30.09.2015 – EXPONDO O EVANGELHO DE MARCOS – CAPITULO 06

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CAPITULO 06

Esse é um capítulo cheio de opor­tunidades, algumas se perderam por causa da descrença, outras fo­ram aproveitadas em consequência da fé.

1)  Oportunidade para conhecer o Servo (Leia 6:1-6)

Um ano antes, as pessoas da cidade natal de Jesus tentaram matá-lo (Lc 4:29), mas ele graciosamente voltou lá e deu-lhes uma nova oportunida­de para conhecê-lo. Elas pensavam que realmente o conheciam, pois ele crescera e vivera lá por 30 anos. Não obstante, elas o viam apenas como “o carpinteiro” (v. 3), não como o Filho de Deus, e estavam surpresas como sua sabedoria e obras.

A fami­liaridade do tipo errado encorajou a descrença, e a descrença roubou-lhes a bênção. Da mesma forma como Jesus maravilhou-se com a fé (Mt 8:10), agora admirava-se com a descrença.

2)  Oportunidade de compartilhar a Palavra (Leia 6:7-13)

Os Doze eram embaixadores de Cristo, comissionados e capacita­dos por ele para servir aonde quer que os enviasse. Se compararmos o relato de Marcos com o de Ma­teus (10:1-42), constataremos que Marcos omite a menção ao minis­tério para os judeus, pois escreve para leitores gentios. Como havia urgência nessa obra, Jesus disse aos homens que não comprassem ne­nhum equipamento novo nem car­regassem coisas de que não preci­savam.

Não devemos entender que essas ordens referem-se a todos os ministérios, pois Deus espera que usemos de bom senso quando pla­nejamos nossas viagens. Jesus enco­rajava-os a viver pela fé, uma lição que o povo de Deus de todas as eras precisa aprender. A principal tarefa deles era pregar a Palavra e levar as pessoas a crer no Salvador.

3)  Oportunidade para arrepender-se do pecado (Leia 6:14-29)

Herodes Antipas era apenas o tetrarca da Galiléia e da Peréia, mas gostava de ser conhecido como rei. Ele casou-se com sua cunhada, Herodias, que deixou o marido Filipe a fim de formar essa aliança perversa, e João Batista repreendeu-o por isso (Lv 18:16).

Herodias queria que o marido matasse João Batista, no en­tanto Herodes, ao prender João Ba­tista e, ocasionalmente, ouvir suas pregações, acomodou a situação. Herodes ouviu o maior profeta já enviado e, mesmo assim, recusou- se a entregar-se à Palavra de Deus. Podemos traduzir a frase “fazia mui­tas coisas” (v. 20, ARC) por: “Estava perplexo”. A indecisão de Herodes transformou-o em assassino, pois ele, em vez de prestar atenção à Pa­lavra, tentou calá-la ao matar João Batista.

Um ano depois, quando Je­sus ficou diante de Herodes Antipas (Lc 23:6-12), o Filho de Deus recu­sou-se a falar com ele, pois Herodes calara de uma vez para sempre a voz do Senhor. Ele desperdiçou to­das as oportunidades que o Senhor lhe dera.

 

4)  Oportunidade de mostrar com­paixão (Leia 6:30-44)

Jesus enviara os Doze para pregar. Eles retornaram e relataram-lhe o que Deus fizera por intermédio de­les. Após um período de ministério intenso, eles precisavam descansar; assim, Jesus e os apóstolos foram sozinhos para um lugar isolado.

E bom ministrar aos necessitados, mas também é bom cuidar de si mesmo a fim de permanecer forte para mi­nistrar de novo. O dr. Vance Havner costumava dizer: “Se não nos afas­tamos para descansar, nós nos frag­mentamos!”.

Jesus tentou afastar a multidão, mas não teve sucesso em seu inten­to (veja 7:24). O Servo de Deus não podia nem mesmo ter um tempo para descansar! O povo seguiu-o, e ele sentiu compaixão dele, e en­sinou-o e, depois, alimentou-o. Os quatros evangelhos relatam a ali­mentação dos 5 mil, portanto esse milagre é importante. A solução dos discípulos para o problema era “Ir […] comprar” (v. 37), porém a solu­ção de Jesus foi: “Ide ver!” (v. 38).

Sempre comece com o que você já tem, antes de pedir mais a Deus. O milagre da multiplicação aconteceu nas mãos de Jesus: ele era o produ­tor; os discípulos eram apenas os distribuidores. Como é maravilho­so ter um Mestre que pode resolver todos os problemas, satisfazer todas as necessidades e capacitar-nos para ministrar aos outros.

5)  Oportunidade para crescer na fé (Leia 6:45-52)

João conta que a multidão, mara­vilhada com sua capacidade de alimentar tantas pessoas, queria torná-lo rei (Jo 6:15). Nesse estágio de sua fé, é provável que os Doze concordassem com a multidão, por isso mandou-os entrar em um bar­co enquanto ele despedia a multi­dão e, depois, subiu ao monte para orar (veja 1:35). Ele estava testando a fé dos apóstolos, pois sabia que haveria uma tempestade. Jonas en­frentou uma tempestade porque de­sobedeceu ao Senhor, mas os Doze entraram em uma tempestade por­que lhe obedeceram. Os homens não queriam deixá-lo; ele teve de compeli-los a ir.

Na tempestade anterior (4:35- 41), Jesus estava no barco com os homens, porém agora ele estava au­sente. Quando a situação piora, Je­sus vai até eles, fala com eles e lhes transmite paz e segurança.

Marcos não menciona o caminhar sobre as águas de Pedro (Mt 14:22-32), no entanto a omissão é compreensível, se Marcos realmente for o porta-voz de Pedro nesse evangelho. Entretan­to, Marcos registra o fracasso de to­dos os discípulos em compreender o poder de Jesus e em aprender as verdades espirituais que ele queria ensinar-lhes (v. 52).

6)  Oportunidade de receber a aju­da do Senhor (Leia 6:53-56)

O barco aportou ao sul de Cafarnaum. As pessoas reconheceram Jesus e correram para buscar seus doentes e afligidos e trazê-los até o Senhor. Elas não o esperavam, mas não queriam perder a oportunida­de, já que ele estava lá. Não ape­nas trouxeram seus doentes, como espalharam as boas-novas entre as outras vilas.

Assim, aonde quer que Jesus fosse, havia pessoas necessita­das esperando por ele. O Servo esta­va à disposição de todos os tipos de pessoas e satisfazia, graciosamente, a necessidade delas.

No dia seguinte, Jesus fez o ser­mão sobre o pão da vida e perdeu a multidão (Jo 6:22-71). As pessoas – queriam o pão, mas não a verdade. Como muitos hoje que querem que Jesus os ajude e os cure, mas não que os salve e os liberte de seus pecados.

Na próxima semana continuaremos.

Fonte:www.josiasmoura.wordpress.com

 

 

 

 

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