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1 Tessalonicenses 5 – Estudo para EBD
Este capítulo final apresenta uma série de conselhos que ensinam como viver à luz da vinda de Cristo. Percebemos que, definitivamente, havia alguns problemas na nova igreja à medida que lemos essas exortações do apóstolo. Os cristãos viviam de forma descuidada, alguns não respeitavam os líderes religiosos, outros prejudicavam o culto coletivo, e havia a necessidade geral de amor e harmonia entre os santos. Essas admoestações mostram como a igreja local pode viver em harmonia e pureza.
I. Estejam alertas (5:1-11).
Aqui, o apóstolo Paulo apresenta uma série de contrastes entre o perdido e o crente.
A. Luz/trevas
No que diz respeito ao mundo, a vinda de Cristo acontecerá de repente e de forma inesperada, como um ladrão na noite; porém, não para o crente. Nós estamos aguardando a vinda dele! O incrédulo está nas trevas, tem o entendimento obscurecido (Ef 4:18; 5:8), ama as trevas (jo 3:19-21; Ef 5:11), é controlado pelas forças das trevas (Ef 6:12) e ruma para as trevas eternas (Mt 8:12). No entanto, associa-se o cristão à luz, pois Deus é luz, e Cristo é a Luz do mundo (Jo 8:12). O cristão é filho da luz (Ef 5:8-14), embora, antes de sua conversão, estivesse nas trevas. A mudança que acontece no cristão é descrita em 2 Coríntios 4:1-6, Colossenses 1:13 e 1 Pedro 2:9. Os crentes devem viver na luz, já que pertencem ao dia, e estar prontos para o retorno de Cristo.
B. Conhecimento/ignorância
Satanás gosta de manter as pessoas nas trevas (At 26:18). Judas estava nas trevas (Jo 13:27-30) e também Safira e Ananias (At 5). O mundo rejeitou Cristo e a Bíblia, por isso não conhece os planos de Deus. Leia Isaías 8:20 para entender por que até mesmo os líderes mundiais inteligentes estão no escuro em relação ao que acontece no mundo. Eles andam pela aparência e dizem: “Onde está a promessa da sua vinda?” (veja 2 Pe 3). Todavia, o cristão que lê a Bíblia e mantém os olhos abertos sabe como Deus opera no mundo; e, portanto, ele não é ignorante.
C. Expectativa/surpresa
< span style="font-size:14pt;">O mundo não-salvo vive em uma falsa segurança, como as pessoas antes do dilúvio (Gn 6), ou os habitantes de Sodoma e Gomorra antes da destruição dessas cidades (Gn 18—19). Paulo usa duas comparações para a vinda de Cristo: (1) o ladrão, e essa figura de linguagem retrata a surpresa e o despreparo dos afetados por ela; (2) a mulher que dá à luz, e a figura de linguagem aqui simboliza a subitaneidade e o sofrimento que ela envolve para os não- salvos. Iniciar-se-á o Dia do Senhor, os sete anos de tribulação e de sofrimento para o mundo quando Cristo arrebatar a igreja, tirá-la do mundo. Por isso, o Dia do Senhor virá para o mundo como um ladrão na noite, mas não para o crente.
II. Sobríedade/embríaguez
Os cristãos que esperam a vinda de Cristo permanecem acordados e vigilantes, não se embriagam como as pessoas do mundo. Nessa passagem, ao contrário do que ocorre em 4:13-18, os verbos “vigiar” e “dormir” não significam “vivo” e “morto”, e sim “alerta” e “descuidado”, respectivamente. Os cristãos, quando Jesus vier, devem estar vivendo de forma pura e dedicada.
D. Sejam respeitosos com seus líderes (5:12-13)
A família da igreja tem de ter liderança espiritual, e o(s) pastor(es) e os diáconos estão investidos dessa liderança. A igreja pode estabelecer qualquer tipo de organização que lhe aprouver (desde que esses grupos sejam organizados de acordo com as diretrizes bíblicas). No entanto, o pastor deve liderar o rebanho de acordo com a orientação de Deus. Sem dúvida, ele precisa, e quer, as orações e os conselhos das pessoas, em especial dos líderes eleitos. Todavia, todos da igreja têm de respeitar a liderança que Deus lhes deu. Os cristãos devem: (1) aceitar seus líderes (Ef 4:7-11; 1 Pe 5:1-5); (2) honrar seus líderes e reconhecer o trabalho que fazem; (3) amar seus líderes; (4) e segui-los (Hb 13:7-9- ,17,24). Muitas vezes, a desunião na igreja deve-se ao fato de o pastor não assumir a responsabilidade de liderar ou de os membros não permitirem que ele o faça. Lembre-se, liderança não é ditadura. O líder dá o exemplo, paga o preço e tenta ajudar os outros em amor cristão. O ditador usa a lei, não o amor. Este não lidera nem guia, além de ter os motivos egoístas, mesmo que pense que trabalha para o bem da igreja.
E. Sejam cuidadosos uns com os outros (5:14-15)
Também é preciso haver parceria na igreja, além da liderança, com cada membro fazendo sua parte no trabalho. Em 1 Pedro 4:7-11, somos lembrados de que cada cristão é o “despenseiro” de um dom espiritual que deve ser usado para o bem dos outros e para a glória do Senhor. Paulo especifica alguns tipos de cristãos que precisam de ajuda especial: (1) os insubmissos — deve-se advertir os negligentes que não são controláveis, que andam fora da linha; (2) os desanimados — os amedrontados precisam de encorajamento; (3) os fracos — os imaturos no Senhor (Rm 14:1-5) devem receber apoio até que possam andar no Senhor. Temos de ser longânimos e amorosos com todas as pessoas e não retribuir “mal por mal” (Rm 12:17-21).
III. Sejam agradecidos (5:16-18)
“Regozijai-vos […]. Orai […]. Dai graças”; esses imperativos soam como admoestações comuns; no entanto, quando acrescentamos os complementos, temos um verdadeiro desafio: “Regozijai-vos sempre. Orai sem cessar. Em tudo, dai graças”. O cristão que anda com o Senhor e tem comunhão constante com ele tem muitos motivos para regozijar-se e dar graças ao longo do dia.
“Orar sem cessar” não é a repetição constante de orações (veja Mt 6:7). A verdadeira oração é a atitude e o desejo do coração (SI 10:17; 21:2; 37:4; 145:19). Oramos o dia inteiro à medida que o Espírito intercede por nós e em nós quando nosso coração deseja o que Deus quer (Rm 8:26-27).
IV. Sejam cuidadosos na adoração (5:19-21)
Na igreja primitiva, “profetizar” era a obra imediata do Espírito: o profeta transmite a mensagem de Deus. Mas é necessário testar as mensagens, pois Satanás é um impostor (veja 1 Co 12:10; 14:29-33). O perigo reside no fato de os crentes “extrapolarem” nos excessos emocionais, ou partirem para o outro extremo, sufocando o Espírito ao rejeitar as revelações dele. Sempre que ouvimos, ou lemos, a mensagem da Palavra, devemos prestar atenção a esta admoestação: “Julgai todas as coisas, retende o que é bom” (v. 21).
V. Sejam fiéis na conduta diária (5:22-28)
“Toda aparência do mal” (ARC) significa “toda forma de mal”. Sem dúvida, os santos não podem ter nada em sua vida que possa ser mal interpretado ou criticado pelos outros. Se nos entregamos a Deus, ele é fiel em edificar-nos em santidade. A oração, o amor fraternal e a atenção à Palavra do Senhor santificam-nos e mantêm-nos prontos para o retorno de Cristo.