Estudo Bíblico para a Escola Bíblica on line. Tema: O estresse na família

O estresse na família

Texto Base:

SI 31.9-13

Texto Áureo:

“Eu me alegrarei e rego­zijarei na tua benignida­de, pois tens visto a mi­nha aflição, conheceste as angústias de minha alma” (SI 31.7)

Leituras Diárias:

Segunda

Gn 45.1-15 Terça

Gn 50.15-24 Quarta

SI 55.12-23 Quinta

Jo 11.17-27 Sexta

Jo 11.28-44 Sábado

2 Co 11.22-31 Domingo Rm 8.35-39

Objetivos da Lição:

1.Levar o aluno a entender como algu­mas famílias cujas his­tórias são relatadas na Bíblia lidaram com o estresse.

2.Enfatizar a neces­sidade de comparti­lharmos nossos, senti­mentos e nosso es­tresse com outras pes­soas, e, de maneira especial, com o sobe­rano Deus de amor.

 

INTRODUÇÃO

A frase “Eu estou com estresse” é tão co­mum que a gente, às vezes, nem presta muita atenção à mesma. O estresse afeta pessoas de todas as idades e classes sociais, de todos os lugares e em todas as épocas, crentes e des­crentes… E as razões são tantas. Até mesmo os atuais meios de comunicação, assunto da lição passada, contribuem!

Pode-se perguntar, então: Será que o povo da época bíblica, daquele período tão tranquilo, vai ter algo a nos ensinar?

 

1.FAMÍLIAS BÍBLICAS EM SITUAÇÕES ESTRESSANTES

Gênesis 12.10-20 descreve a situação estressante em que Abrão se encontrou numa terra nova (Egito), e com medo de rivais que pudessem gostar de Sarai. Ele reagiu mal, men­tindo e exigindo que sua esposa mentisse – ape­sar dos dois estarem de posse das ricas pro­messas do SENHOR quanto à sua descendên­cia.

José passou a vida toda estressado! – abandonado pelos seus, numa terra nova, fal­samente acusado, esquecido… Mas ele admi­nistrou bem todo o estresse (como se vê em Gênesis 41.51-52 e 45.5-8, por exemplo); não descontava suas amarguras e seu estresse na esposa, nos irmãos, no Faraó.

O povo de Israel, aquela enorme famí­lia que passou muitos anos atravessando o de­serto rumo à Terra Prometida, enfrentou situa­ções estressantes – fome, cansaço, inimigos – mas as administrou mal, com murmurações constantes, reclamações sem fim (Nm 11.1-9).

E que tal pensar no estresse enfrentado por Daniel e sua família (que nunca mais viu o filho querido quando ele foi levado à Babilônia)? Ou no de Elias, ao sentir-se sozinho? Ou no da família de Noemi no livro de Rute? Exemplos bíblicos é que não faltam.

 

2.CAUSAS’ DE ESTRESSE

É fácil fazer aquela lista caseira de fatores provocadores de estresse: cansaço físico, problemas financei­ros, excesso de trabalho e respon­sabilidades, problemas de saúde, bri­gas constantes, a presença de um alcoólatra ou de um drogado no lar, a morte de alguém bem especial, de­semprego, um novo emprego, pro­blemas matrimoniais… Dizem que até grandés alegrias, tais como o iní­cio do casamentó, a chegada de um filho, ou até as festas natalinas, pro­vocam estresse!

Mas, por incrível que pareça, con­forme o ensino da Bíblia, a gente não pode dizer que estes fatores causam estresse. São simplesmente coisas e situações ‘normais’, algo a ser espe­rado num mundo caído, totalmente afetado pelo pecado. “No mundo vocês vão sofrer” (João 16.33, con­forme a Nova Tradução na Lingua­gem de Hoje, NTLH), prometeu Je­sus. E alguém calculou que, em 2 Coríntios, Paulo cita 45 situações estressantes que ele enfrentou como bom missionário que era!

O estresse ocorre quando nós re­agimos de maneira errada às pres­sões normais da vida. Por isso, o autor cristão e médico, Richard Ecker, chega a falar do “mito” do estresse: ele entende que estresse não existe! Reações erradas é que existem! E nem valem a pena! “Nenhum de vocês pode encompridar a sua vida, por mais que se preocupe com isso” (Mt6.27, NTLH).

 

3.ESTRESSE NA FAMÍLIA AMADA POR JESUS

Em João 11, a família de Lázaro e suas irmãs está passando por um período de estresse, devido, em pri­meira instância, à enfermidade dele, e depois à sua morte.

As reações di­versas descritas no capítulo são esclarecedoras:

Muitos vizinhos e amigos, que­rendo ajudar, “tinham vindo ter com Marta e Maria, para as consolar” (11.19).

Marta reagiu, recriminando, acu­sando Jesus de negligência (v.21). Somente depois (v.22-27), ela pas­sou a conversar mais calmamente com Jesus e a entender melhor a questão.

