Estudo Biblico em Apocalipse – capitulo 11

Capitulo 11

Definitivamente, nos capítulos 11 — 12, estamos em solo judeu. Neles temos o templo judeu (11:1 -2), Jeru­salém (11:8), a arca (11:19), Cristo, o governante (12:5), o arcanjo Mi­guel (12:7) e a perseguição de Sata­nás aos judeus (12:1 7).

Teremos sé­rios problemas se espiritualizarmos qualquer parte dessas passagens e tentarmos aplicá-las à igreja. Nesse ponto, estamos no meio do período da tribulação.

 

O ministério das duas testemunhas (11:1-14)

1 Depois disso recebi uma régua de medir, parecida com um caniço, e me disseram: —Levante-se, tire as medidas do Templo de Deus e do altar e conte as pessoas que estão adorando no Templo. 2 Porém não tire as medidas do pátio exterior do Templo, pois esse pátio foi dado aos pagãos, que pisarão a Cidade Santa durante quarenta e dois meses.

 3 Eu enviarei as minhas duas testemunhas, vestidas com roupa feita de pano grosseiro, e elas anunciarão a mensagem de Deus durante mil duzentos e sessenta dias. 4 As duas testemunhas são as duas oliveiras e os dois candelabros que estão em pé diante do Senhor do mundo inteiro. 5 Se os seus inimigos tentam maltratá-las, sai fogo da boca dessas duas testemunhas e acaba com eles. Assim, quem quiser maltratá-las precisa ser morto. 6 Elas têm autoridade para fechar o céu a fim de que não chova durante o tempo em que anunciam a mensagem de Deus. Têm autoridade também sobre as águas para que virem sangue. Têm autoridade ainda para ferir a terra com todo tipo de pragas, quantas vezes quiserem. 7 Quando as duas testemunhas acabarem de anunciar a sua mensagem, o monstro que vem do abismo lutará contra elas. Ele vencerá e as matará, 8 e os seus corpos ficarão na rua principal da grande cidade onde o Senhor delas foi crucificado. O nome simbólico daquela cidade é Sodoma ou Egito. 9 Durante três dias e meio, os povos de todas as nações, tribos, línguas e raças olharão para esses dois corpos e não deixarão que sejam sepultados. 10 Os povos da terra ficarão felizes com a morte dessas duas testemunhas. Vão comemorar e mandar presentes uns aos outros porque esses dois profetas trouxeram muito sofrimento para a humanidade.
 11 Mas depois desses três dias e meio um sopro de vida veio de Deus e entrou neles, e eles se levantaram. E todas as pessoas que os viram ficaram com um medo terrível. 12 Aí os dois profetas ouviram uma voz forte, que vinha do céu e lhes dizia: —Subam aqui! Enquanto os seus inimigos olhavam, os dois profetas subiram ao céu numa nuvem.
 13 Naquele momento houve um violento terremoto. A décima parte da cidade foi destruída, e morreram sete mil pessoas. As outras ficaram com muito medo e louvaram a grandeza do Deus do céu.
 14 O segundo “ai” já passou. Mas olhem! O terceiro “ai” virá logo.

 

 

O período do ministério delas (vv. 1-4)

1 Depois disso recebi uma régua de medir, parecida com um caniço, e me disseram: —Levante-se, tire as medidas do Templo de Deus e do altar e conte as pessoas que estão adorando no Templo. 2 Porém não tire as medidas do pátio exterior do Templo, pois esse pátio foi dado aos pagãos, que pisarão a Cidade Santa durante quarenta e dois meses.

 3 Eu enviarei as minhas duas testemunhas, vestidas com roupa feita de pano grosseiro, e elas anunciarão a mensagem de Deus durante mil duzentos e sessenta dias. 4 As duas testemunhas são as duas oliveiras e os dois candelabros que estão em pé diante do Senhor do mundo inteiro.

 

Nesse período, o templo judeu está reconstruído, e a nação (embora descrente) adora Jeová de novo. Pa­rece que as duas testemunhas mi­nistrarão durante a primeira metade da tribulação, por meio da prega­ção para os judeus, e terão acesso ao templo.

No período intermediá­rio da tribulação, Satanás quebrará o pacto que fez com Israel e tomará posse do templo (2 Ts 2; Dn 9:17; Mt 24:15). Ele se instituirá como deus e, com isso, trará o “abominá­vel da desolação” profetizado por Daniel e por Cristo.

