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Expondo o evangelho de marcos – Capitulo 15
Nesse capítulo, Jesus é chamado de Rei seis vezes (vv. 2,9,12,1 8,26,32). Os líderes judeus sabiam que uma acusação religiosa não faria Pilatos condenar Jesus, por isso criaram uma acusação política: Jesus afirmou ser rei e, além disso, era uma ameaça à paz da terra e à autoridade de Roma.
1. O julgamento do Rei (15:1-15)
No início da manhã, o Sinédrio reuniu-se uma segunda vez e considerou Jesus culpado de blasfêmia e, por isso, merecedor da pena de morte (Lv 24:16). Todavia, apenas Roma podia condenar um criminoso à morte, portanto o conselho precisava da cooperação do governador, Pôncio Pilatos. Os principais sacerdotes acusaram Jesus repetidas vezes diante de Pilatos, mas Jesus ficou em silêncio. Pilatos, não Jesus, era julgado! Veja Isaías 53:7 e 1 Pedro 2:1 3-25.
Pilatos, como defensor dos direitos do povo, deveria examinar os fatos e decidir fundamentado na verdade. Todavia, ele estava mais interessado em ter paz que na verdade, por isso fez uma proposta atraente para a multidão: Jesus ou Barrabás? Por justiça, Barrabás devia morrer porque era um assassino condenado (Nm 35:16-21). Com certeza, Pilatos desconhecia o coração humano se pensou que a multidão escolhería Jesus!
II. O escárnio para com o Rei (15:16-20)
Jesus dissera aos discípulos que os gentios escarneceríam dele (10:34), e suas palavras provaram ser verdade. Quais seriam as conseqüências se tratassem um prisioneiro dessa maneira hoje? Os soldados romanos não puderam deixar de divertir-se com a idéia de haver um rei judeu! Mais uma vez, cumpriu-se a profecia (Is 50:6; 52:14; 53:5; SI 69:7).
III. A crucificação do Rei (15:21-41)
Jesus iniciou o caminho para o Gól- gota carregando sua cruz (Jo 19:1 7); contudo, no caminho, os soldados romanos tiraram-na dele e obrigaram Simão a carregá-la. No versículo 21, a palavra “obrigaram” significa “recrutar para o serviço público”, e os soldados tinham direito legal para fazer isso (Mt 5:41). Quando Marcos escreveu seu evangelho, seus leitores conheciam Simão como o “pai de Alexandre e de Rufo” (v. 21), homens muito conhecidos na igreja (Rm 1 6:13). A experiência humilhante de Simão levou-o à conversão, bem como à conversão de sua família. Ele foi a Jerusalém para a Páscoa e conheceu o Cordeiro de Deus!
A bebida alcoólica que ofereceram a Jesus tinha a finalidade de mitigar a dor, mas ele recusou-a. Ele suportou totalmente o sofrimento pelos nossos pecados. Além disso, ele prometera a seus discípulos que não beberia o fruto da videira até que estivesse com eles no reino (Mt 26:29).
Por volta das 9 horas, Jesus foi crucificado (v. 25) junto com dois ladrões (Is 53:12; Lc 22:37). Os soldados, sem saber, cumpriram a profecia de Salmos 22:18, quando jogaram a sorte pelas vestes dele. No momento em que o homem fazia o seu pior, Deus estava no controle e realizava seu propósito. Pensaríamos que as pessoas estavam caladas e reverentes em um lugar como o Calvário, mas não estavam, a zombaria continuava. O clamor do mundo sempre foi: “Salva-te a ti mesmo”, todavia a ordem do Senhor para nós é esta: Doe-se a si mesmo (Jo 12:23-28). Os passantes (v. 29), os líderes (vv. 31-32), os ladrões (v. 32) e os soldados (Lc 23:36-37) blasfemavam contra Jesus. Um dos ladrões creu em Cristo e, assim, entrou em seu reino (Lc 23:39-43).
Marcos relata o milagre das trevas sobre a terra (v. 33) e o do véu do santuário que se rasgou (v. 38). As trevas lembram-nos o julgamento de Deus sobre o Egito (Êx 10:22ss), o rasgar do véu anuncia que a morte de Cristo abriu o caminho até a presença do Senhor (Hb 10:1-25). Jesus não foi assassinado; ele desistiu voluntariamente de seu espírito (Jo 10:11,15). O clamor dele (v. 34) ecoa Salmos 22:1; na verdade, Salmos 22:1-21 é um retrato profético da morte do nosso Senhor na cruz. O Pai desamparou Jesus para que jamais pudéssemos ser desamparados.
IV. O sepultamento do Rei (15:42-47)
As mulheres fiéis foram as últimas a sair de perto da cruz e as primeiras a ir à sepultura (1 6:1 ss). A mãe do nosso Senhor ficou na cruz até João tirá-la de lá Jo. 19:25-27). Contudo, foram José de Arimatéia e Nicodemos (Jo 19:38-42) que Deus preparara para proteger o corpo de Jesus e sepultá-lo (Is. 53-9; Mt 27:57). Nico- demos viera até Jesus à noite Oo 3); todavia, agora ele saía à luz e assumiu sua posição em favor de Cristo. Se esses dois homens corajosos não tivessem sepultado o corpo de Jesus, talvez outras pessoas pudessem dispor dele de alguma forma humilhante. É importante para a legitimidade da mensag
em do evangelho que a morte, o sepultamento e a ressurreição de Jesus Cristo fossem autenticados como um fato histórico (1 Co 15:1-4).