24.05.2015 ESTUDO EBD: CURSO BIBLICO – I TESSALONICENSSES 2

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CURSO BIBLICO – I TESSALONICENSSES 2

O capítulo 1 descreve a igreja ideal, e o capítulo 2 fornece uma imagem do pastor ou servo cristão ideal. Pau­lo contou-nos como o evangelho chegou a Tessalônica; agora, relata-nos como ministrou aos novos cren­tes. Esse é um esboço do “Programa de Continuidade” de Paulo e explica por que a maioria de seus converti­dos permaneceu firme no Senhor, e por que suas igrejas cresceram. Ele apresenta quatro imagens do traba­lhador cristão ideal.

 

I.             O despenseiro fiel (2:1-6)

Que enorme privilégio ter o evan­gelho confiado a você (2:4)! Muitas vezes, falamos no despenseiro de coisas materiais, mas não podemos esquecer que todo cristão também é o servidor cristão do evangelho e da Palavra do Senhor. Deus deu a mensagem a Paulo (1 Tm 1:11); Pau­lo, por sua vez, entregou-a a Timó­teo (1 Tm 6:20), e esperava-se que este a entregasse às pessoas fiéis das igrejas, que, a seguir, a entregariam aos outros (2 Tm 2:2). A principal responsabilidade do servidor cristão é ser fiel (1 Co 4:1-2); e ele será tes­tado e recompensado no retorno de Cristo com base nessa fidelidade.

O crente tem de estar dispos­to a sofrer a fim de ser fiel em seu serviço cristão. Em Filipos, Paulo e Silas foram maltratados e ultrajados (At 16:19-24) e teriam todo tipo de desculpa para tirar umas férias se quisessem. Mas eles sabiam que Deus confiara o evangelho a eles e tinham de levar a mensagem para as outras cidades. Eles sentiram- se com coragem para proclamar as boas-novas, em vez de ficarem temerosos por causa do tratamento que receberam.

O servidor cristão fiel vive para agradar a Deus, não ao homem (v.4). Deus não pode abençoar o ser­vidor cuja mensagem e ministério não estejam de acordo com seu pa­drão divino, embora, às vezes, seja tentador pensar em comprometer a mensagem a fim de ganhar amigos. No versículo 3, Paulo afirma que sua mensagem não era enganosa ou dolosa, isto é, era a verdadeira Palavra de Deus. Seus motivos eram puros, não impuros; seu método era honesto, não fraudulento (como “isca no anzol” para pegar peixe). O versículo 5 afirma que Paulo nun­ca recorreu à bajulação de pessoas a fim de obter ganhos pessoais. Ele sempre honrou os trabalhadores fi­éis e deu-lhes a honra devida, mas não usa de lisonja para ganhar con­vertidos, ou ter influência sobre os seguidores. (Veja Gl 6:10ss, Jo 8:29 e At 4:18-21.)

 

II.            A mãe gentil (2:7-8)

Parece estranho que Paulo, um ho­mem, compare-se a uma “ama” (v. 7). (Veja também 1 Co 4:14-15, em que afirma que ele, como pai espiritual, gerou” os santos coríntios em Jesus Cristo.) Em 2:9-13, ele usa a ima­gem de um pai, mas a idéia central é o cuidado amoroso. Os novos cris­tãos precisam de amor, de alimento e do cuidado terno que a mãe dá ao filho. Os recém-nascidos preci­sam do leite da Palavra (1 Pe 2:2), depois podem passar para a carne (1 Co 3:1-4; Hb 5:11-14), o pão (Mt 4:4; e veja Ex 16, o maná) e o mel (SI 119:103) da palavra.

O alimento com que a mãe nu­tre os filhos é tão importante quanto a maneira como os nutre. É muito importante que nós, cristãos mais velhos, nutramos os crentes jovens com amor e paciência.

 

III.           O pai interessado (2:9-16)

Observe o ministério “paternal” de Paulo: ele labuta (v. 9a), proclama (v. 9b), comporta-se (“procede”; v. 10), exorta (v. 12) e sofre (v. 14). O pai deve zelar pela família e fazer sacrifí­cios pelo bem-estar dela. E muito im­portante que “pais e mães espiritu­ais” tenham uma vida exemplar, pois as crianças são grandes imitadoras.

Paulo poderia reivindicar seus direitos de apóstolo e exigir que a igreja o sustentasse (2:6), mas ele, em vez disso, trabalhou, com sacri­fício, com as próprias mãos a fim de ministrar à igreja. Os pais não fazem com que os filhos pequenos paguem pelo cuidado que recebem. Paulo também tinha o cuidado de levar uma vida santa (para Deus), justa (para o homem) e irrepreensí­vel (para si mesmo).

Em Tessalônica, Paulo cumpriu a tarefa do pai de exortar e educar os filhos. Ele forneceu ensino pesso­al e individual (“a cada um de vós”), como também exerceu o ministério público para a igreja. Que os líderes espirituais não ousem fiar-se apenas em seu ministério público, pois seus filhos espirituais também precisam de encorajamento e aconselhamen­to pessoal. O ministério de Paulo, como pai, incluía três aspectos: (1) “exortar” ou pedir; (2) “consolar” ou encorajar; e (3) “dar testemunho” ou testificar (NVI). Paulo encorajava-os com suas experiências pessoais no Senhor; não se contentava em ape­nas ensinar a Palavra.

O apóstolo regozijava-se com a forma como seus filhos espirituais receberam a Palavra do Senhor. Ele sabia que o Espírito de Deus ope­raria na vida deles se recebessem a Palavra e cressem nela. Ao ligarmos Filipenses 2:12-1 3 a Efésios 3:20-21 e a 1 Tessalonicenses 2:13, consta­tamos que Deus opera em nós por meio de sua Palavra, de seu Espírito e da oração.

Por fim, Paulo alerta sua família espiritual em relação aos inimigos que a perseguirão. Satanás e seus seguidores perseguem os cristãos que seguem o Senhor (1:6) e as igre­jas (2:14).

 

IV.          O irmão amoroso (2:17-20)

Paulo amava chamar esses santos de “irmãos”! Nas epístolas aos Tessa­lonicenses, ele usa essa palavra 23 vezes. (Claro que o termo também inclui as irmãs.) Ele se vê como um deles, como membro da família. No versículo 17, ele diz que está “orfanado” deles por um breve espaço de tempo, como uma criança longe de casa. Ele ama-os, ora por eles e de­seja muito vê-los de novo. Afinal, o que testa nossa vida espiritual não é o que fazemos quando estamos com a “família” na igreja, mas como nos comportamos fora da igreja. Paulo não era o tipo de membro da igreja que “tira férias” da casa do Senhor.

Como já mencionamos, cada capítulo dessa epístola termina com uma referência ao retorno de Cristo. O capítulo 1 relaciona o retorno de Cristo com a salvação; e o 2, com o serviço cristão. Por que Paulo conseguia ministrar fiel e amorosamente a esses santos? Porque ele os via à luz da vinda de Cristo. Ele aguardava o dia em que regozijaria com eles na presen­ça de Cristo! Jesus suportou a cruz “em troca da alegria que lhe estava proposta” (Hb 12:2); sem dúvida, essa é a “alegria” de apresentar a igreja a seu Pai (Jd 24). Paulo su­portou todo tipo de sofrimento para usufruir dessa mesma alegria. Nós nos regozijamos quando conside­ramos o fato de que um dia vere­mos Jesus?

Na próxima semana continuaremos.

Abraços a todos.

Pr Josias Moura de Menezes

 

 

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