Por três anos e meio, o templo é pisado pelos gen­tios. Deus pede que João meça a área do templo, uma ação simbóli­ca que volta a Ezequiel 40—41 e a Zacarias 2. Medir alguma coisa sig­nifica reivindicá-la. Cristo reivindi­cará de novo o templo judeu e o restaurará para seu povo, embora as forças de Satanás tenham toma­do posse dele.

O versículo 4 alude a Jeremias 4—5 em relação a Zorobabel e a Josué (ou Jesua), o sumo sacerdote. Esses homens foram os servos de Deus que, em uma época de problema nacional, reivindica­ram e reconstruíram o templo e a nação.

O objetivo do ministério delas (vv. 5-6)

5 Se os seus inimigos tentam maltratá-las, sai fogo da boca dessas duas testemunhas e acaba com eles. Assim, quem quiser maltratá-las precisa ser morto. 6 Elas têm autoridade para fechar o céu a fim de que não chova durante o tempo em que anunciam a mensagem de Deus. Têm autoridade também sobre as águas para que virem sangue. Têm autoridade ainda para ferir a terra com todo tipo de pragas, quantas vezes quiserem.

 

Elas demonstraram o poder de Deus aos judeus e aos gentios descren­tes, e muitos serão salvos pelo tes­temunho delas. Elas são chamadas de profetas (vv. 6,10) e de teste­munhas. Anunciarão ao mundo os grandes eventos por vir e incorrerão na ira da besta e de seus seguido­res.

Identificam-se esses homens com Moisés e com Elias por causa dos milagres que realizam. Moisés, no Egito, transformou água em san­gue; e Elias orou por estiagem, e por chuva, e também fez descer fogo do céu.

Malaquias 4:5-6 promete que Elias retornará para ministrar de novo. Contudo, algumas pesso­as pensam que as duas testemunhas são Enoque e Elias, já que nenhum deles morreu, pois os dois foram ar­rebatados vivos ao céu.


A perseguição ao ministério delas (vv. 7-10)

7 Quando as duas testemunhas acabarem de anunciar a sua mensagem, o monstro que vem do abismo lutará contra elas. Ele vencerá e as matará, 8 e os seus corpos ficarão na rua principal da grande cidade onde o Senhor delas foi crucificado. O nome simbólico daquela cidade é Sodoma ou Egito. 9 Durante três dias e meio, os povos de todas as nações, tribos, línguas e raças olharão para esses dois corpos e não deixarão que sejam sepultados. 10 Os povos da terra ficarão felizes com a morte dessas duas testemunhas. Vão comemorar e mandar presentes uns aos outros porque esses dois profetas trouxeram muito sofrimento para a humanidade.

Os pecadores nunca quiseram ouvir a Palavra Deus ou lhe obedecer (cf. 9:20-21).

Essas duas testemunhas serão protegidas divinamente até a conclusão de seu trabalho; depois disso, Deus permitirá que a besta se oponha a elas e mate-as.

Sem dúvida, o anticristo não poderia tomar posse do templo, a menos que tirasse essas duas testemunhas do caminho.

Os ci­dadãos de Jerusalém nem lhes darão um sepultamento apropriado (veja SI 79), e o mundo inteiro se regozijará ao ver o corpo delas. Esses três dias e meio serão a celebração de um “Na­tal satânico”. As pessoas darão festas e trocarão presentes em comemora­ção à morte de seus atormentadores.

O pânico que se seguirá ao ministério delas (vv. 11-14)

11 Mas depois desses três dias e meio um sopro de vida veio de Deus e entrou neles, e eles se levantaram. E todas as pessoas que os viram ficaram com um medo terrível. 12 Aí os dois profetas ouviram uma voz forte, que vinha do céu e lhes dizia: —Subam aqui! Enquanto os seus inimigos olhavam, os dois profetas subiram ao céu numa nuvem.
 13 Naquele momento houve um violento terremoto. A décima parte da cidade foi destruída, e morreram sete mil pessoas. As outras ficaram com muito medo e louvaram a grandeza do Deus do céu.
 14 O segundo “ai” já passou. Mas olhem! O terceiro “ai” virá logo.

 

Deus ressuscita-as da morte! Pen­se no medo que tomará conta dos corações ao redor do mundo quan­do virem esses dois mortos voltar à vida nas ruas de Jerusalém!

A seguir, os dois subirão ao céu, enquanto seus inimigos assistem a tudo! De­pois disso, um terremoto destrói um décimo da cidade e mata 7 mil pes­soas. Esse será um dia e tanto!

