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CAPITULO 06
Esse é um capítulo cheio de oportunidades, algumas se perderam por causa da descrença, outras foram aproveitadas em consequência da fé.
1) Oportunidade para conhecer o Servo (Leia 6:1-6)
Um ano antes, as pessoas da cidade natal de Jesus tentaram matá-lo (Lc 4:29), mas ele graciosamente voltou lá e deu-lhes uma nova oportunidade para conhecê-lo. Elas pensavam que realmente o conheciam, pois ele crescera e vivera lá por 30 anos. Não obstante, elas o viam apenas como “o carpinteiro” (v. 3), não como o Filho de Deus, e estavam surpresas como sua sabedoria e obras.
A familiaridade do tipo errado encorajou a descrença, e a descrença roubou-lhes a bênção. Da mesma forma como Jesus maravilhou-se com a fé (Mt 8:10), agora admirava-se com a descrença.
2) Oportunidade de compartilhar a Palavra (Leia 6:7-13)
Os Doze eram embaixadores de Cristo, comissionados e capacitados por ele para servir aonde quer que os enviasse. Se compararmos o relato de Marcos com o de Mateus (10:1-42), constataremos que Marcos omite a menção ao ministério para os judeus, pois escreve para leitores gentios. Como havia urgência nessa obra, Jesus disse aos homens que não comprassem nenhum equipamento novo nem carregassem coisas de que não precisavam.
Não devemos entender que essas ordens referem-se a todos os ministérios, pois Deus espera que usemos de bom senso quando planejamos nossas viagens. Jesus encorajava-os a viver pela fé, uma lição que o povo de Deus de todas as eras precisa aprender. A principal tarefa deles era pregar a Palavra e levar as pessoas a crer no Salvador.
3) Oportunidade para arrepender-se do pecado (Leia 6:14-29)
Herodes Antipas era apenas o tetrarca da Galiléia e da Peréia, mas gostava de ser conhecido como rei. Ele casou-se com sua cunhada, Herodias, que deixou o marido Filipe a fim de formar essa aliança perversa, e João Batista repreendeu-o por isso (Lv 18:16).
Herodias queria que o marido matasse João Batista, no entanto Herodes, ao prender João Batista e, ocasionalmente, ouvir suas pregações, acomodou a situação. Herodes ouviu o maior profeta já enviado e, mesmo assim, recusou- se a entregar-se à Palavra de Deus. Podemos traduzir a frase “fazia muitas coisas” (v. 20, ARC) por: “Estava perplexo”. A indecisão de Herodes transformou-o em assassino, pois ele, em vez de prestar atenção à Palavra, tentou calá-la ao matar João Batista.
Um ano depois, quando Jesus ficou diante de Herodes Antipas (Lc 23:6-12), o Filho de Deus recusou-se a falar com ele, pois Herodes calara de uma vez para sempre a voz do Senhor. Ele desperdiçou todas as oportunidades que o Senhor lhe dera.
4) Oportunidade de mostrar compaixão (Leia 6:30-44)
Jesus enviara os Doze para pregar. Eles retornaram e relataram-lhe o que Deus fizera por intermédio deles. Após um período de ministério intenso, eles precisavam descansar; assim, Jesus e os apóstolos foram sozinhos para um lugar isolado.
E bom ministrar aos necessitados, mas também é bom cuidar de si mesmo a fim de permanecer forte para ministrar de novo. O dr. Vance Havner costumava dizer: “Se não nos afastamos para descansar, nós nos fragmentamos!”.
Jesus tentou afastar a multidão, mas não teve sucesso em seu intento (veja 7:24). O Servo de Deus não podia nem mesmo ter um tempo para descansar! O povo seguiu-o, e ele sentiu compaixão dele, e ensinou-o e, depois, alimentou-o. Os quatros evangelhos relatam a alimentação dos 5 mil, portanto esse milagre é importante. A solução dos discípulos para o problema era “Ir […] comprar” (v. 37), porém a solução de Jesus foi: “Ide ver!” (v. 38).
Sempre comece com o que você já tem, antes de pedir mais a Deus. O milagre da multiplicação aconteceu nas mãos de Jesus: ele era o produtor; os discípulos eram apenas os distribuidores. Como é maravilhoso ter um Mestre que pode resolver todos os problemas, satisfazer todas as necessidades e capacitar-nos para ministrar aos outros.
5) Oportunidade para crescer na fé (Leia 6:45-52)
João conta que a multidão, maravilhada com sua capacidade de alimentar tantas pessoas, queria torná-lo rei (Jo 6:15). Nesse estágio de sua fé, é provável que os Doze concordassem com a multidão, por isso mandou-os entrar em um barco enquanto ele despedia a multidão e, depois, subiu ao monte para orar (veja 1:35). Ele estava testando a fé dos apóstolos, pois sabia que haveria uma tempestade. Jonas enfrentou uma tempestade porque desobedeceu ao Senhor, mas os Doze entraram em uma tempestade porque lhe obedeceram. Os homens não queriam deixá-lo; ele teve de compeli-los a ir.
Na tempestade anterior (4:35- 41), Jesus estava no barco com os homens, porém agora ele estava ausente. Quando a situação piora, Jesus vai até eles, fala com eles e lhes transmite paz e segurança.
Marcos não menciona o caminhar sobre as águas de Pedro (Mt 14:22-32), no entanto a omissão é compreensível, se Marcos realmente for o porta-voz de Pedro nesse evangelho. Entretanto, Marcos registra o fracasso de todos os discípulos em compreender o poder de Jesus e em aprender as verdades espirituais que ele queria ensinar-lhes (v. 52).
6) Oportunidade de receber a ajuda do Senhor (Leia 6:53-56)
O barco aportou ao sul de Cafarnaum. As pessoas reconheceram Jesus e correram para buscar seus doentes e afligidos e trazê-los até o Senhor. Elas não o esperavam, mas não queriam perder a oportunidade, já que ele estava lá. Não apenas trouxeram seus doentes, como espalharam as boas-novas entre as outras vilas.
Assim, aonde quer que Jesus fosse, havia pessoas necessitadas esperando por ele. O Servo estava à disposição de todos os tipos de pessoas e satisfazia, graciosamente, a necessidade delas.
No dia seguinte, Jesus fez o sermão sobre o pão da vida e perdeu a multidão (Jo 6:22-71). As pessoas – queriam o pão, mas não a verdade. Como muitos hoje que querem que Jesus os ajude e os cure, mas não que os salve e os liberte de seus pecados.
Na próxima semana continuaremos.
Fonte:www.josiasmoura.wordpress.com