A antiga vida e a nova vida

A antiga vida e a nova vida

Romanos 6

2 De modo nenhum! Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?

3 Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus
fomos batizados na sua morte?
4 Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida.

5 Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição,
6 sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; 7 porquanto quem morreu está justificado do pecado.

8 Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos,
9 sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já não morre; a morte já não tem domínio sobre ele. 10 Pois, quanto a ter morrido, de uma vez para sempre morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.

11 Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.
12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; 13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade; mas oferecei-vos a Deus, como ressurretos dentre os mortos, e os vossos membros, a Deus, como instrumentos de justiça.” (Romanos 6:2-13 RA)

 

Introdução

Quero começar a reflexão desta noite destacando a pergunta que o Apostolo Paulo faz: “Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos?”

Um filho verdadeiro de Deus não pode mais viver sob o domínio do pecado. Não. Pois fomos libertos do pecado.

E isto que Jesus declarou: “…conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.” Se temos a libertação prometida na palavra, então temos o direito de ter uma vida de vitória sobre as influencias negativas do pecado. É por isso que somos confrontados pelas palavras do apostolo Paulo no início do capitulo 6. Aqui, Paulo nos pergunta acerca de como um crente pode viver praticando o pecado se ele já tem vitória prometida pela palavra de Deus?

Nós temos a garantia de libertação do pecado pela palavra

O conhecimento da palavra de Deus nos traz renovação.

Ilustração. Lembro-me da história de que certa vez o faxineiro de um museu de arte encontrou, num quarto de despejo, um velho quadro todo estragado, sujo, a pintura irreconhecível. O empregado ia levando o quadro com moldura e tudo para o lixo, quando o fato chegou ao conhecimento do diretor do museu, que quis ver a pintura. Realmente, o quadro parecia imprestável, mas o museu chamou um famoso restaurador de pinturas antigas para refazer o trabalho. Removida a sujeira, corrigidas as ranhuras, o quadro se iluminou e deixou antever os vestígios de uma obra-prima.

MORAL. O restaurador trabalhou com perseverança e conseguiu restaurar a obra de tal maneira que muitos perguntavam se aquele seria o mesmo quadro. Quando viram, porém, a assinatura do autor da paisagem, restaurada com todos os detalhes, puderam compreender tudo. O restaurador era filho do próprio artista. Ele não fez apenas um trabalho profissional. O seu amor de filho o inspirou a descobrir e restaurar a criação do pai.

A bíblia diz que “…o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Luc. 19:10). Jesus veio ao mundo, trazido pelo amor do Pai, a fim de restaurar a criação de Deus e restituir-lhe a beleza e o brilho prejudicados pelo abandono causado pelo pecado. E esta obra Ele realiza em nós, pela sua palavra revelada que invade e transforma a nossa vida e nossa forma de agir e pensar.

Além de termos a garantia de libertação do pecado pela palavra, Paulo nos ensina em romanos 6 que estamos mortos para ele.

Comecemos aqui revendo a pergunta que nos faz Paulo: Como viveremos ainda no pecado, nós os que para ele morremos? É preciso que entendamos o que significar estar morto para o pecado. Estamos mortos para o pecado no sentido de que ele não terá mais domínio sobre nós.

Os versos 11 a 13 deste capítulo reafirmam o que estamos dizendo: “11 Assim também vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. 12 Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, de maneira que obedeçais às suas paixões; 13 nem ofereçais cada um os membros do seu corpo ao pecado, como instrumentos de iniqüidade;…”.

Paulo nos ordena que não deixemos o pecado reinar em nosso corpo mortal. Entenda algo importante: O reino do pecado sobre nós será destronado quando realmente deixarmos o reino de Deus nos governar. Foi isso que Jesus nos ensinou a pedir na oração modelo: venha sobre nós o teu reino.

Na medida em que o reino de Deus se fortalece em nós a força do pecado se enfraquece.

Mas como fortalecemos a presença do reino de Deus em nós?

  • Confessando. Senhor venha sobre mim o teu reino, faça-se a tua vontade.
  • Negando o eu. Paulo nos ensina isso em Gálatas 2:20: “logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.”
  • Exercitando o testemunho cristão.16 Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne. 17 Porque a carne milita contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne, porque são opostos entre si; para que não façais o que, porventura, seja do vosso querer.” (Gálatas 5:16-17 RA)
  • Combatendo os frutos da carne. 19 Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia, 20 idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções, 21 invejas, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, a respeito das quais eu vos declaro, como já, outrora, vos preveni, que não herdarão o reino de Deus os que tais coisas praticam.” (Gálatas 5:19-21 RA).

Estamos mortos para o pecado porque o nosso velho homem morreu, e agora somos novas criaturas em Cristo. E nessa condição experimentemos em plenitude a presença gloriosa do Senhor que nos vitória e nos habilita a vencermos o mal.

Na nova vida com Cristo temos participação simbólica na morte e na ressurreição de Cristo.

Vejamos o que Paulo nos revela:

5 Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição, 6 sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos; 7 porquanto quem morreu está justificado do pecado.

Estamos hoje participando da celebração da santa ceia. Na santa ceia celebramos a morte e a ressurreição de Cristo.

Celebramos a morte de Cristo, porque ela concretizou o plano de Pai. Isaías 53:7 fala sobre o objetivo de sua morte: “Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.”

Participamos da morte de Cristo no sentido de que o velho homem também morreu. A morte de Cristo deu a mim e a você domínio sobre a natureza do pecado.

Mas também celebramos a ressurreição de Cristo, porque ela revela ao homem a onipotência de Deus sobre a morte. Deus tem poder sobre a morte, e Jesus é a testemunha viva disso. Por mais de 2000 anos, a crença na ressurreição de Cristo permanece viva em nossos corações. A ressurreição de Cristo nos dá a esperança de também iremos um dia ressuscitar. E nesse sentido participamos da sua ressurreição, porque assim como Ele venceu a morte, nos também a venceremos na ressurreição.

Portanto anime-se

Se Ele foi capaz de vencer a própria morte em sua ressurreição, então Ele pode vencer qualquer obstáculo. Creia em Jesus porque Ele tem nos sustentado, e estará conosco todos os dias ampliando em nossos corações o seu reino. Façamos a sua vontade, porque é nela que encontraremos realização plena.

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