14.06.2015 – Estudo Escola Bíblica dominical – 1 Tessalonicenses 4

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Estudo  Escola Bíblica dominical – 1 Tessalonicenses 4

Agora, chegamos à segunda metade da carta em que o apóstolo dá instru­ções práticas para esses novos cren­tes em Cristo. Nesse capítulo, Paulo roga que eles obedeçam à Palavra (4:1,10,12,14). Sua palavra-chave nesse pedido é “a maneira de viver” ou “andar” (4:1,12). Por várias ra­zões, compara-se o comportamento cristão com o andar: (1) o andar exi­ge vida, o pecador morto não pode fazer isso; (2) requer crescimento, o bebezinho não consegue andar; (3) pede liberdade, pois a pessoa que está presa não pode andar; (4) preci­sa de luz, pois ninguém quer andar nas trevas; (5) não pode ser secreto, deve ser testemunhado por todos; (6) sugere progresso em direção a um objetivo. Paulo descreve o tipo de andar que o crente deve ter.

I.             Ande em santidade (4:1-8)

Nessa passagem, Paulo lida com o casamento e a família. Esses novos cristãos corriam um grande risco de ter imoralidade em sua vida, por­que, nessas cidades pagãs, o voto matrimonial não prescrevia nada em relação à pureza. O clima geral nessas cidades-Estado (antes da che­gada do evangelho) era de lascívia e egoísmo, embora, sem dúvida, em muitas famílias pagãs prevalecesse o amor e a pureza. Paulo inicia pela responsabilidade que todo cristão tem de edificar uma família cristã que glorifique a Deus.

Basicamente, a imoralidade é defraudação e egoísmo. Por isso, Paulo exorta-os a viver para agradar a Deus, não a si mesmos. Ele esta­belecera o exemplo (2:4) e espera­va que eles seguissem. Em nome do Senhor, ele ordenou-lhes que, pelo poder de Deus, vivessem em pu­reza e santidade. Deus queria que eles fossem santificados. A palavra “santificado” significa apenas “se­parado para um propósito”. Você pode alugar o Hotel Jefferson, em Washington, D.C., mas não a Casa Branca. A última foi santificada, se­parada para um propósito. O cren­te foi separado para Deus; ele é um santo, separado. Temos a responsa­bilidade diária de devotarmo-nos mais e mais a Deus a fim de que sejamos total mente dele em corpo, em alma e em espírito (5:23). Nada torna uma pessoa mais impura que o pecado sexual (2 Co 7:1; 1 Co 6:13-20). A pessoa que viola seus votos matrimoniais peca contra Deus, contra si mesma e contra os companheiros cristãos; o Senhor li­dará com a verdade.

No versículo 4, a palavra “cor­po” refere-se ao corpo do crente ou ao da esposa (1 Pe 3:7). Em qual­quer um dos casos, esse corpo foi comprado com o sangue de Cristo, santificado pelo Espírito (1 Co 6:9-11) e deve ser usado para a glória de Deus. Não prestar atenção à ad­vertência do Senhor em relação ao pecado sexual entristece o Espírito e é um convite à disciplina divina. Lembre-se de Davi, de Sansão, de Judá e de outras personalidades bí­blicas que caíram nesse pecado e pagaram caro por isso.

II.            Ande em amor (4:9-10)

Não havia necessidade de escrever- lhes sobre o amor; ele ensinara isso a eles, e também Deus o fizera por meio de seu Espírito (Rm 5:5). O amor é uma da marcas de nascença do crente (1 Jo 3:14; 1 Pe 1:22; 1 Jo 4:9-12). O perdido talvez exclamas­se ao ver a confraternização da igre­ja primitiva: “Veja, como eles amam uns aos outros!”. Todavia, devemos, a cada dia, amar mais todas as pes­soas de Deus e o perdido (3:12), pois não é suficiente que amemos apenas as pessoas de nossa congre­gação, como faziam esses crentes tessalonicenses.

III.           Ande em honestidade (4:11-12)

Agora, Paulo fala sobre a vocação do crente e o contato com o não-salvo. Um dos problemas da igreja tessalonicense era que algumas pessoas entenderam mal a promessa do re­torno de Cristo, largaram o trabalho, tornaram-se “parasitas” e viviam à custa dos outros cristãos. Veja a advertência de Paulo em relação a isso em 2 Tessalonicenses 3:5-15.

