Estudo biblico para o culto de doutrina. Data: 24.04.2012 Tema: Igreja, lugar ao qual pertencemos, lugar de uma vida em comum e lugar onde cultivamos a comunhão em comunidade.

 

Igreja, um lugar ao qual pertencemos!

 

Igreja, lugar de uma vida em comum!

 

Igreja, lugar onde  cultivamos a comunhão em comunidade!

 

 

 

Igreja: “Um lugar ao qual pertencer”.  

“Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos,  e sois família de Deus”.    (Ef. 2.19)

 

Você foi chamado para participar, não somente para crer.

 O propósito de Deus para o homem foi para que ele viva em comunidade, seja companheiro e se relacione em família. Sozinho e sem ajuda é impossível cumprir esse propósito. Mesmo Adão no mais perfeito ambiente do Éden não pode cumprir o propósito de Deus e Ele disse “não é bom que o homem esteja só”. (Gn 2.18; Ecl 4.9 a 12)

 Na Bíblia não encontramos nenhum relato de alguém que vivesse sozinho, isolado; mas ela apresenta sempre grupos convivendo juntos (1 Co 12.12; Ef 2.19 a 22; 3.6; 4.16).

 Fazer parte da família de Deus inclui integrar, não apenas acreditar. Você agora é membro de um corpo vivo e é indispensável para ele, e precisa desempenhar a sua função específica para que o propósito para o qual foi criado não se perca,

 Se você crer apenas e não se integrar ao corpo e desempenhar sua função, você vai murchar e morrer.

 “O primeiro sintoma de declínio espiritual é normalmente o comparecimento irregular aos cultos e a outras reuniões”. (Warren 2003, pág. 115)

 É importante que a pessoa depois de crer se integre ao corpo recebendo privilégios e cumprindo as obrigações. Quando descuidamos da comunhão com a igreja, toda a nossa vida começa a se desmoronar. O cristão que não se integra ao corpo (igreja) é como um membro sem corpo, uma ovelha sem rebanho ou uma criança sem família.

 A independência e o individualismo criaram muitos órfãos espirituais – o crente coelho, que fica pulando de igreja em igreja sem filiação, responsabilidade ou compromisso.  Não é possível ser um “bom cristão”, sem estar unido a uma igreja.

 

ALGUMAS RAZÕES PORQUE PERTENCER À FAMÍLIA ECLESIÁSTICA  

    A família Eclesiástica o identifica como crente autêntico

 Sem ter um compromisso autentico com um grupo específico de discípulos, não posso afirmar que sou seguidor de Jesus (Jo 13.35).

 Quando um grupo heterogêneo se reúne como família demonstrando amor, é dado um poderoso testemunho ao mundo. Um membro isolado não caracteriza o corpo, ele precisa de outros para formar o corpo. É juntos e não separados que somos o corpo. (1 Co 12.27)

 

    A família Eclesiástica o retira do isolamento egoísta

É na igreja que você vai aprender a se relacionar com outros membros. É ali que você vai praticar o amor ao próximo, vai se interessar por compartilhar experiências (1 Co12.26).

Quando convivemos com crentes comuns e imperfeitos aprendemos a ser companheiros comprometidos com eles, assim como nos comprometemos com Jesus.Muitos conhecem Jo 3.16 e não praticam 1 Jo 3.16. Temos que ter uma disposição de amar ao irmão da mesma forma que Jesus nos amou. Não podemos ser egoístas buscando apenas nossos próprios interesses.

 

A família Eclesiástica ajuda o amadurecimento espiritual

 Você jamais vai ter uma maturidade espiritual se não se envolver nas atividades do corpo (igreja) (Ef 4.11 a 16).

 A maturidade é alcançada quando nos relacionamos uns com os outros. Vemos ordens nas Escrituras que nos ajudam no amadurecimento, tais como amar, orar, saudar, incentivar, admoestar, servir, ensinar, aceitar, honrar, carregar os fardos, perdoar, submeter uns aos outros, além de muitas outras.

Para o crescimento espiritual precisamos de outras pessoas além da leitura da Bíblia. Crescemos mais fortes e mais rápido aprendendo com outros.

