COMO AMAR O PRÓXIMO COMO A NÓS MESMOS
Mateus 22:34-46
Os Dez Mandamentos são uma síntese dos mandamentos de Deus. Tratam do nosso amor a Deus e ao próximo. Os quatro primeiros mandamentos estão ligados ao nosso relacionamento com Deus e os seis últimos ao nosso relacionamento com o próximo. Esses dez mandamentos podem ser resumidos no grande mandamento: amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.
Como devemos amar o nosso próximo como a nós mesmos?
Em primeiro lugar, honrando aos pais como as pessoas mais próximas (Ex 20.12). O quinto mandamento deixa claro que o nosso relacionamento com o próximo precisa começar dentro de nossa casa. Nossos pais devem merecer o melhor da nossa atenção e do nosso respeito. A eles devemos tributar obediência e honra. A desobediência aos pais é um sinal de rebeldia e decadência. É impossível construir outros relacionamentos saudáveis se não velamos pelo convívio saudável com os nossos pais.
Em segundo lugar, respeitando a vida do próximo (Ex 20.13). O sexto mandamento da lei de Deus é: “Não matarás”. Esta ordem de Deus deixa claro a sacralidade da vida. Uma vez que não está em nossas mãos dar a vida, é-nos proibido tirá-la. É Deus quem dá a vida e só ele tem autoridade para ceifá-la. Devemos, portanto, repudiar toda forma de sacrifício da vida. Aborto, suicídio, assassinatos e guerras são um atentado contra o próximo e uma rebelião contra Deus. A vida é um dom de Deus e nosso papel é cuidar do nosso próximo em vez de destruí-lo.
Em terceiro lugar, respeitando a honra do próximo (Ex 20.14). O sétimo mandamento da lei de Deus lida com a honra do próximo. Quem ama responsavelmente não trai a seu cônjuge nem fere a honra do próximo, possuindo o seu cônjuge. O adultério é um atentado contra a instituição do casamento. É um terremoto na vida dos casais. É uma conspiração contra a pureza conjugal.
Em quarto lugar, respeitando os bens do próximo (Ex 20:15). O oitavo mandamento da lei de Deus proíbe-nos qualquer forma injusta, ilícita e desonesta de apropriar-nos indebitamente do que não nos pertence. Balança enganosa, produtos falsificados, plágio, pirataria, opressão econômica, corrupção, favorecimentos escusos, compra de sentenças, corpo mole no trabalho, tudo isso, constitui uma quebra deste mandamento. A integridade nos negócios é um imperativo divino para o ser humano.
Em quinto lugar, respeitando o nome do próximo (Ex 20.16). O nono mandamento da lei de Deus deixa claro que o falso testemunho é um pecado gravíssimo, pois seu objetivo é arruinar o nome e a reputação do próximo, omitindo a verdade, promovendo a mentira e pervertendo a justiça. Quando um indivíduo, por maldade ou inveja, denigre a imagem do próximo, espalhando boataria e disseminando falsas notícias através das redes sociais, sem averiguar a exatidão dos fatos, transgride este mandamento.
Em sexto lugar, respeitando, no coração, tudo o que pertence ao próximo (Ex 20.17). O décimo mandamento da lei de Deus proíbe a cobiça. Este mandamento distingue-se dos nove primeiros. É o único mandamento subjetivo. Todos os demais podem ser aferidos pelos tribunais da terra. Este mandamento, porém, é de foro íntimo. Nenhum tribunal da terra, por mais conspícuo, tem competência para julgar foro íntimo. Pois Deus julga foro íntimo. Só Deus conhece e sonda os corações. Um indivíduo pode ter uma espiritualidade externa irretocável como os fariseus e ainda assim ter um coração podre. Não basta parecer ser piedoso, é preciso sê-lo. Como só Deus conhece e requer a verdade no íntimo, ele exige de nós uma vida sem os laivos da cobiça. Não podemos cobiçar o cônjuge do próximo nem o que existe em sua casa. A piedade com contentamento deve ser a marca daqueles que foram resgatados por Deus e obedecem a Deus.
Concluímos, portanto, dizendo que aquele que ama o próximo honra pai e mãe, não mata, não adultera, não furta, não diz falso testemunho nem cobiça o que lhe pertence. O amor é o cumprimento da lei!