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Expondo o evangelho de Marcos – Capitulo 03
As multidões continuam a seguir Jesus (vv. 7,20,32), mas agora as pessoas têm de se decidir a respeito dele. Marcos registra cinco dessas decisões.
I.“Ele não obedece à lei” (3:1-6)
De forma deliberada, Jesus viola pela terceira vez a tradição judaica do sábado. O homem com a mão ressequida não fazia idéia de que Jesus iria à sinagoga para curá-lo, portanto não ficaria aflito em esperar mais um dia.
Contudo, Cristo queria fazer mais que apenas curar um homem; ele também queria ensinar aos fariseus (Lc 6:7) que Deus quer que seu povo tenha liberdade, não que sofra por causa da escravidão religiosa (veja At 15:10). Sempre é certo fazer o bem, e, se não fizermos o bem, faremos o mal (Tg 4:17). Jesus sabia o que seus críticos pensavam e enraivecia-se com a dureza (não “firmeza”) do coração deles. Ele viu o processo perverso acontecer neles e sabia como isso terminaria. Na verdade, esses homens religiosos tornaram-se os assassinos de seu Messias!
II.“Ele faz milagres” (3:7-12)
Jesus não tinha nenhuma privacidade, pois era seguido por grandes multidões por toda a região. Milhares de pessoas vinham de todos os lugares para ser curadas ou para ver Jesus curar os outros. Quando ele estava perto do mar da Galiléia, os discípulos arrumaram um barco para que ele pudesse ensinar do barco (Lc 5:3).
É uma infelicidade que essas pessoas buscassem apenas ajuda física, e não bênçãos espirituais. As multidões criaram um problema para Jesus, pois as forças romanas poderíam pensar que ele liderava uma rebelião popular e interferir em seu ministério.
III.“Ele é nosso Mestre” (3:13-19)
Em resposta a isso, nosso Senhor subiu sozinho ao monte e passou a noite em oração (Lc 6:12). Na manhã seguinte, quando ele desceu, selecionou a 2 homens e chamou-os de “apóstolos”. A palavra “apóstolos” significa “aquele que é enviado com uma comissão”. Jesus teve muitos seguidores, um número menor de discípulos verdadeiros, mas apenas 12 apóstolos. Embora o Novo Testamento use, às vezes, a palavra “apóstolo” com o sentido genérico de “o enviado” (At 14:14; Rm 16:7), o sentido específico da palavra refere-se aos 12 apóstolos e Paulo. Marcos, em seu evangelho, refere-se dez vezes aos “doze” (3:14; 4:10; 6:7; 9:35; 10:32; 11:11; 14:10,17,20,43). Esses homens viveram com Jesus, aprenderam com ele e saíram e serviram sob seu comando. Atos 1:21-22 apresenta uma qualificação que indica que hoje não pode haver apóstolos no sentid
o estrito da palavra.
Mateus 10:2-4, Lucas 6:14-16 e Atos 1:13 também apresentam os nomes dos apóstolos. Três deles tinham apelido: Simão Pedro (“rocha”), Tiago e João (“filhos do trovão”; veja Lc 9:54-55). Bartolomeu é identificado com Natanael Qo 1:45) e Tadeu, com Judas, filho de Tiago (não o Iscariotes; Jo 14:22; Lc 6:1 6). No versículo 18, a palavra “zelote” vem do hebraico e significa “o zeloso”. Simão, antes de sua conversão, pertenceu a um grupo judeu de “resistência”, os zelotes que tentaram derrotar Roma (Lc 6:15). Depois de designar seus assistentes, Jesus fez o Sermão do Monte (Mt 5—7). Esse foi o “sermão de ordenação” a fim de que soubessem o que Deus esperava deles como servos de Cristo.
IV.“Ele ‘está fora de si'” (3:20-21,31-35)
Os amigos e a família de nosso Senhor não o compreendiam. Seus amigos foram “tomar conta dele”, pois pensavam que ele estava louco (At 26:24-25; 2 Co 5:13), e sua família estava muito preocupada com ele. As grandes multidões, os milagres e os relatos espalhados sobre ele os convenceram de que tinham de fazer alguma coisa.
O versículo 31 apresenta a única menção a Maria no evangelho de Marcos. Afinal, quem se importa com a mãe de um servo? Nosso Senhor não foi rude com a família; ele apenas usou a preocupação dela para mostrar o que significa pertencer à família de Deus. Os filhos do Senhor são mais próximos de Jesus que de sua família terrena, “porque somos membros do seu corpo” (veja Ef 5:30).
V.“Ele está possesso de Belzebu” (3:22-30)
Os líderes religiosos não estavam dispostos a submeter-se à autoridade do Senhor e, de alguma forma, tinham de explicar os milagres dele, por isso disseram que ele estava possuído pelo demônio.
Jesus mostrou a insensatez desse argumento, ao dizer que, se ele expulsava demônios por intermédio do poder de Satanás, então Satanás brigava consigo mesmo! O reino e a casa de Satanás estavam divididos! (Observe que Satanás tem um reino, pois ele é o “príncipe do mundo”. Veja Jo 12:31, Ef 6:10-20 e Cl 1:13.) O fato de Jesus expulsar demônios prova que ele é mais forte que o “valente” e, portanto, capaz de libertar os que foram presos por Satanás.
Qual é o “pecado eterno” (vv. 28-30)? É muito mais que um pecado de palavras (v. 30), porque as palavras vêm do coração, e é lá que o pecado habita (Mt 12:34-37). Se fosse apenas um pecado de palavra, então por que se perdoa a blasfêmia contra Deus (Mt 12:32), mas não se perdoa a blasfêmia contra o Espírito Santo? O Espírito Santo é maior que o Filho de Deus?
Jesus deixa claro que Deus perdoa e perdoará todos os pecados (v. 28). O único “pecado eterno” é recusar-se a crer em Jesus Cristo (Jo 3:16-18,36). Na verdade, Jesus estava advertindo a nação judaica quando admoestou os líderes judeus. Eles rejeitaram o Filho de Deus enquanto ele estava na terra, e o Senhor não os julgou de imediato (Lc 23:34: “Pai, perdoa-lhes”). No entanto, os líderes ainda se recusaram a crer quando o Espírito veio no Pentecostes, e os crentes fizeram muitas maravilhas. Essa foi a última chance deles: eles rejeitaram a evid
ência e morreram em descrença. Eles pecaram contra o testemunho do Espírito, e isso não tem perdão.
No sentido mais restrito, hoje não pode haver “pecado eterno”, porque não vimos Jesus, em carne, sobre a terra. Todavia, o pecador que resiste ao testemunho do Espírito e rejeita Cristo comete o único pecado que Deus não pode perdoar. Satanás usa passagens como He-breus 6:1-8 e 10:26-31 para acusar e atacar o povo de Deus, tentando convencê-lo de que está perdido, porém é impossível que o cristão verdadeiro cometa o “pecado eterno”. Todos os nossos pecados foram perdoados (Ef 1:7; Cl 2:13), e, se pecamos contra Deus, podemos confessar o pecado, e ele nos perdoará (1 Jo 1:5—2:2).
Fonte: www.josiasmoura.wordpress.com
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