EBD Igreja Betel Geisel. Tema: Amor na família.

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AMOR NA FAMÍLIA

GÊNESIS 45.1-15

A década de 60 foi revolucionada pela proposta de “paz e amor” do movimento chamado “hippie”. A sociedade foi contestada e influenciada por este movimento. A proposta correta deve ser mesmo: “paz e amor” ou “amor e paz”?

O presente estudo pretende abordar esta questão do verdadeiro amor, o qual se constitui na base fundamental para a estabilidade das famílias. Esta palavra – AMOR – que tem sido cantada em verso e prosa, precisa ser entendida e analisada à luz da Palavra de Deus.

Na sociedade atual a palavra amor está muito desgastada. Para muitos, amor é apenas sexo, prazer ou satisfação. Confundir amor com sexo é limitar o significado verdadeiro do amor. Outros tentam comprar o amor através de dinheiro e presentes. Nas famílias, geralmente, o amor tem diminuído assustadoramente. Os lares nem sempre são lugares de manifestações amorosas, mas um verdadeiro campo de bata­lha.

Mas, um outro problema é o daqueles que entendem que só devem amar os que os amam. Amar só quando se é amado é prova de um amor egoísta e condicional.

Neste estudo estão algumas idéias úteis para uma compreensão verdadeira sobre o amor na família.

LIÇÕES PRÁTICAS

  1. O AMOR NA FAMÍLIA É FUNDAMENTAL PARA A SUA SOBREVIVÊNCIA

É impossível uma família sobreviver diante das crises, problemas e atritos, sem a presença do amor. O amor é a base para a sustentação dos lares e, nele, os lares precisam estar apoiados. A família é uma instituição ameaçada, mas não derrotada, pois o amor a tudo vence. A família de José conseguiu sua restauração através da manifestação do amor por parte deste que foi odiado e vendido.

“Pai e mãe hão de relacionar-se mutuamente sobre a base do amor (Ef 5.21). Este amor estabelecerá o marco de referência que não somente modela o padrão de relação entre os diferentes membros do sistema, mas que, por sua vez, permitem o crescimento dos mesmos”.

Deus é a fonte deste amor (I Jo 4.8). Cada família deve buscar no Senhor o amor para a sua sobrevivência. E preciso deixar que o Deus de amor seja o construtor de nossos lares (SI 127.1).

O que ocorre quando há o esfriamento do amor? Logo surgem a infidelidade, maus tratos, falta de diálogo, ciúmes exagerados, brigas, etc. Muitos lares já ruíram e outros estão à beira da separação, em virtude da diminuição do amor. A família só consegue sobreviver unida e feliz, por meio da existência do amor. Se há um elemento que, mais do que qualquer outra coisa, pode salvar os casamentos é o amor.

  1. O AMOR NA FAMÍLIA CARACTERIZA-SE PELO ALTRUÍSMO

E característica fundamental do amor o altruísmo, ou seja, aquele que ama pro­cura fazer algo em favor de quem o ama. O amor é doação, indo assim além do romantismo.

José revelou um amor autêntico aos seus familiares, concedeu o perdão, promo­vendo assim a união familiar, oferecendo recursos para a sobrevivência dos seus que­ridos. (Gn 45.1-15; 46.28-34).

A maior prova do amor altruísta é a de Deus. Ele “deu” seu próprio Filho Unigênito em favor da salvação de todo aquele que nEle crê (Jo 3.16).

“O amor jamais reclama; dá sempre. O amor sempre tolera, jamais se melindra nunca se vinga”. (M. Gandhi).

Este espírito de um amor altruísta é possível verificar com clareza nas declara­ções de Martin Luther King: “Não digam que sou um Prêmio Nobel. Isso não tem importância. Digam que fui porta-voz da justiça. Digam que procurei dar amor, que procurei amar e servir à humanidade”.

Na família ninguém existe para ser apenas amado e servido. Ela se constitui em uma oficina de trabalho, local de constantes demonstrações de amor. O apóstolo Pedro fala dos deveres daqueles que se amam (I Pe 4.7-11). É necessário suportar uns aos outros (Ef. 4.2). Há gestos, costumes, jeitos e trejeitos os mais diferentes entre os membros das famílias. Não e fácil amar e conviver com aqueles que são diferentes. Mas é preciso “suportar”, agüentar o peso destas diferenças, “em amor”, fazendo sempre algo pela pessoa amada. O que você tem feito em benefício da felicidade do seu próximo?

  1. O AMOR NA FAMÍLIA PRECISA SER DEMONSTRADO EM QUAISQUER SITUAÇÕES

Neste episódio que envolve família, é possível perceber com clareza que José demonstrou o verdadeiro amor em um contexto de rejeição e abandono. Quando seus irmãos foram ao Egito em busca de alimento e se depararam com ele no poder, eles não foram marginalizados e nem penalizados, mas alcançaram favor da parte de José. A expressão do amor é um fato que não pode ser visto em apenas alguns momentos, direcionado para algumas pessoas ou demonstrado só quando se é amado.

“Nós amamos porque ele nos amou primeiro” (I Jo 4.19). Quando Cristo nos amou, nós éramos Seus inimigos, pecadores e estávamos longe de fazer a Sua vonta­de. Mas, através de um amor incondicional, Ele nos amou e nos redimiu.

No relacionamento familiar, a prática do amor deve existir em todos os momen­tos. Aqui está um grande desafio para todos, mas é possível amar, mesmo não sendo amado; pois o amor não se resume num sentimento, mas em uma convicção e dever cristãos. É preciso estar disposto a compreender que o amor é mais que um sentimen­to. Através de atividades de compromisso, aceitação e respeito, o amor é expresso em quaisquer circunstâncias.

Concluindo, é possível declarar que o amor é algo vital para trazer a união e a felicidade nas famílias. Uma boa comunicação, um bom relacionamento, a inexistência de ciúme exagerado e muito mais, só poderão ser conseguidos quando o amor estiver existindo abundantemente dentro dos lares. Uma família só poderá so­breviver, mesmo enfrentando crises, com a presença do amor verdadeiro, o qual deve ser demonstrado em quaisquer situações da vida.

“Lar não é somente quatro paredes, cheio de quartos e iluminação; lar é um san­tuário edifiçado para nele habitar a afeição”. (Marta B. Leavell)

 

DISCUSSÃO

  1. Muitos casais chegam à triste conclusão de que não se amam mais. O que deve ser feito para reavivar este amor?

  2. O que a pessoa que deseja ser amada deve fazer para que o seja?

  3. “Amar sem ser amado”. Isto é verdade e possível de ser aplicado na convivên­cia familiar? Por quê?

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