 

A família Eclesiástica precisa de você

 Um membro não é um corpo, mas um corpo é formado por muitos membros, e você é um desses membros. Cada membro tem uma função (ministério) no corpo e sem você o corpo fica incompleto e deficiente. Você é importante para o corpo porque foi planejado por Deus para fazer parte deste corpo e para desenvolver suas habilidades em função da saúde e crescimento do corpo. (1 Co 12.27; Ef 4.16; At 2.47)

 

Na família Eclesiástica você participará na missão de Cristo no mundo

 Quando Jesus esteve na terra foi o instrumento de Deus para anunciar a salvação. Hoje Deus usa os crentes. Devemos mostrar ao mundo o amor que Deus demonstrou por nós e leva-lo a querer participar desse amor.

 “Como membros do corpo de Cristo, nós somos suas mãos, seus pés, seus olhos e seu coração. Ele trabalha no mundo por meio de nós, e cada um de nós tem uma contribuição a dar”. (Warren 2003, pág. 118)

 

A família Eclesiástica o impedirá de cair

 Todo crente está sujeito a tentação e é uma responsabilidade do corpo zelar uns pelos outros. (1 Co 10.12; Jr 17.9; Hb 3.13)

 Expressões como “não é de sua conta”, “sou dono do meu nariz”, não são frases cristãs. Cada membro deve zelar pela vida do outro para que haja saúde no corpo e impeça a queda.

Satanás adora ver crentes afastados e desligados da comunhão do corpo, isolados da família de Deus e rebeldes para com os líderes que zelam por suas almas. Ele sabe que estes são facilmente derrubados. (Hb 13.17; 1 Pe 5.8)

 

Sua escolha 

Uma criança quando nasce, faz parte da humanidade universal além de pertencer a uma família local, onde é nutrida e cuidada para ter um crescimento saudável. Assim também acontece quando uma pessoa nasce de novo.

 A diferença entre um membro de uma igreja e uma visita está no comprometimento. Os membros se envolvem nos ministérios. Visitantes são espectadores. Membros contribuem. Visitantes consomem e querem benefícios sem se comprometer.

 Você sendo membro precisa estar comprometido de forma prática com seus irmãos espirituais.

Você foi chamado para amar pecadores imperfeitos, por isso, ame a sua igreja como ela é, e não busque uma igreja perfeita para amá-la, pois ela não existe aqui na terra.

 

             

PENSANDO SOBRE O PROPÓSITO DE MINHA VIDA

 

1   – Um tema para reflexão: Sou chamado para participar, não apenas para crer..

2   – Um versículo para memorizar: “Assim também nós, conquanto muitos, somos um só corpo em Cristo e membros uns dos outros”.  (Rm 12.5)   

 – Uma pergunta para meditar: Meu envolvimento em minha igreja, demonstra que estou comprometido com a família de Deus?

 

 

 

Igreja: “Tendo uma vida em comum”.

 

“Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum”. (At 2.44)

 

A vida foi feita para ser partilhada.

 O propósito de Deus para o homem é que ele viva em grupo e compartilhe das necessidades do mesmo.

 A comunhão proposta por Deus perdeu muito seu significado, pois, a comunhão hoje se  resume em pequenos e rápidos encontros, uma atividade social ou diversão e comida.

 A verdadeira comunhão não é apenas comparecer nos cultos ou participar da Santa Ceia. Ter comunhão é ter uma vida em comum, é participar das alegrias ou tristezas do irmão, é cumprir os mandamentos recíprocos (Rm 12.15).

Ter uma vida em comum, participando das atividades do grupo é mais perceptível em grupos pequenos, não que ela não possa ser compartilhada em grupos grandes.

Jesus ministrou a um pequeno grupo de discípulos, mas também ministrou às multidões.

É importante que dentro da igreja haja os pequenos grupos compartilhando entre si e que cada pessoa participe de um pequeno grupo. Porém, estes grupos não podem ser fechados e se isolarem dentro do grupo maior – a igreja.

 

 

A IMPORTÂNCIA DA VERDADEIRA COMUNHÃO

 

Na verdadeira comunhão há a autenticidade

 Na comunhão autêntica há profundidade de relacionamentos, não apenas contatos superficiais. Ela é genuína. Compartilha intimidades, verdades, mágoas e dúvidas.

 “Ela ocorre quando as pessoas são verdadeiras sobre quem são e sobre o que está acontecendo em sua vida.” (Warren 2003, pág 122)

 Há uma necessidade urgente de autenticidade nas igrejas de hoje para que não haja uma conversa fingida, representada, superficial ou frívola. Para experimentarmos a real comunhão precisamos ser abertos sobre nossas vidas e autênticos no nosso proceder (1 Jo 1.7 e 8)

 

Na verdadeira comunhão há reciprocidade

            “Reciprocidade é a arte de dar e receber. É depender um do outro”. (Warren 2003, pág 123)

 A mutualidade é o coração da comunhão; é edificar relacionamentos, dividir responsabilidades, ajudar uns aos outros (1 Co 12.15; Rm 1.12).

