27.12.2015. EXPONDO O LIVRO DE GENESIS – CAPITULOS 5 A 8

clique aqui para imprimir texto

 

EXPONDO O LIVRO DE GENESIS – CAPITULOS 5 A 8

Leitura em Classe: Genesis 6

Esses capítulos falam do dilúvio e da fé de Noé. Existem muitos tesouros espirituais para nós nestas narrativas, porem nos limitaremos a quatro aspectos principais.

1.  O dilúvio sob o ponto de vista histórico

O fato do dilúvio

Os registros de Gênesis, como tam­bém de Cristo (Mt 24:37-39; Lc 17:26-27), dos profetas (Is 54:9) e dos apóstolos (1 Pe 3:20; 2 Pe 2:5; 3:6), comprovam que realmente houve o dilúvio. Muitos arqueólo­gos comprovam que muitas civili­zações primitivas tinham tradições relacionadas ao dilúvio, cujos de­talhes são paralelos ao relato de Gênesis. É provável que essas his­tórias (que envolvem os deuses e as deusas fantásticos deles) sejam adulterações da história original do dilúvio transmitidas de geração a geração.

A finalidade do dilúvio

Conforme 6:5-13 afirma, houve o dilúvio porque as pessoas se cor­romperam, e a terra estava cheia de violência. Deus enviou o dilú­vio a fim de destruir a humanida­de. Sempre deve haver julgamento e morte antes de um novo início.

A seqüência dos eventos do dilúvio

Se contarmos o ano da criação de Adão como o ano 1, então Noé nasceu no ano 1056. Gênesis 6:3 indica que Deus deu 120 anos a Noé para construir a arca e pregar (1 Pe 3:20), o que significa que ele tinha 480 anos quando iniciou a construção da arca (7:11). Isso se­ria o ano de 1536. O dilúvio acon­teceu quando Noé tinha 600 anos, em 1656 e 1657, e Noé e sua fa­mília, quando ele tinha 601 anos de vida, voltaram para a terra seca (8:13ss). Os eventos iniciaram-se no décimo dia do segundo mês (10/2) de 1656, quando Noé e sua família entraram na arca (7:1-9). O dilúvio veio em 17/2 (7:10-11); as chuvas cessaram em 26/3 (7:12); e a arca repousou no monte Ararate em 17/7 (8:1-4). Em 1/10, a famí­lia viu o cimo dos montes (8:5). Em 11/11, Noé enviou o corvo (8:6-9). Em 18/11, ele enviou a pomba, que trouxe de volta uma folha de olivei­ra (8:10-11). Uma semana depois de 25/11, Noé mandou de novo a pomba, e ela não retornou (8:12). No primeiro dia do primeiro mês do ano seguinte (1657), Noé remo­veu a cobertura da arca e olhou a terra (8:13). Em 27/2, todos deixa­ram a arca (8:14ss)

2.  O diluvio sob o ponto de vista simbólico

A arca não era um navio; antes, era uma “caixa flutuante” feita de madeira de cipreste e calafetada com betume. A arca media 183 metros de com­primento, 30 metros de largura e 18 metros de altura. Outra medida pos­sível seria 137 metros x 23 metros x 14 metros. Nos dois casos, a arca era grande o suficiente para abrigar todos os animais, a comida necessária e os membros da família de Noé. Não sa­bemos quantas espécies de animais existiam na época. Observe que 6:20 indica que Deus trouxe os animais até Noé. Havia três pavimentos na arca, com uma janela ou no teto do andar superior ou à volta toda do andar su­perior (6:16) e uma porta.

A chuva e a erupção de água brotando da terra provocaram o dilúvio (7:11). Podemos muito bem imaginar o tre­mendo efeito que isso causou à super­fície da terra, como também ao clima. A essas erupções, seguiram-se ondas gigantescas. Gênesis 2:5-6 sugere que, na época de Noé, a chuva era algo novo na terra, o que torna a fé de Noé ainda mais maravilhosa.