O sentido literal da frase “diligenciar­des por viver tranqüilamente” (v. 11) é “almeje viver tranqüilamente”. Ou seja, Paulo aconselhava-os a não se amofinarem, não se preocuparem nem se envolverem em ativida­des mundanas. “Cuidem do que é vosso” e não se metam nos assun­tos alheios. E muito triste quando o cristão que não tem o que fazer se intromete na vida dos outros. O cristão que ganha o dia com o tra­balho honesto e tem o cuidado de manter o bom testemunho influen­cia o não-salvo (veja Cl 3:22-25 e 4:5). Os que não trabalham não devem comer (2 Ts 3:10). Não pra­tiquemos a “caridade” não-bíblica ao usar o dinheiro do Senhor para ajudar cristãos “ociosos” e, assim, encorajá-los a continuarem com sua vida negligente.

Ande em esperança (4:13-18)

Essa é a clássica passagem a respei­to do arrebatamento da igreja. Esses santos sentiam-se tristes e começa­ram a se perguntar se, no retorno de Cristo, os irmãos cristãos mortos seriam deixados para trás. Paulo assegurou-lhes que primeiro Cristo ressuscitaria os mortos, e, a seguir, todos os santos se juntariam a fim de se encontrar com ele, nos ares. Não confunda o arrebatamento da igreja (o encontro com Cristo nos ares) com a revelação do Senhor, o momento em que ele retornará à terra com seus santos para julgar os pecadores e estabelecer seu rei­no (2 Ts 1:7-12). O arrebatamento da igreja (encontro com Cristo nos ares) pode acontecer a qualquer momento, mas a revelação (retor­no de Cristo) se dará uns sete anos após o arrebatamento.

Espera-se que os cristãos pran­teiem os entes queridos mortos, todavia não devem se entristecer como as pessoas do mundo que não têm esperança. Sem dúvida, Cristo espera que choremos e sintamos solidão (veja Jo 11:33-36) quando atravessamos o vale; porém, em meio a nosso pesar, deve haver o testemunho da esperança viva que temos em Cristo (1 Pe 1:3).

Veja o consolo que o crente tem em mo­mentos de pesar:

  1. O consolo de que o crente não morreapenas dorme. No versículo 14, a frase “que nele [Jesus] dormiram” (NVI) quer dizer “posto para dormir por intermé­dio de Jesus”. Jesus Cristo sempre está a postos a fim de pôr o crente para dormir independentemente de como morra. Claro, o corpo dorme, não a alma, pois esta vai para o lado de Cristo (Fp 1:20-24; 2 Co 5:6-8). A palavra “cemitério” significa “lu­gar de repouso”, é o lugar em que o corpo descansa à espera da res­surreição.

  2. O consolo do encontro celestial. A coisa mais difícil em relação à morte é ficarmos separados de nos­sos entes queridos, porém “estare­mos para sempre com o Senhor” quando Cristo retornar. Os santos vivos não precederão os mortos, to­dos seremos arrebatados juntos para encontrar Cristo.  

  3. O consolo da bênção eterna. “Estaremos para sempre com o Senhor”. Ganharemos novos cor­pos (1 Jo 3:1-3; Fp 3:20-21). Paulo afirma que o corpo que deixamos no cemitério é como uma semente à espera da colheita (1 Co 15:35- 58). Com certeza, o corpo volta a ser pó e se torna parte da terra (Gn 3:19). Em momento algum, a Bíblia declara que Deus ressuscita e une cada partícula do corpo do crente, mas apenas que o corpo ressurrecto identifica-se com o sepultado. O corpo ressurrecto terá identidade com o sepultado e continuidade nele da mesma forma que a semen­te plantada (e que morre) no solo tem identidade com o broto que produz e tem continuidade nele. Ressurreição não é a mesma coisa que reconstrução.

A palavra “arrebatados” (v. 17) tem muitos sentidos: (1) le­vantar rapidamente, pois não ha­verá aviso (5:1-10); (2) levar à for­ça, pois Satanás tentará impedir nosso arrebatamento para o céu; (3) reivindicar para si mesmo, da mesma forma que o Noivo reivin­dica a noiva; (4) mudar para um novo lugar; e (5) salvar do perigo, pois a igreja não passará pela tribulação (1:1 0; 5:9).

Na próxima semana continuaremos. Abraços a todos.
 

Fonte:www.josiasmoura.wordpress.com

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