ESTUDO PARA A CONFRATERNIZAÇÃO DOS DEPARTAMENTOS DE HOMENS, MULHERES E JOVENS. TEMA: A integridade moral precede a vida bem sucedida

A integridade moral precede a vida bem sucedida

Provérbios 28.13

 

INTRODUÇÃO

Deus deseja nossa prosperidade na mesma proporção que busca nossa sinceridade e integridade ética, e quem pensa estar enganando a Deus – mantendo uma vida dúbia – é tolo porque: “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons” (Pv 15.3 – onisciência divina). Salomão declara que todo bem e toda boa dádiva procedem de Deus e que separado dele ninguém pode desfrutar plenamente a vida (veja Eclesiastes 2.24). Com essa verdade em mente, devemos entender que só há um caminho para uma vida realmente bem-sucedida: “O homem de bem alcança o favor do Senhor, mas ao homem de perversos desígnios, ele o condena” Pv 12.2); “… o Senhor dá graça e glória; nenhum bem sonega aos que andam retamente” (SI 84.11).

PROPOSIÇÃO: A vida próspera é o resultado direto da nossa sincera devoção a Deus.

 

I– “O QUE ENCOBRE AS SUAS TRANSGRESSÕES JAMAIS PROSPERARÁ”

       Quando alguém quer “encobrir” os seus malfeitos, que espécie de atitudes manifesta? Em um primeiro momento, isso ocorre pela negação. A desculpa ou a indicação de prováveis culpados é outra forma. A racionalização ou uma justificativa bem elaborada é outra maneira de maquiarmos nossas mazelas.

       Davi declarou que enquanto se manteve calado escondendo o seu pecado (talvez com Bate- Seba?): “…envelheceram os meus ossos (…) a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tomou em sequidão de estio” (SI 32.3,4). Estas expressões são sinônimas de doenças, envelhecimento precoce, fraqueza e debilidade generalizada (física, moral, financeira), que sobrevêm ao crente desobediente como medida disciplinadora da parte de Deus (veja lCoríntios 11.32).

       Pecado encoberto é pecado não remido ou tratado, e quem “conserva” o seu pecado atrai maldição para si próprio (veja Provérbios 26.2). O termo encobrir no hebraico é kãhad e possui o sentido de reter algo, não permitir que seja conhecido, é o mesmo que esconder, ocultar ou dissimular.

-Adão e Eva se “esconderam” de Deus por medo do juízo e porque as suas consciências os condenavam (veja Gênesis 3.8-10). Há pessoas que encobrem os seus pecados porque não os consideram errados, sentem prazer neles exatamente como o rei Saul demonstrou isso diante de Samuel (ISamuel 15.20,21; Provérbios 28.24).

       Jesus afirmou que “…nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido” (Mt 10.26); um dia tudo vem a lume, e às vezes mais rápido do que imaginamos (veja João 1.9).

       A palavra transgressão no hebraico é pesha’ e também significa rebelião ou revolta, mas o seu sentido real, neste caso, tem a ver com uma espécie de rejeição à autoridade de Deus. Está em vista indivíduos que insistem numa vida pecaminosa, mesmo conhecendo a vontade de Deus ou o que determina a Escritura.

       Judas transgrediu vários códigos de ética (foi desleal com Cristo e com os apóstolos, foi mesquinho, egocêntrico e avarento). A prisão e a morte de Jesus decorreram da descarada traição de Judas. Em vez do verdadeiro arrependimento (como o de Pedro; veja Mateus 26.75)

       que não ocorreu por pura falta de humildade – Judas mostra remorso (arrependimento acompanhado de autopunição). O resultado foi a sua morte prematura e a condenação eterna
(Apocalipse 21.8).

 

II– “…MAS O QUE AS CONFESSA E DEIXA ALCANÇARÁ MISERICÓRDIA”.

       João afirma que: “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (lJo 1.9), isto quer dizer que Deus nos perdoa no exato momento em que reconhecemos a necessidade dele (perdão). O perdão de Deus nos é dado por sua misericórdia ou graça. No hebraico, a palavra confessar yãdâh possui o sentido de reconhecer ou declarar o pecado, já o mesmo termo no grego (homologeõ) também significa declarar ou concordar com, admitir-se culpado do que está sendo acusado (pela consciência e verdade da Palavra) ou por convicção interior. Fonte: Dicionário Vine.

       A confissão demanda três coisas: o reconhecimento, a humildade e a coragem. Há “transgressão” (pecado) que não basta confessar apenas para Deus (veja 1 João 1.7-9), sobretudo quando o delito afeta o “corpo” e será preciso uma intervenção disciplinadora por parte da Igreja para que haja restauração da comunhão na vida do transgressor (Hebreus 12.4-13). Na Lei está escrito que há pecados que devem ser confessados diante do ministro do Senhor (Levítico 5.5,6).

-A legítima confissão de pecados inclui arrependimento sincero e o desejo de não errar mais. Isto existindo, abre o caminho para a completa restauração do pecador com Deus e por conseguinte às suas ricas bênçãos.

 

III MUDANÇA DE PENSAMENTO E POSTURA É O CAMINHO PARA PROSPERARMOS.

-Além da confissão, se requer uma tomada de posição no sentido de “deixar”, pôr de lado, abandonar, não fazer mais o mesmo delito, mudar de vida etc. O verdadeiro cristão deve despojar- se (tirar com violência) diariamente de toda impureza e acúmulo de maldade (veja Tiago 1.21), pois o mandamento apostólico nos ordena a um constante renunciar das paixões mundanas (Tito2.12).

       O sábio já deu a receita. Quem deseja se dar bem em todas as áreas do viver humano, deve ser íntegro em suas palavras e atitudes e também precisa trilhar o caminho da obediência irrestrita da Palavra de Deus (veja Deuteronômio 28.1-14; cf. Josué 1.9).

       Quem faz o errado porque não conhece o certo, sofre por sua ignorância (veja Mateus 22.29), mas quem sabe o que é certo e faz o errado é tolo e deve sofrer duas vezes mais. O salmista afirma que: “Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado; coração compungido e contrito…” (SI 51.17), mas quem persiste no pecado nunca terá o favor de Deus (Provérbios 28.18).

       O conceito de prosperidade (tsãleah) na cultura veterotestamentária incluía a idéia de ter sucesso ou vitória na vida de modo geral – no casamento, nos negócios, no ministério etc. Só alcançamos a verdadeira prosperidade pela misericórdia (hesed – bondade, graciosidade) divina, e ela nos assiste quando realmente deixamos o erro e passamos a praticar a Palavra.

 

CONCLUSÃO
 

Todo cristão verdadeiro precisa entender que o seu sucesso integral é construído por ele mesmo, por meio do seu crescimento em Cristo, e obediência à verdade das Escrituras (veja Josué 1.9). Prosperar não é o resultado da aplicação de alguma solução mágica, encontrada em livros de auto-ajuda; mas é a conseqüência natural de nossa devoção sincera a Deus, de trabalho e dedicação pessoal e finalmente de com Ele andar (Jó 42.5). O Senhor não pode ser enganado, nem Ele aceita qualquer tipo de suborno para liberar as suas bênçãos sobre nós. Se quisermos ser abençoados, precisamos aprender o caminho da obediência e da sinceridade religiosa (Tiago 1.27).

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