Estudo para a EBD on line. Tema: Vença a solidão.

Vença a Solidão

Texto Básico: Gênesis 2:18

Objetivo da lição: Decidir a superar a sua solidão.

 

INTRODUÇÃO

“Não é bom que o homem esteja só”, declara o Criador. Nestas palavras, Deus estabeleceu a necessidade profunda que temos de uma companhia íntima. É como ensina a sabedoria popular: “antes mal acompanhado do que só”. T.S. Eliot tam­bém afirmou acerca da solidão: “O in­ferno é o único, o inferno é estar só, as suas demais figuras são meras proje­ções”.

A solidão é um mal universal. Não há quem não tenha sentido só, mesmo as pessoas normais. Mesmo vivendo em grandes cidades, residindo em populo­sos condomínios, a solidão é uma reali­dade na vida de milhões de pessoas. É uma epidemia emocional. Para a maior parte, a solidão é uma sensação tempo­rária. Ela vem e vai. Para outros, a soli­dão faz parte da sua existência, como um membro do seu corpo. São pessoas cronicamente solitárias.

Os psicólogos ainda não sabem com certeza se há apenas sensação de solidão, ou vários tipos diferentes. Sabemos que há diferentes causas e diferentes intensidades.

Robert Weiss, psicólogo americano, sugeriu que há dois tipos de solidão:

  1. Isolamento emocional – produ­zido pela falta de uma relação profunda e emocionalmente satisfatória com pes­soa com quem nos abrimos. Por exem­plo, a relação entre marido e mulher.
  2. Isolamento social – gerado pela ausência de um círculo de amigos ou afastamento da convivência social.

EXPOSIÇÃO

  1. POR QUE AS PESSOAS SÂO SOLITÁRIAS?

Há diversas causas para a solidão. Vejamos algumas:

1.1. Dificuldades pessoais de fazer ou conservar amigos.

1.2. Falta de confiança em si mesmo e nos amigos.

1.3. Falta de confiança em si mesmo e nos outros.

1.4. Rejeição por parte de pessoas que nos circundam.

1.5. Mudança de residência.

1.6. A morte de uma pessoa amada.

1.7. Namoro desmanchado ou divórcio.

1.8. Ser estranho num lugar novo.

1.9. Ser um líder importante.

1.10. Ser um aposentado.

1.11. Problemas de relacionamento com os pais.

1.12. A alienação de Deus…

Segundo Craig W. EIlison, o sentimen­to de estar separado das pessoas que são importantes do ponto de vista emo­cional é comum a todas estas sensações de solidão. “Sentir-se solitário é sentir-se desligado. A solidão é um indício de necessidade”. Todo mundo tem a neces­sidade de relações íntimas e sólidas. Cada ser humano necessita de um certo grau de intimidade. “A solidão não é a mesma coisa que estar só. A solidão é sentir-se só”.

Você já esteve num grupo em que não conhece ninguém, mas em que to­dos os outros parecem se conhecer? Como você se sentiu?

  1. AS RAÍZES DA SOLIDÃO

Há diferentes causas aparentes de solidão. Há também diferentes intensi­dades. A psicologia ainda não sabe com certeza se há apenas uma sensação de solidão: isolamento emocional e isola­mento social. O primeiro é decorrente da falta de uma relação profunda e emo­cionalmente satisfatória com outra pes­soa com quem nos abrimos. O segundo é consequencia da ausência de um círculo emocionalmente satisfatório de amigos.

Por que a solidão se tornou uma constante companheira dos homens?

A compreensão adequada das raízes da solidão encontra-se no relato bíblico da criação.

2.1. Um ser Social

“Também disse Deus: façamos o ho­mem à nossa imagem, conforme a nos­sa semelhança”; (Gn 1.26). A primeira pessoa do plural sugere que Deus sendo único é plural em seu ser. Tão segura­mente como Deus é um só, Ele é uma Trindade. Ao criar o homem conforme a imagem e semelhança do seu ser, Ele o faz um ser social. Portanto, a nossa ne­cessidade de Deus e de outras pessoas deriva do fato de termos sido feitos à semelhança de Deus. Fomos criados para amar e sermos amados.

