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TogglePROSPERIDADE A LUZ DAS ESCRITURAS
Texto da lição: Provérbios 22:4; 13:22, 11; 27:23; 11:16; 24-26
Leituras sugerida para a semana
Segunda: Salmo 37:1-11 Quinta: Ecl. 5:9-20
Terça: Salmo 37:25-40 Sexta: Mat. 6:19-24
Quarta: Prov. 24:30-34 Sábado: 1 Tim. 6:6-12
Leitura devocional: Ricos para com Deus – Lucas 12:13-21
Texto áureo: “O galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, e honra, e vida.” (Provérbios 22:4)
INTRODUÇÃO:
Qual a quantia de dinheiro ou quantidade de bens que permitem a alguém considerar-se rico? A dificuldade da resposta tem a ver com a contingência de ninguém conseguir, provavelmente, tudo o que deseja. Quantas vezes se constata que, não obstante se conseguir o que se pretende, as necessidades nunca cessam! Trata-se de um poço sem fundo.
No que se refere a prosperidade, para o crente em Jesus, que tem a mente de Cristo (1 Cor. 2:16), Deus lhe concede satisfação, devendo medi-la não por aquilo que possui, mas no uso que dela faz para glória de Deus.
Nos Estados Unidos, durante a grande depressão, o dono de uma fazenda, no estado do Texas, chegou a tal estado de pobreza que corria o risco de perder a fazenda. Um dia, uma empresa petrolífera arrendou a propriedade e começou a explorar a existência de petróleo, constatando-se uma das maiores jazidas do país. Rapidamente, o proprietário passou a ser um dos homens mais ricos do país. Tinha sido rico, todo o tempo, sem o saber! Os recursos estavam por baixo dos seus pés; simplesmente não os tinha descoberto para os rentabilizar.
Todos nós somos ricos, no Senhor. Porque continuar como o pobre proprietário, não constatando a nossa enorme riqueza em Cristo? Para prevenir essa situação, tomar posse dos tesouros contidos na Palavra de Deus.
O estudo de hoje, com base em Provérbios, apresenta-nos as chaves para entendermos tanto o conceito da prosperidade espiritual quanto da material.
I – ENTENDENDO A PROSPERIDADE ESPIRITUAL
O texto áureo declara o caráter essencial da humildade e do temor do Senhor para a aquisição de verdadeiras riquezas, o que contraria à forma de pensar do homem. Na perspectiva humana, o acúmulo de riqueza acompanha aqueles que, de forma desapiedada, buscam os fins sem olhar aos meios, aniquilando quem se lhes oponha. Porém, Deus, na Sua Palavra, afirma serem os humildes e tementes a Deus quem possui as verdadeiras riquezas.
Humildade. É difícil compreender a arrogância prevalecente em alguns crentes, face às grandiosas promessas feitas por Deus aos que são humildes (Salmos 147:6; Isa. 57:15; 1 Pedro 5:5,6). Efetivamente, o nosso maior desejo deveria ser honrar a Deus, andando humildemente diante dos homens, demonstrando a nossa obediência ao Senhor.
Humildade é uma atitude de coração sem a qual ninguém poderá ser rico para com Deus (1 Pedro 3:4). A importância da humildade encontra-se enfatizada, ao longo do Novo Testamento, como uma das mais excelentes manifestações da vida cristã (Rom. 12:3; 1 Cor. 3:5-7; 2 Cor. 3:5; Fil. 4:11-13). O salmista reconheceu o valor da humildade concluindo que preserva a alma em paz (Salmos 69:32-33). Do mesmo modo, Jó deu, como exemplo de humildade, a sua paciência face à tribulação (Jó 1:22). Contudo, Jesus é o maior exemplo de humildade. Paulo afirma: “a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.” (Fil. 2:7-8).
Piedade. O segundo ingrediente que nos pode tornar prósperos espiritualmente, é “o temor de Deus”. O uso desta expressão, no Velho Testamento refere-se à verdadeira piedade (Prov. 1:7; Job 28:28; Salmos 19:9). Não se trata de medo ou pavor; outrossim, de uma atitude de reverência, amor e confiança (compare Deut. 32:3-4; Oseias 11:1; Isa. 63:16; 64:8). O temor do Senhor evita tornarmo-nos descuidados para com as coisas de Deus, mantendo-nos, igualmente, afastados do pecado (Mat. 10:28; 2 Cor. 7:1; Fil. 2:12; Efés. 5:21; Heb. 12:28-29).
Como podem a humildade e o temor ao Senhor conduzir-nos à riqueza, honra e vida? A humildade e o temor do Senhor estabelecem um relacionamento perfeito com Deus e com os homens. Ao humilde e temente a Deus, não é difícil constatar as suas faltas, bem como aceitar e perdoar as faltas dos outros, promovendo o seu respeito por eles. Não está longe a possibilidade de confiar neles, mantendo um relacionamento quer profissional quer social. Sem humildade e o temor do Senhor não há paz, tanto interior quanto exteriormente e, sem essa paz, não obstante o “monte” de riqueza, ninguém poderá ser rico.
