BOAS NOVAS
Texto da lição: Actos 1:8; 9:6, 15; Romanos 1:1-5, 14-16
Leituras diárias:
Segunda: Mat. 28:19-20 Quinta: 2 Cor. 4:1-7
Terça: Lucas 24:46-49 Sexta: João 4:27-42
Quarta: 2 Tim. 1:11-14 Sábado: Actos 28:11-31
Leitura devocional: Pescadores de homens – Marcos 1:16-20
Texto áureo: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.” (Romanos 1:16)
INTRODUÇÃO:
Os filhos de Deus, em virtude da graça recebida de Deus, dotando-os do mais precioso tesouro que a humanidade pode possuir – a salvação, em Jesus Cristo, têm uma dívida, constante, com o mundo. Quanto mais observamos a forma como o apóstolo Paulo interpretou e aplicou a comissão entregue por Jesus, mais claramente tomamos consciência da dívida que pesa sobre nós. Fomos indigitados para partilhar a mensagem do Evangelho, para que outros possam encontrar o dom da vida abundante e eterna em Jesus.
I – ATENTANDO PARA O MANDAMENTO DE JESUS (Atos 1:8)
Quando se aproximava o momento de subir ao Céu, Jesus tornou claro que a obra da evangelização é um imperativo para todos os que O seguem, tendo-os comissionado para levarem a Sua mensagem pelo Mundo. A primeira geração daria o seu testemunho, na cidade em que morava – Jerusalém. Logo (conosco incluídos) a mensagem seria levada, gradualmente, a toda a humanidade.
A partir de Jerusalém, e da região da Judeia, os primeiros discípulos iriam disseminar a semente do Evangelho entre o povo malquisto de Samaria, continuando a expandir o conhecimento da mensagem divina entre todos os povos.
Falar da Boa Nova do Evangelho constituiu um desafio para os discípulos de então. Eram em pequeno número, e sem recursos. Não imaginamos a dificuldade e perigo que enfrentavam, nas viagens.
A ordem de Jesus, todavia, era levar o Evangelho até “aos confins da terra”. Independentemente de tudo o que fizessem, no nome de Jesus, não podiam escapar ao mandamento de Deus, de falar da Boa Nova da Sua graça. Hoje, é esta a tua incumbência! O mandato tem percorrido todas as gerações e é um imperativo na tua vida. É importante envolveres-te em toda a obra e projetos da tua Igreja, cooperando de coração, mas não podes negligenciar a partilha do Evangelho com os outros, pois estarias a negligenciar a maior das tuas responsabilidades como filho de Deus. As pessoas que convivem conosco necessitam conhecer o poder de Deus, através da tua vida, e o testemunho dos teus lábios.
II – ACEITA O DESAFIO (Atos 9:6, 15; Rom. 1:1-5)
Paulo é um exemplo da chamada divina para o testemunho. Não obstante ter recebido uma chamada especial para missionar (Atos 9:6, 15), a sua chamada para ser “testemunha” de Cristo foi-lhe conferida em virtude da sua submissão à soberania de Jesus Cristo. Trata-se da mesma chamada que te é conferida, enquanto crente em Jesus. Realmente, Paulo foi chamado para ser apóstolo, atributo legitimamente concedido a um número muito reduzido; porém, antes de ser chamado ao apostolado, foi chamado para ser “servo de Jesus Cristo” (Rom. 1:1). A sua chamada demonstra-nos o mandato de Jesus para tornar conhecido o Evangelho “entre as nações” (v.5).
Como Paulo, somos chamados a sermos servos do Senhor e a proclamar o Seu Evangelho entre todos com quem nos relacionamos.
Para falar do Evangelho, Paulo tinha que o conhecer, pelo que a chamada implicou o estudo das “Sagradas Escrituras, com respeito a seu Filho” (v. 2 e 3). Todo o crente em Jesus deve crescer no conhecimento da mensagem do Evangelho e na capacidade de o partilhar com os outros.
Embora não sendo, à semelhança de Paulo, “apóstolos aos gentios” (Atos 9:15), fomos, como ele, “separados para o evangelho” para que, através do teu testemunho, outros possam ter vida em Cristo (Rom. 1:1).
III – HONRA A TUA DÍVIDA (Rom. 1:14-16)
Todo o crente é convocado para partilhar o evangelho com aqueles que nunca ouviram esse convite tão singular e importante. Deus permitiu que ouvisses a boa nova de salvação em Cristo, recebendo o perdão dos pecados e o dom da vida eterna. A partir desse momento, em que reconheceste a abertura da graça de Deus a todos os que creem, deves partilhar essa mesma mensagem que te foi transmitida.
A tua posição é semelhante à dos israelitas leprosos que descobriram o local onde encontrar mantimento, enquanto os companheiros morriam de fome. Após ter constatado a sua sorte, disseram: “Não fazemos bem; este dia é dia de boas novas, e nós nos calamos; se esperarmos até à luz da manhã, seremos tidos por culpados; agora, pois, vamos e o anunciemos à casa do rei.” (2 Reis 7:9). Se te calares, relativamente à salvação de Deus, negligencias no que respeita à tua obrigação, como crente em Jesus, e cometes injustiça, no Âmbito da tua roda de influência.
Com Paulo, aprendemos a reconhecer as proporções da nossa dívida. “Sou devedor”, foram as suas palavras! Somos devedores, devendo colocar, a nós próprios, a questão: “Como (porém) invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue?” (Rom. 10:14).
Poderá acontecer seres tu a única testemunha com possibilidade de apresentar a alguém, o caminho para a vida. Estás decidido a falar?
Paulo afirmou: “Quanto está em mim, estou pronto a anunciar o evangelho” (v. 15). Esta determinação granjeou-lhe perigos e dissabores, comparecendo perante reis e governadores e, no fim da sua vida, conduziu-o à situação de preso, em Roma, e à condenação à morte. Porém, fielmente, apresentou a Boa Nova a todos os que encontrava. Paulo é, para cada crente, o exemplo de serviço a prestar.
O Evangelho é a mensagem poderosa, de Deus, para salvação. Cristo transforma pecadores em santos, com poder para salvar todo aquele que aceita o Seu convite a vir a Ele, para ter vida (Heb. 7:25), não o lançando fora (João 6:37).