As bênçãos da justificação

As bênçãos da justificação

Texto: Romanos 5:1-5

1.     Introdução

No livro  de romanos Paulo prova  que o mundo todo é culpado diante de Deus e que ninguém pode ser salvo por ter uma vida de religiosidade. Paulo nos mostra que todos pecaram, e nossos pecados nos condenam

Então o apostolo explica que o caminho que Deus oferece para a salvação sempre foi “pela graça […] mediante a fé” (Ef 2:8, 9) e usou Abraão como ilustração.

Ao ler Romanos aprendemos que o chamado do evangelho nos convida a confiar em Cristo para que possamos receber o perdão de nossos pecados.

Então, ao nos arrependermos e confessarmos a Cristo Jesus como Senhor, Deus faz uma declaração legal, segundo a qual estamos completamente  perdoados e não mais sujeitos a punição.

Essa declaração de Deus a nosso respeito é a justificação. Vou novamente defini-la: A justificação é uma declaração legal de Deus, segundo a qual estamos completamente  perdoados e não mais sujeitos a punição

De fato, todos os salvos são justificados, isto é, foram declarados perdoados, são declarados como filho de Deus, por que creram em Jesus Cristo.

Neste capitulo Paulo fala sobre as bênçãos decorrentes das justificação. Ele cumpre dois propósitos:

·        Em primeiro lugar, mostra como é maravilhoso ser cristão,  pois nossa justificação é uma garantia de que vamos para o céu, e também é a fonte de bênçãos tremendas que desfrutamos aqui e agora.

·        Seu segundo propósito é garantir a seus leitores que a justificação é duradoura. Seus leitores, especialmente os judeus, provavelmente perguntariam: “E possível essa experiência espiritual ser duradoura, uma vez que não exige a obediência à Lei? E quanto às provações e sofrimentos da vida? E quanto ao julgamento vindouro?”

2.     Há mais coisas que precisamos saber sobre a justificação pela fé. Nos versículos que lemos, Paulo fala sobre as bênçãos da justificação que não perderemos de forma alguma:

2.1      Paz com Deus (v. 1).

Paulo começa o capitulo 5 dizendo que quando somos justificados pela fé em Cristo, temos paz com Deus. Ter paz com Deus significa estar reconciliado com ele. Mas não apenas isso. Ter paz com Deus significa que nenhum pecado bloqueará mais nosso relacionamento com Ele.

Paulo fala sobre a paz com Deus em Colossenses 1:20: “…. havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.

Qual o grande plano de Deus para mim e você? É que tenhamos paz. Paz que resulta de uma reconciliação com Deus, de uma renovação de relacionamento com Ele.

2.2      Não apenas paz, mas também acesso a Deus (v. 2a).

Paulo aqui está dizendo que a fé em Cristo, nos possibilita ter acesso a Deus.

Nos dias antigos, os judeus eram separados da presença de Deus simbolicamente pelo véu do templo, e os gentios eram isolados pelo muro externo do templo, no qual se lia uma advertência declarando que qualquer gentio que passasse daquele ponto seria morto. Apesar de muitos serem religiosos estavam separados de Deus.

Mas, quando Jesus morreu, rasgou o véu (Lc 23:45) e destruiu o muro (Ef 2:14). Em Cristo, judeus e gentios que crêem têm acesso a Deus (Ef 2:18; Hb 10:19-25) e podem lançar mão das riquezas inesgotáveis da graça de Deus (Ef 1:7; 2:4; 3:8).

Assim meu irmão, a justificação indica nossa posição,  que como filhos do rei temos acesso à presença do pai. O termo “acesso”, nesse caso, significa “permissão para entrar na presença do rei mediante o favor de outrem”.

2.3      Revisando nos temos a paz, acesso e Esperança gloriosa (v. 2b).

A “paz com Deus” trata do passado: Deus não nos condenará mais por nossos pecados.

O “acesso a Deus” trata do presente: podemos entrar em sua presença a qualquer momento e obter a ajuda de que precisamos.

Mas, a “esperança na glória de Deus” trata do futuro: um dia, participaremos da glória de Deus! Quando éramos pecadores, não tínhamos do que nos gloriar (Rm 3:27), pois estávamos aquém da glória de Deus (Rm 3:23). Mas em Cristo, orgulhamo-nos de sua justiça e glória!

O acesso a Deus renova em nós a esperança de que veremos a sua glória. Hoje podemos até estar lutando, mas amanhã veremos a sua glória se revelar  diante de todos os problemas.

2.4      Paz, acesso, esperança e finalmente Firmeza de Caráter cristão frente as tribulações (vv. 3, 4).

A justificação não é uma fuga das tribulações da vida. “No mundo, passais por aflições” (Jo 16:33). Porém, para o cristão, as tribulações trabalham em seu favor, não contra ele. Não há sofrimento que nos separe de Deus (Rm 8:35-39); antes, as provações nos aproximam do Senhor e nos tornam mais semelhantes a ele.

O sofrimento contribui para construir o caráter cristão. O termo “experiência”, em Romanos 5:4, significa “o caráter que foi provado”.

Vemos Paulo falar de uma seqüência que é: tribulação – paciência – caráter provado – esperança. Quem passa pela tribulação, renova a sua esperança, porque através das tribulações descobrimos que Deus está conosco.

A palavra “tribulação” vem do latim tribulum. No tempo de Paulo, o tribulum era um pedaço pesado de madeira com cravos de metal usado para debulhar cereais. Ao ser arrastado sobre os cereais, o tribulum separava o grão da palha. Ao passarmos por tribulações e dependermos da graça de Deus, as dificuldades nos purificam e nos ajudam a eliminar a palha.

3.     Conclusão

Somos abençoados com paz, acesso, esperança e firmeza de caráter porque a Bíblia diz nos v-5-8 que o amor de Deus que o amor de Deus foi derramado dentro de nós (vv. 5-8).

Alguém já disse que Deus poderia morar em qualquer lugar do universo, mas ele resolveu habitar dentro dos nossos corações através de seu Espírito.

Quando algumas pessoas pecam,  elas pensam que não merecem mais o amor de Deus. Mas, a medida que sentimos que não merecemos,  é que mais precisamos desse amor.

Então meu irmão, é por causa do amor que Deus nos declara justificados, e passamos a ter paz, acesso, esperança e firmeza de caráter.

 

 

 

 

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