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ToggleOs Propósitos de Deus para a Igreja
Parte II
Mateus 28.19,20
INTRODUÇÃO
A grande comissão determinada por Jesus Cristo apresenta os outros três propósitos de Deus para a Sua igreja: Alcançar o perdido com o evangelho; introduzi-lo na comunhão da igreja pelo batismo e discipulá-lo até que se torne semelhante a Cristo. Desta forma, a missão da Igreja não se resume apenas a adorar a Deus e servir ao próximo, mas também na árdua tarefa de evangelizar e fazer do novo crente um verdadeiro discípulo do Senhor Jesus.
Para cumprir essa missão, Deus enviou o Seu glorioso Espírito Santo com a finalidade de nos ajudar, ensinar e guiar (veja Romanos 8.26; João 14.26; 16.13), e o mesmo Espírito vocaciona cada membro da Igreja para uma função em particular, com isto, o trabalho é dividido e realizado mais facilmente (I Coríntios 12.7; Efésios 4.11-13).
PROPOSIÇÃO: A vocação da Igreja se resume em cumprir cabalmente os propósitos de Deus.
I- TERCEIRO PROPÓSITO: ALCANÇAR O PERDIDO COM O EVANGELHO.
A missão da Igreja em relação ao mundo está diretamente ligada à evangelização do não crente. A salvação do homem somente ocorrerá se ele receber, pela fé, a Jesus Cristo como seu Salvador {veja João 1.12). Não há outro meio do homem livrar-se do estado de condenação em que está (Romanos 3.23; 6.23). Nossa missão concentra-se em espalhar essa verdade, onde Cristo ainda não foi anunciado (Romanos 15.20).
A ordem de Cristo: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (v. 19) é tarefa inacabada, pois ainda há inúmeros povos (ethnê), nações e tribos que ainda não conhecem Jesus de Nazaré. A pregação ou a divulgação das boas novas de salvação em Cristo (veja Romanos 1.16,17), não se limita à nossa comunidade, mas deve ser simultaneamente levada a efeito desde a nossa vizinhança até os confins da terra (Atos 1.8).
Não importa a forma, estilo ou estratégia de trabalho (por exemplo: filme “Jesus Segundo o Evangelho de Lucas”; fazedores de tendas; ondas de rádio; literatura etc.), contanto que a mensagem seja passada da maneira mais clara possível. O Espírito Santo se encarrega de convencer o pecador no exato momento da evangelização (João 16.8-11). Até um bom testemunho ou uma boa ação são maneiras eficazes de despertar o interesse do não crente para o evangelho de Cristo (Mateus 5.14-16; João 13.34,35).
II- QUARTO PROPÓSITO: INTRODUZIR O NOVO CRENTE NA COMUNHÃO DA IGREJA.
O resultado da nossa pregação pode ser visto no número de batismos que realizamos no ano. Podemos dizer que a evangelização está completada logo após batizarmos o novo converso. Em muitos casos na história da Igreja Primitiva, o batismo ocorria logo após a conversão, um exemplo disso teve lugar na vida de um importante eunuco da Etiópia (veja Atos 8.35-38).
O batismo está diretamente ligado a mais um dos propósitos de Deus, ou seja, ele introduz o novo convertido no corpo místico de Cristo (veja I Coríntios 12.13), que é a Sua igreja (Efésios 1.22,23). Em outras palavras, pelo batismo passamos a espiritualmente desfrutar a comunhão com Deus e com todos os cristãos nascidos de novo que há no mundo.
Na oração sacerdotal de Cristo, Ele pediu ao Pai que nos ajudasse a sermos um: “…a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste” (Jo 17.21). Em Cristo, nós somos um, uma unidade ou identidade perfeita que não pode ser dividida, mesmo que tenhamos formas diferentes de expressar nossa devoção e amor a Deus.
O que quebra ou atrapalha a nossa comunhão? Não são as obras da carne alistadas pelo apóstolo Paulo aos Gálatas? Veja algumas: inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdia, dissensões, facções e invejas (5.20,21). Com estas podemos somar outras: fofoca, divisão, falta de humildade e coisas semelhantes que o diabo emprega para nos desunir. Qual, pois é o nosso desafio? Somente podemos cumprir o propósito divino da comunhão se nos superarmos, se nos submetermos ao controle do Espírito Santo (veja Gálatas 5.22), se vivermos em paz com todos (l Pedro 3.11).
III- QUINTO PROPÓSITO: DISCIPULAR O NOVO CRENTE.
A evangelização seguida do batismo em águas não torna o novo crente automaticamente semelhante a Cristo no caráter. Aliás, a conversão não muda o caráter, apenas dá a condição favorável para isso. O caráter do novo crente é formado na continuidade de sua prática de fé, na santificação. De conhecimento em conhecimento da verdade (veja João 8.32; 2Pedro 3.18), de experiência em experiência com Deus (por exemplo: oração respondida) o crente recém-nascido na fé vai assumindo a estatura varonil e o aperfeiçoamento da imagem de Cristo em sua vida (Efésios 4.12-16).
Jesus incluiu na grande comissão o dever de “…ensinando-os a guardar todas as cousas que vos tenho ordenado” (v. 20). Em outras palavras, os crentes mais antigos estão no dever de ensinar aos mais novos as doutrinas elementares do cristianismo. Desta forma, esse propósito de Deus está intimamente ligado ao acompanhamento, passo a passo, até que o novo crente saiba orar, conduzir-se adequadamente, evangelizar outros e descobrir a sua vocação.
Nosso comportamento na maneira de falar ou interagir com os outros deve ser moldado pela Palavra de Deus. O discipulado tem a missão de fazer isso. Paulo declarou para os crentes de Corinto que ele “plantou” ou evangelizou, mas Apoio “regou”, ou seja, discipulou, fez o acompanhamento, mas em todos os casos foi de Deus a missão de dar o crescimento (veja l Corítios 3.6).
CONCLUSÃO
Precisamos crescer em nossa adoração ou culto a Deus (veja Romanos 12.1,2), pois isso nos tomará mais sensíveis e, sobretudo, compromissados em nosso trabalho com outras pessoas, ou seja, na evangelização, no serviço, na comunhão e no discipulado. Para cumprirmos os cinco propósitos de Deus contamos com a preciosa ajuda do Espírito Santo, e é Ele mesmo quem nos capacita a obedecer à soberana vontade de Deus (veja Filipenses 2.13).
Fonte: https://pastorjosiasmoura.com/