O testemunho das sete trombetas (11:15-19)

15 Então o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu vozes fortes, que diziam: —O poder para governar o mundo pertence agora a Deus, que é o Senhor nosso, e ao Messias que ele escolheu. E Deus reinará para todo o sempre!
 16 Aí os vinte e quatro líderes, que estavam sentados nos seus tronos diante de Deus, ajoelharam-se, encostaram o rosto no chão e adoraram a Deus, 17 dizendo: —Ó Senhor Deus, Todo-Poderoso, que és e que eras! Nós te damos graças porque tu tens usado o teu grande poder e começaste a reinar. 18 Os pagãos estão muito furiosos porque já chegou o momento de mostrares a tua ira e a hora de os mortos serem julgados. Chegou o momento de recompensares os teus servos, os profetas, e todo o teu povo, e todos os que te temem, tanto os importantes como os humildes. Chegou o momento de destruíres os que matam pessoas na terra!
 19 Então se abriu o templo de Deus, que está no céu, e a arca da aliança foi vista lá dentro. E houve relâmpagos, estrondos, trovões, um terremoto e uma forte chuva de pedra.

 

 

Desde o capítulo 8, esperamos o terceiro “ai” prometido. O sétimo anjo soa a trombeta, e “grandes vo­zes” anunciam que o reino (não os reinos, pois agora o anticristo gover­na um reino unificado; 17:13) deste mundo está sob o poder de Cristo.

Apenas em 19:11ss, Cristo assu­me o controle do mundo, portanto essa declaração é uma antecipação do que estará por acontecer. Como é maravilhoso estar na posição fa­vorável do céu, e não na da terra! A partir desse momento, tudo que acontece nos leva ao ponto em que o Filho de Deus assume o governo da terra e derrota seus inimigos.

A essa profecia segue-se o lou­vor dos anciãos que glorificam a Cristo por seu poder. Esse é o tercei­ro louvor celestial. Em 4:10-11, eles o louvam como Criador; em 5:8-10, como Redentor; e, aqui, como Rei e Juiz.

Agora, serão respondidas as orações dos mártires (6:9-11), como também as do povo de Deus. “Ve­nha o teu reino!”

 

O versículo 18 resume os acon­tecimentos dos últimos três anos e meio do período da tribulação:

Hostilidade nacional e internacional

“As nações [gentias] se enfurece­ram!” Leia Salmos 2 e 83 e joel 3:9- 13. As nações demonstrarão seu ódio por Cristo e seu povo, e a persegui­ção aumentará.

E óbvio que Satanás está em cena (veja 12:12ss) e faz um esforço especial para destruir os judeus. Desde que Caim matou Abel, ele tenta destruir o povo de Deus (1 Jo 3:10-13).

Ressurreição

Os mártires da tribulação serão ressus­citados (20:4), como também os mor­tos perversos (20:2ss). Daniel 12:1-3 parece indicar que, depois da tribula­ção, os santos do Antigo Testamento ressuscitarão.

Julgamento

Serão julgadas as obras dos santos, e os perversos serão condenados por seus pecados. Será um tempo de recompensa para os santos, e de ira para os pecadores. Veja que os perdidos são descritos como “os que destroem a terra”. Satanás é o Destruidor (9:11), e seus seguidores participam de seu programa destru­tivo. Deus ordenou que o homem cuidasse da terra e usasse os recur­sos dela em benefício próprio e para a glória do Senhor; todavia, Satanás levou o homem a destruir a terra e a usar seus recursos para o mal e de forma egoísta.

Esse período final da tribula­ção é o ponto máximo do plano de Deus. Não haverá mais demora (10:6).

O capítulo 11 inicia-se com o templo terreno e termina com o ce­lestial. Mais uma vez, temos sinais da tempestade que se aproxima: re­lâmpagos, trovões e vozes. Em 4:5, essas coisas vêm do trono; em 8:5, do altar de incenso; e, agora, do Santo dos Santos.

Alguns acreditam que essa é a própria arca do templo do Antigo Testamento que desapa­receu depois que Israel foi levado cativo. No entanto, isso não é pro­vável, já que nenhum outro templo do céu tem mobiliário terreno. A arca é o símbolo da presença e da aliança de Deus. Chama-se “a arca da Aliança”. Na terra, Israel passa por grande sofrimento, e Deus lhe reassegura seu governo e seu cuida­do. Houve trovões e sinais quando Deus deu a Lei no monte Sinai e, agora, que está para julgar o mundo por quebrar a Lei, também os há.

O versículo 18 afirma: “Chegou […] a tua ira”, e nos capítulos 15—16 cumprir-se-á esse julgamento quan­do Deus derramar o “cálice da sua ira”. Os primeiros três anos e meio foram um período de tribulação, mas o último período é conhecido como “a cólera de Deus” (14:10; 14:19; 15:7; 16:1).

 

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