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A defesa de Deus (3.1-5)
Texto base: Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim….(3.1-5).
Deus é santo, tem o controle da História e manifestará o Seu julgamento contra aqueles que pervertem a Sua lei. Diante da pergunta: “Onde está o Deus do juízo?” o Senhor responde: O Deus do juízo virá. Malaquias fala da primeira e da segunda vinda de Cristo ao mesmo tempo. Como Ele virá?
1) Vários argumentos são usados aqui, nessa defesa do Deus do juízo.
Em primeiro lugar, o Deus do juízo virá certamente (3.1).
Deus está com as rédeas da História nas mãos. Pode parecer que os grandes impérios é que estão no controle, que os poderosos é que dirigem a História. Mas Deus é quem está assentado no trono. Ele é quem governa. Ele levanta reis e abate reis. Ele virá para estabelecer o seu Reino de justiça! Thomas V. Moore diz que nós devemos olhar para Cristo como o verdadeiro Deus, confiar Nele e adorá-Lo. Ele foi chamado o Anjo do Senhor, o Anjo da presença e o Anjo da aliança, que apareceu a Abraão em Manre (Gn 18.1,2,16; 19.1). Ali também Ele foi chamado Jeová. Ele apareceu a Jacó em Betel (Gn 31.11; 48.15); apareceu a Moisés na sarça ardente (Êx 3.2,4,6). Ele foi adiante dos israelitas no deserto em glória (Êx 14.19). Ele entregou a lei no Sinai (At 7.28). Ele conduziu o povo pelo deserto (Is 63.7,9). Ele foi prometido como aquele que faz a nova aliança (Jr 31.31). Ele foi predito por intermédio do profeta Malaquias (3.1). Esse Anjo da aliança é chamado pelo evangelista Marcos de Jesus Cristo, Filho de Deus (Mc 1.1,2).85
O Deus do juízo virá inesperadamente (3.1).
Ele virá repentinamente. Quando Ele veio, Herodes não o esperava e toda a Judéia ficou turbada. Quando Ele vier na Sua segunda vinda, virá como o ladrão, inesperadamente. Sua vinda será como nos dias de Noé: as pessoas estarão cuidando de seus próprios interesses e não se aperceberão quando Ele chegar. Thomas Moore diz que não é suficiente apenas desejar a vinda de Cristo. Muitos a esperaram, mas quando Ele chegou, Sua vinda foi uma esmagadora manifestação da ira (3.1).86 A segunda vinda de Cristo será dia de trevas e não de luz para aqueles que vivem desapercebidamente. Aquele dia os encontrará despreparados e então será tarde demais para buscarem a Deus.
O Deus do juízo virá majestosamente (3.2).
Eles acusavam Deus de ser parcial, mas queriam um Deus parcial, alguém que viria para premiá-los e promovê-los. Eles haviam criado um deus doméstico. Mas Deus é o soberano do universo. Ele vem como juiz de toda a terra. A questão agora não é se Ele vem, mas quem poderá suportar a Sua vinda. Ele vem para perscrutar e julgar. O profeta Amós diz que o dia do Senhor será dia de trevas e não de luz para aqueles que esperam o favor de Deus, mas permanecem em seus pecados (Am 5.18-20).
O Deus do juízo virá para restaurar (3.2-4).
Ele é como o fogo do ourives (3.2). O propósito do ourives é purificar e não destruir. O fogo destrói a escória e purifica o ouro. Esse é um processo doloroso, mas necessário. O fato de Deus nos colocar na fornalha prova duas coisas: somos preciosos para Deus. Ele jamais iria depurar algo imprestável; somos propriedade exclusiva de Deus. O ponto a que o ourives quer chegar é olhar para o ouro puro e ver refletido nele a sua imagem.88
Deus é também como a potassa dos lavandeiros (3.2). A potassa era como sabão, tirava as manchas, a sujeira. O fogo purifica internamente, a potassa lava externamente.