Concessão. Àquele que descobre o caminho divino para a prosperidade espiritual, Deus promete a concessão de uma herança aos seus descendentes (Prov. 13:22). O “homem de bem” (não o homem rico) sugere tratar-se de um legado espiritual. Se os teus herdeiros receberem um legado de fé, colocando-os num relacionamento com Deus baseado na humildade e na reverência ao Senhor, estarás a doar-lhes a maior e melhor das riquezas que a vida humana pode almejar.
QUAL O PRINCIPIO BÍBLICO DA PROSPERIDADE MATERIAL
Trabalho árduo. Prov. 13:11 salienta a importância de trabalhar diligentemente para se ter alguma prosperidade material. O mesmo versículo condena “a fazenda que procede da vaidade” (os que facilmente se ganham). Riqueza adquirida através de esquemas de enriquecimento rápido, por meio de esquemas questionáveis não é verdadeiramente riqueza. Aquele que vai “enriquecendo” através de meios fraudulentos, jogos, lotarias ou similares, nunca será aprovado por Deus.
Geralmente, o lucro proveniente de esquemas fraudulentos é de curta duração. “Vi um ímpio prepotente a expandir-se qual cedro do Líbano. Passei, e eis que desaparecera; procurei-o, e já não foi encontrado.” (Salmos 37:36-37). Sabemos que quem acerta nos números da loteria, mega sena,etc…, aplica, geralmente, o dinheiro em boas causas; contudo, as almas afortunadas acabam, quase sempre, por perseguir objetivos frívolos e, quantas vezes, ruinosos para a sua vida espiritual.
Até os homens honestos sentir-se incomodados pela prosperidade dos ímpios (Salmos 73:2-3). A resposta divina a esta inevitabilidade humana veio a seguir: “até que entrei no santuário de Deus e atinei com o fim deles. Tu certamente os pões em lugares escorregadios e os fazes cair na destruição.” (Salmos 73:17-18). Se a riqueza surge pelo trabalho e disciplina, será mais valorizada e bem gerida.
Administração dos recursos. Se Deus te dá recursos, abençoando o teu trabalho, convém geri-los e usá-los de forma cuidadosa. O uso ajuizado da riqueza resulta em “aumento”. Efetivamente, o bom uso do que se possui é mais importante do que a capacidade em se conseguir.
Independentemente das riquezas que se possuam, e do controle que se exerça, “não duram para sempre” (Prov. 27:23-27). A prová-lo, está a crise que, há bem pouco tempo, se instalou na economia mundial, fazendo tremer e sucumbir enormes poderios económicos. Grandes impérios se desvanecem em frações de segundo!
O princípio do sucesso, em todas as esferas da vivência humana, é agir no temor do Senhor (buscando agradar-Lhe, pela obediência, para louvor e glorificação do Seu Nome). Visto que os recursos que gerimos pertencem a Deus, também neste aspecto temos que saber considerar-nos servos, mordomos. A nossa administração tem um princípio e terá um fim. Independentemente da quantidade de recursos que temos sob nosso controle, essa administração requer boa mordomia. Através de uma boa administração, Deus abençoará grandemente o teu sustento.
Generosidade. Prov. 11:16 apresenta-nos dois estilos de vida. Embora socorrendo-se dos dois géneros humanos, não pretendendo demarcar terrenos ou evidenciar qualquer dos dois sexos, fala-nos de uma pessoa graciosa e afável e de outra que só entende a linguagem do dinheiro. Uma que gosta de ajudar; outra que não tem escrúpulos em defraudar e atentar contra outros, a troco do lucro.
Um dos grandes mistérios associados à riqueza é que o caminho que a ela conduz tem como base um espírito generoso. “A quem dá liberalmente, ainda se lhe acrescenta mais e mais; ao que retém mais do que é justo, ser-lhe-á em pura perda. A alma generosa prosperará, e quem dá a beber será dessedentado. Ao que retém o trigo, o povo o amaldiçoa, mas bênção haverá sobre a cabeça do seu vendedor.” (Prov. 11:24-26). Embora pareça estranho, enriquece-se quando se dá aos outros. Igualmente estranho mas verídico é que quanto mais gananciosa é uma pessoa, mais rápido é o caminho para perder tudo. A vivência humana tem comprovado que, quanto mais liberal é uma pessoa, mais facilmente se lhe abrem as portas para a riqueza. Um outro princípio bíblico, quanto à riqueza, é: quando alguém é fonte de bênção para outros, mais abençoado é.
Convém lembrar que “O galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, e honra, e vida.”