando não encontrou nenhum fruto, ele usou seu poder divino para destruir a árvore, em vez de ajudá-la a frutificar. Na verdade, o episódio inteiro era um sermão em ação. A árvore representa a nação de Israel (Os 9:10,16; Na 3:12) que não estava frutificando para a glória de Deus. Suas raízes espirituais estavam secas (v. 20; Mt. 3:10), e nessa condição não podia frutificar.
No entanto, Jesus também usou o milagre para ensinar algumas lições práticas sobre a fé e a oração aos seus discípulos. Montanhas representam grandes obstáculos a serem removidos (Zc 4:7), e é nossa fé em Deus que nos capacita a superá-los. Todavia, a fé no Senhor não é o bastante; também precisamos perdoar os outros (vv. 25-26). Não ganhamos o perdão do Senhor por perdoar os outros, contudo perdoar os outros demonstra a humildade de nosso coração diante de Deus.
3) O templo (Leia o texto de 11:11,15-19)
Jesus examinou o templo e voltou no dia seguinte para purificá-lo. No início do seu ministério, ele purificara o templo (Jo 2:13-22) mas os mercadores religiosos voltaram para o templo. A simples mudança exterior não é duradoura, se o coração não mudar. O que começou como um serviço para os judeus de fora (que precisavam trocar dinheiro e comprar sacrifícios) tornou-se um negócio que não podia acontecer na casa do Senhor. As pessoas usavam o templo como um atalho para o monte das Oliveiras (v. 16), e as cadeiras e as mesas atravancavam o pátio dos gentios em que os judeus deviam estar testemunhando a verdade de Deus aos seus vizinhos gentios.
Em sua acusação contra os líderes (v. 17), Jesus cita Isaías (56:7) e Jeremias (7:11), que condenaram a nação por seus pecados no templo (Is 1; Jr 7). “Covil de salteadores” é lugar onde os ladrões se escondem depois de cometer um crime. Os lí
deres religiosos usavam a adoração a Deus como uma forma de encobrir seus pecados!
4) O teste (Leia o texto de 11:27-33)
Os líderes religiosos ficaram com raiva do que Jesus fez e disse. Eles estavam determinados a destruí-lo (v. 18); todavia, antes disso tinham de reunir evidências suficientes para acusá-lo. Tudo girava em torno da autoridade (vv. 28-29,33): que direito ele tinha de limpar o templo e chamá-lo de sua casa? Ele estava afirmando que era Deus!
Jesus os fez voltar três anos no tempo, à época em que João Batista ministrava ao povo. Ele perguntou: “O batismo de João era do céu ou dos homens?” (v. 30). Essa pergunta deixou os escribas, os anciãos e os principais sacerdotes em um dilema, pois qualquer resposta que dessem lhes traria problema! Talvez esses líderes tivessem esquecido a decisão deles a respeito de João Batista, mas a decisão deles não os esquecera. Por fim, ela os pegava e os condenava. Eles rejeitaram o ministério de João (Lc 7:29-30) e, além disso, não estavam dispostos a receber Jesus e crer nele. Em sua covardia e descrença, eles até permitiram que Herodes Antipas matasse João Batista, e logo pediriam a Pilatos que crucificasse Jesus.
Na próxima semana continuamos.
Pr Josias Moura