Maria “ficou sentada em casa” (v.20), parada, e sem saber o que fazer, fez nada. Somente depois ela chorou (v.33).

Jesus chorou (v.35), e muito (v.38).

E a gente fica a pensar se o choro de Jesus não aumentou o desespero geral: “Puxa, se até Jesus está achan­do a situação ruim…” Além do mais, Jesus sabia que Ele ia fazer o mila­gre! Para que Se estressar, e es- tressar todo o povo? Sem dúvida, nós teríamos pedido para Jesus Se acalmar!

Essas quatro reações à situação estressante não deixam de fornecer um modelo a ser seguido hoje:

  • Não se isole! Permita que ami­gos e familiares ajudem!
  • Não fique somente nas acusa­ções, na recriminação! Converse! Tente entender!
  • Chore! Não fique no canto, quie- tinho, silencioso!
  • Chore mesmo! É lícito chorar! Até Jesus o fez!

Dois elementos chaves na admi­nistração de estresse na família so­bressaem neste texto bíblico:

  • a necessidade de expressar nos­sos sentimentos abertamente, cho­rando, no caso, e
  • a necessidade de discutir o pro­blema racionalmente.

 

4.ESTRESSE NA VIDA DE DAVI

Antes de prosseguirmos com a li­ção, pare você um pouco para pen­sar nos MUITOS relatos acerca do estresse na família de Davi! Faça uma pequena lista de alguns…

O Salmo 31 retrata bem como Davi lidou com estresse – pelo me­nos numa determinada ocasião.

4.1.Davi conseguiu identificar as diversas dimensões do seu estresse:

  • emocional-, “atribulado… triste­za… gemidos” (v.9,10)
  • físico: “gasta-se a minha vida… debilita-se a minha força… meus os­sos se consomem” (v.10)
  • social: “opróbrio para… adver­sários, espanto para… vizinhos, e horror para… conhecidos: os que me vêem na rua fogem de mim” (v.ll)
  • mental: “Estou esquecido (v.12)… Tenho ouvido a murmuração de muitos… conspirando contra mim” (v.13).

4.2.Davi conseguiu adminis­trar bem a crise. Como?

Ele possuía uma correta dou­trina de Deus, tendo-o como o:

  • Deus grande e poderoso: “rocha… fortaleza… verdadeiro… bondoso… misericordioso” (v.3, 5, 7, 16).
  • Deus digno de louvor em toda e qualquer situação (v.l)
  • Deus que pode ser invocado (v.17), e que ouve (v.22)
  • Deus salvador (v.5)
  • Deus que tem todos os nossos dias em Suas mãos (v.15).

Enfim, Davi cria num Deus sobe­rano e amoroso, e esta sua fé o sus­tentou no momento de estresse. Cul­par o diabo pelo estresse não resol­ve nada, e nem tampouco culpar um temperamento fechado, depressivo… É preciso correr para Deus, ter uma fé bíblica, fé no Deus da Bíblia.

Ele pediu coisas especí­ficas de Deus. “Livra-me… Me gui­arás… Tirar-me-ás do laço… Faze resplendecer o teu rosto… Emude­çam os lábios mentirosos” (v.2, 3, 4, 16, 18).

Ele decidiu alegrar-se (v.7), e decidiu olhar para além de si, de seu problema pessoal (v.23- 24).

 

5.PREPARANDO-SE DE ANTEMÃO PARA SITUAÇÕES ESTRESSANTES

Seria tão bom se pudéssemos to­dos saber de antemão quais as situ­ações que vamos enfrentar ao longo dos anos! Você acha que seria mes­mo bom?

Pensemos um pouco, por exem­plo, no caso de Maria, mãe de Jesus. Enquanto no Templo ao lado de sua pequena família, “Simeão os aben­çoou e disse a Maria: Eis que este menino está destinado tanto para ruína como para levantamento de muitos em Israel, e para ser alvo de contradição (também uma espada traspassará a tua própria alma)” (Lc 2.34-35). Que mensagem estressante! Um aviso que a vida de seu filho em nada seria fácil, que ela ia sofrer… Mas Maria já estava devida­mente preparada para tudo: “Aqui está a serva do SENHOR; que se cum­pra em mim conforme a tua palavra” (Lc 1.38). Isto é, ela já entregara toda sua vida a Deus, e não havia mais o que “perder”.

 

CONCLUSÃO

Talvez seja este o melhor remé­dio preventivo contra o estresse; entregar-se 100% a Deus. Entregar família, futuro, finanças, saúde, ini­migos, amigos, relacionamentos… Permitir que Deus seja de fato aque­le “SENHOR que, dia a dia, leva o nosso fardo”.(SI 68.19). É assim que Ele quer ser em nossa experiência.

Falta ao coração dorido Gozo, paz, consolação? É porque não confiamos TUDO A ELE em oração. (Salmos e Hinos n° 140).

 

 

 

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