Deus ainda é como o derretedor e purificador do Seu povo (3.3). Deus virá para fazer uma obra não apenas por nós, mas em nós. Deus quer líderes puros. Ele primeiro derrete, depois purifica. Esse é um processo difícil. Ele nos derrete e nos molda. Deus é o purificador dos filhos de Levi. Nós somos uma raça de sacerdotes. Somos adoradores. Nossa vida precisa ser íntegra, para que a nossa oferta seja aceitável. Assim, as aflições são o cadinho de Deus. Quanto mais puro o ouro, mais quente o fogo; quanto mais branca a roupa, mais intenso o uso da potassa do lavandeiro. Quanto mais usado é um ministro, tanto mais afligido ele é. Thomas Moore diz: “Ministros que são eminentemente usados são geralmente eminentemente afligidos”.89
Deus é o restaurador do ofertante e da oferta (3.3,4). O propósito de Deus é restaurar o adorador e a oferta. A vida precede o culto. Primeiro Deus aceita a vida, depois a oferta. Deus tem saudade do passado, do tempo que o povo lhe trazia ofertas agradáveis (Jr 2.2; Ap 2.4).
O Deus do juízo virá para condenar (3.5).
Deus chega para juízo e o juízo começa pela Casa de Deus. Ele chega e se apresenta como testemunha veloz não a favor, mas contra aqueles que praticam o pecado. Deus prova que a acusação contra Ele é infundada. No tribunal, Deus se levanta contra cinco classes de pessoas.
Primeiro, contra os feiticeiros. A feitiçaria e o ocultismo sempre ameaçaram a nação de Israel. Por isso, os profetas condenaram de forma tão veemente os casamentos mistos, porta de entrada do ocultismo na vida do povo. O ocultismo hoje está na moda. Moisés enfrentou os magos. Saul envolveu-se com uma médium. Pedro confrontou a bruxaria de Simão, o mágico. Envolver-se com ocultismo é envolver-se com demônios.
Segundo, contra os adúlteros. Malaquias mostrou no capítulo 2.10-16, que alguns homens estavam abandonando suas mulheres para casar com mulheres pagãs. Estavam cometendo adultério. Estamos vivendo hoje a derrocada da família. Famílias destroçadas produzem igrejas fracas. A idolatração e a banalização do sexo, o homossexualismo, a pornografia e a imoralidade estão sodomizando a cultura ocidental.
Terceiro, contra os que juram falsamente. Muitos homens estavam cometendo perjúrio, quebrando os votos conjugais. Os mentirosos não herdarão o Reino de Deus (Ap 21.8). A mentira tem procedência maligna. Muita gente já foi ferida de morte com a língua. Ela é fogo, um veneno letal.
Quarto, contra os que defraudam o salário do jornaleiro. Enriquecer com o suor do pobre, retendo com fraude o seu salário e sonegando-lhe o pão é algo grave aos olhos de Deus. O sangue do justo fala ao ouvido de Deus, bem como o salário do jornaleiro retido com fraude (Lv 19.13; Tg 5.4).
Quinto, contra os que oprimem a viúva e o órfão e torcem o direito do estrangeiro. Deus é o defensor daqueles que não têm vez nem voz.
Concluindo, podemos ver a mudança do cenário. Os acusadores agora é que estão no banco dos réus. O Deus do juízo virá, mas eles não suportarão a Sua vinda. Ele virá, mas eles serão julgados e condenados.
A causa da condenação dos réus é declarada: os acusadores de Deus tornaram-se réus condenados porque não temeram a Deus. Quando o homem perde o temor de Deus, ele perde o referencial do certo e do errado. Quando ele perde o temor de Deus ele se corrompe (Ne 5.15). A nossa geração está perdendo o temor de Deus e chafurdando em um pântano lodoso. Oh! que nos preparemos para o glorioso dia de Deus. Aquele dia será de glória indizível para os remidos, mas de trevas para os despreparados! Quando Ele “se chegar para o juízo”, então, a pergunta “onde está o Deus do juízo?” será respondida!