 Nossa fé cresce a medida em que caminhamos com outras pessoas e compartilhamos nossas experiências.

 Não podemos e nem devemos ser responsáveis por todos no corpo, mas somos responsáveis para com eles. Deus espera o seu melhor para cooperar no desenvolvimento do corpo (Rm 14.19).

 

Na verdadeira comunhão há compaixão

 Ter compaixão é participar dos sofrimentos alheios. Não é apenas dar conselhos ou oferecer ajuda rápida, é penetrar e partilhar a dor dos outros (Cl 3.12)

 Na compaixão o homem tem pelo menos duas necessidades que devem ser supridas: a necessidade de ser compreendido e a necessidade de ter seus sentimentos confirmados.

            Podemos ver três níveis da comunhão:

      Nível de colaboração e de estudo da Palavra de Deus em grupos;

      Nível de serviço;

      Nível de compaixão ou sofrimento.

É nos momentos de crise, tristezas ou dúvidas que as pessoas precisam umas das outras      (Jó 6.14).

 

Na verdadeira comunhão há o perdão

 A graça opera onde se pratica a verdadeira comunhão. Os erros são apagados, os pecados perdoados.

 Sem perdão a comunhão fica prejudicada. A ordem de Deus é que assim como Ele perdoou, nós devemos perdoar (Cl 3.13)

 Sempre que magoarmos alguém voluntariamente ou sem querer, precisamos pedir perdão e reatar a comunhão.

            Deus foi misericordioso para conosco e nos perdoou, assim também nós precisamos fazer.

             A verdadeira comunhão traz muitos benefícios para aqueles que a praticam.

 

 

  

PENSANDO SOBRE O PROPÓSITO DE MINHA VIDA

 

1   – Um tema para reflexão: Preciso de outras pessoas em minha vida.

 

2   – Um versículo para memorizar: “Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. E ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum”.(At

4.32)   

 

3   – Uma pergunta para meditar: O que me falta para ter comunhão íntima e verdadeira com os irmãos?

 

 

 

Igreja: “Cultivando a comunhão em comunidade”

 

“E perseveraram na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações”.

(At 2.42)

 

Viver em comunidade não é nada fácil. Para que haja harmonia entre os membros de uma comunidade cristã é preciso que busque a plenitude do Espírito Santo, que é o elo que une os crentes. (Ef 4.3)

A comunidade exige comprometimento para que seja cultivada, e o Espírito Santo age de acordo com este comprometimento. Ela só vai demonstrar amor quando a ação de Deus, pelo Espírito, combinar com a ação do homem.

Pessoas que nascem em família com relacionamentos precários precisam reaprender a se relacionar dentro da comunidade cristã. O NT traz muitas instruções sobre o partilhar um relacionamento dentro da família de Deus (1 Tm 3 .14 e 15 ; 1 Co 7. 1…; Ef 4.1).

Para cultivarmos uma comunidade verdadeira, é necessário fazer umas escolhas difíceis e correr alguns riscos.

 

Cultivar uma comunidade exige sinceridade

Num relacionamento, para que ele seja duradouro, é necessário que haja sinceridade. Quando há algum problema no grupo, ou quando não se concordar com a idéia, deve-se ser sincero e falar com amor, nunca numa crítica destrutiva, O grupo deve contar com pessoas que se amem, dizendo sempre a verdade, ainda que ela machuque, para que não caminhem para a autodestruição.

Muitas vezes sabemos o que precisa ser dito a alguém, mas nossos temores nos impedem de dizer, Muitas comunidades são sabotadas pelo medo: ninguém tem coragem de falar em meio ao grupo, enquanto a vida de um membro desmorona”. (Warren 2003, pág.128)

Tratando do conflito corretamente o grupo cresce em intimidade uns com os outros, enfrentando e resolvendo as diferenças, Quando isto não acontece, o grupo fica enfraquecido e por vezes se desfaz, A igreja de Corinto estava passando por uma crise de sinceridade, permitindo uma série de imoralidades, Paulo escreve a eles para repreender e tratar do problema (1 Co 5.1 a 12).

 

Cultivar uma comunidade exige humildade

Um grupo é facilmente desfeito quando reina entre os membros o orgulho e o convencimento.