A arca é uma imagem luminosa de nossa salvação em Cristo (1 Pe3:18- 22). A salvação e a arca foram pla­nejadas por Deus, não inventadas pelo homem. Há apenas uma forma de salvação e apenas uma porta na arca. A arca era de madeira, o que diz respeito à humanidade de Cris­to: ele tinha de nascer como ho­mem a fim de nos salvar. Em 6:14, a palavra para “betume” é a mesma usada para “redenção” mais adiante no Antigo Testamento. Deus convi­dou Noé e sua família para entrar na arca (7:1). Depois, Deus, quando eles estavam lá, trancou-os na arca a fim de que ficassem seguros (7:16). A arca salvou não apenas a humani­dade, mas também as criaturas que estavam nela, exatamente como, um dia, a morte de Cristo libertará a criação da escravidão do pecado (Rm 8:18-23). A arca salvou Noé e sua família do julgamento porque acreditaram na promessa de Deus (Hb 11:7); Cristo salva-nos do cas­tigo vindouro quando cremos nele. Em 1 Pedro 3:18-22, a arca é rela­cionada à ressurreição de Cristo; as águas sepultaram o antigo mundo, mas promoveram uma nova vida para Noé. Noé foi fiel ao obedecer a tudo que Deus ordenou; Jesus disse: “Eu faço sempre o que lhe agrada” (Jo 8:29). Noé permaneceu salvo em meio ao dilúvio; Cristo atravessou um dilúvio de sofrimento (SI 42:7) e saiu vitorioso. Noé saiu da arca, o cabeça de uma nova criação com sua família; e Cristo saiu do sepul­cro, o Cabeça de uma nova criação e o Pai de uma nova família.

Noé atravessou o julgamento e salvou-se, exatamente como o rema­nescente de judeus crentes atraves­sará a tribulação para estabelecer o reino na terra. Enoque foi arrebata­do antes do julgamento (5:21-24; Hb 11:5), exatamente como a igreja será arrebatada antes da vingança de Deus espalhar-se pelo mundo. Veja 1 Tessalonicenses 1:10 e 5:9-10.

3.  O dilúvio considerado de forma profética

Cristo ensina que os dias anteriores ao arrebatamento e à tribulação se­rão como os dias de Noé (Lc 17:26; Mt 24:37-39). Hoje, vivemos nos “dias de Noé”. Vemos alguns para­lelos como a multiplicação de pes­soas na “explosão populacional” (6:1); todo tipo de corrupção moral (6:5); violência (6:11,13); a expan­são das artes e das indústrias (4:16- 22); a falta de consciência, até para o assassinato (4:23-24); e o fato de os verdadeiros crentes serem uma minoria (6:8-10). Contudo, tenha em mente que os “dias de Noé” também foram dias de testemunho. Na verdade, Deus disse a Enoque que o julgamento estava a caminho, e ele advertiu as pessoas (Jd 14-15). Metusalém, filho de Enoque, nasceu no ano 687 e viveu 969 anos. Ele morreu no ano 1656 — o ano em que houve o dilúvio! Em outras pa­lavras, Deus deu 969 anos de graça ao mundo pecaminoso. E nos últi­mos 120 anos desse período, Noé esteve pregando e preparando a arca (Gn 6:3; 1 Pe 3:20). Hoje, Deus avi­sa que o julgamento está a caminho (2 Pe 3 — pelo fogo, não pela água), mas poucos escutam, e um número ainda menor crê nisso.

4.  O dilúvio considerado de forma prática

No mínimo, encontramos estas seis considerações práticas no relato do dilúvio: (1) Deus deve punir o pe­cado. O antigo deve morrer antes de ele estabelecer o novo. (2) Deus adverte, mas, no fim, sua paciência esgota-se e vem o julgamento. (3) Deus sempre salvou as pessoas da mesma forma: pela graça (6:8), pela fé (Hb 11:7). (4) A verdadeira fé leva à obediência (6:22; 7:5). (5) O tes­temunho verdadeiro exige afastar- se do pecado, e Noé e sua família mantiveram-se não maculados pelo mundo. (6) Em 6:1-4, quer “os filhos de Deus” fossem anjos quer fossem a família de Sete, vemos a mesma li­ção: Deus condena a concessão e a rebelião, mas recompensa os santos separados.

Conclusão

A narrativa do diluvio nos faz lembrar que Deus age com juízo punindo o pecado e o pecador que não se arrepende. Mas este mesmo Deus, faz uso de sua misericórdia para preservar aqueles que clamam por seu perdão. Vemos essa ação misericordiosa de Deus na vida de Noé, que foi encontrado por Deus, como um justo em meio a uma geração desgovernada e perversa.

Nestas narrativas percebemos que Deus sempre possibilita um recomeço para aqueles que se arrependem e o invocam.

Ate a próxima semana.

 

 
 

 

Rolar para cima