2.2. Companhia Idônea

“Disse mais o Senhor Deus: não é bom que o homem esteja só: Far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18). Deus sabia que Adão tinha uma necessidade que requeria uma relação íntima, por isso Ele criou Eva, uma com­panheira complementar.

2.3. Isolamento de Deus

Com o pecado original (Gn 3.1-24), Adão e Eva acharam-se logo, irreversivelmente separados de Deus e um do outro. A intimidade foi aniquilada, por­que a integridade fora perdida. O peca­do trouxe o terrível isolamento de Deus e do próximo. É como expressa o salmista: “Volta-te para mim e tem com­paixão, porque estou sozinho e aflito. Ali­via-me as tribulações do coração; tira-me das minhas angústias. Considera as minhas aflições e o meu sofrimento e perdoa todos os meus pecados”. (SI 25.16-18). As raízes da solidão se en­contram no pecado.

  1. O REMÉDIO PARA A SOLIDÃO

Para enfrentarmos a solidão precisa­mos construir a intimidade.

3.1. Intimidade com Deus

A intimidade com Deus. Sartre e Camus, filósofos existencialistas, já es­creveram acerca da solidão existencial. A vida sem Deus é impessoal e irracio­nal. A angústia da alienação e da soli­dão acompanha uma vida sem Deus. Precisamos então, de partilharmos da comunhão com Deus. E como podemos fazer isso? Como podemos estabelecer relações íntimas com Deus? Tudo come­ça quando aceitamos um convite de Deus. Ele nos convida para sermos os seus filhos:

“Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; a saber: Aos que crêem no seu nome.”(Jo 1.12). Deus deseja cuidar de nós, como um pai cuida de um filho. Ele nos convida a fazermos parte da sua fa­mília. O processo estabelecido por Deus foi o de aceitar o sacrifício de Jesus, como nosso Salvador. Jesus, através do seu sacrifício na cruz, nos substituiu e satis­fez a justiça de Deus. Através, unicamen­te, de Jesus restabelecemos a nossa comunhão com Deus. Isso é o fim da solidão existencial, pois o próprio Jesus nos garante: “E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do sé­culo” (Mt 28.20),

3.2. Princípios Práticos

Para enfrentarmos a solidão cotidiana, precisamos de alguns princípios práticos:

3.2.1. A solidão é um estado normal que, simplesmente, não podemos evitar. Ela é natural, tendo em vista o estado da natureza humana e da sociedade em que vivemos.

3.2.2. Precisamos enfrentar a soli­dão para podermos superá-la. Nós mes­mos somos responsáveis pela nossa so­lidão.

3.2.3. É necessário identificar a cau­sa primordial da nossa solidão, para po­dermos traçar um plano específico de ação.

3.2.4. A intimidade, que é a solução para a solidão, deve ser construída a partir de uma iniciativa nossa. Busque a amizade sincera.

CONCLUSÃO

Conforme o ensino bíblico. Deus re­conhece que a solidão é algo desagra­dável ao homem: “Não é bom que o ho­mem esteja só”. Por essa razão, Ele ja­mais nos deixa sozinhos. Ele veio ao nos­so encontro através de Jesus, o Emanuel, que significa “Deus Conosco”. E Jesus nos garante: “E eis que estou conosco todos os dias até consumação dos séculos” (Mt 28.20). Vença a solidão através da co­munhão de Deus.

 

PONTOS PARA DISCUTIR

  1. Será que a cultura da atual socie­dade contribui para o aumento da solidão?
  2. Há alguns aspectos positivos na solidão?
  3. Qual a diferença entre solidão e isolamento? (Mt 14.23).
  4. O isolamento social contribui para a solidão? 

 

 

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