“O orgulho ergue muros entre as pessoas, e a humildade ergue pontes”. (Warren 2003, pág. 129).

A humildade pode ser desenvolvida admitindo suas fraquezas, sendo paciente com as fraquezas dos outros, estando aberta para admoestação, pondo os outros pontos em evidencia (1 Pe 5.5b; Rm 12.16; Fl 2.3 e 4).

“Humildade não é pensar menos de si, mas pensar menos em si mesmo; humildade é pensar mais nos outros. Os humildes concentram-se de tal forma em servir aos outros, que não pensam em si”. (Warren 2003, pág. 130).

 

Cultivar uma comunidade exige cortesia

A boa educação dentro do grupo é muito importante para os relacionamentos. Mesmo diante de pessoas “difíceis” de se tratar, precisamos ser corteses (amáveis) para com elas e não grosseiros, respondendo à mesma altura (Ef 4031 e 32).

Devemos entender e tratar com dignidade as pessoas dentro do grupo que tenham carências emocionais, sejam inseguras ou tenham dificuldades sociais. Essas pessoas são colocadas por Deus em nosso meio e são oportunidades para crescermos e ajuda-las a crescerem.

“Um segredo para a cortesia é saber de onde as pessoas estão vindo. Descubra o histórico delas. Quando você souber por que coisas passaram, certamente será mais compreensivo. Em vez de pensar na distância que elas ainda têm de percorrer, pense na distância que já percorreram apesar do dor que carregam”.

“A verdadeira comunidade se forma quando as pessoas sabem que é seguro partilhar seus medos e suas dúvidas sem serem julgadas”. (Warren 2003, pág. 231).

 

Cultivar uma comunidade exige sigilo

Para que haja compartilhamento de mágoas, necessidades ou erros, é preciso que o grupo mantenha sigilo e seja confiável. Sigilo não quer dizer que vou ficar calado enquanto um membro do grupo está em pecado, mas, é saber que aquilo que foi compartilhado ficará restrito ao grupo.

Se houver “vazamento” de informações o grupo fica desacreditado. Isso gera a fofoca, deixando mágoas, discórdias, destruindo amizades (Pv 16.28).

Aqueles que não são confiáveis devem ser orientados quanto à responsabilidade do sigilo e se não se corrigirem devem ser afastados do grupo (Tt 3.10).

 

Cultivar uma comunidade exige constância

A comunhão é parte fundamental na comunidade e cada um deve manter um contato constante com seu grupo. Relacionamento exige tempo. Se não investirmos tempo, nossa comunhão se torna superficial.

“Viver em comunhão requer investimento de tempo”. (Warren 2003, pág. 132).

O hábito de nos reunirmos com freqüência fortalece nosso relacionamento. Não podemos nos reunir apenas quando temos vontade. Quando nos reunirmos, temos que ter convicção de que é importante para a nossa saúde espiritual.

“Se você quiser cultivar uma comunhão verdadeira, isso significará reunir-se mesmo quando você não tenha vontade, porque você acredita que é importante” ·. (Warren 2003, pág.

132).

Na igreja primitiva os cristãos se reuniam diariamente (At 2.46).

Se você quer viver uma comunhão verdadeira na sua comunidade, você precisa meditar e praticar as nove características da comunhão bíblica:

         Partilhar verdadeiros sentimentos (autenticidade – 18)

         Incentivar uns aos outros (reciprocidade – 18)

         Apoiar uns aos outros (compaixão – 18)

         Perdoar uns aos outros (perdão – 18)

         Falar a verdade com amor (sinceridade – 19)

         Admitir suas fraquezas (humildade – 19)

         Respeitar suas diferenças (cortesia –19)

         Não fofocar (sigilo – 19)

         Fazer do grupo uma prioridade (constância – 19)

 

Se não praticamos esta lista, a comunhão se torna fraca e rara. A comunhão verdadeira nos leva a deixar o individualismo e a independência para vivermos uma interdependência. Os benefícios de dividir nossa vida e experiências com outros, supera em muito os custos e nos deixa preparados para a eternidade.

 

PENSANDO SOBRE O PROPÓSITO DE MINHA VIDA

 

1  – Um tema para reflexão: Comunidade exige comprometimento.

 

2  – Um versículo para memorizar: “Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam o

pão de casa em casa e tomavam suas refeições com alegria e singeleza de coração”. (At 2.46)

 

3  – Uma pergunta para meditar: Estou praticando as características de uma verdadeira comunidade em minha igreja?

 

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