Estudo para EBD Betel Geisel. Tema: Espalhar ou ajuntar?

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Espalhar ou ajuntar

Mateus 12.30

INTRODUÇÃO

A blasfêmia dos fariseus contra Cristo, insuflada pela inveja e incredulidade de um grupo de religiosos, deu ocasião para nosso Senhor ensinar uma grande lição do Reino de Deus: A de que um reino dividido não subsiste (v. 25). Enquanto Jesus buscava ajuntar, recolher, socorrer as ovelhas perdidas de Israel, os seus algozes buscavam atrapalhar, dificultar o Seu trabalho por meio da perseguição, calúnia, mentira, murmuração e coisas semelhantes.

Qualquer que seja o trabalho ou projeto que buscarmos desenvolver na igreja local, haverá êxito, perdas, modificações deverão ser feitas etc., mas a pior das dificuldades enfrentada por um líder são os “colaboradores” insubmissos, que querem agir por conta própria, que em vez de ajudar dificultam ainda mais a realização do trabalho e o alcance dos objetivos.

PROPOSIÇÃO: Espalhar e ajuntar são ações antagônicas, mas ambas buscam nossa escolha.

I– “QUEM NÃO É POR MIM, É CONTRA MIM”.

Com Cristo não tem meio-termo, não há espaço para a neutralidade, ou somos Dele de corpo e alma, ou estamos contra Ele, de forma direta (incredulidade assumida) ou indireta (desobediência dissimulada). Estamos com Cristo quando nos for favorável e o deixamos quando vier a crise? (veja João 6.66-68) Ou o nosso compromisso com Ele independe das circunstâncias?

Os fariseus eram abertamente contrários a Jesus, assumiam uma postura claramente mercenária em relação ao estado espiritual da nação judaica (veja Mateus 23.13,14), pois a espiritualidade que ostentavam era hipócrita (Mateus 23.28). Nos dias atuais existem os modernos fariseus, que se mostram piedosos, consagrados, mas na verdade são inimigos de Cristo, “lobos vorazes” e devoradores (Ãt 20.29; Mt 7.15), e seus frutos comprovam isso: polêmicas (I Timóteo 1.3), divisões (I Timóteo 6.3,4), pervertem a fé de muitos (2Timóteo 2.18) porque “concebem” heresias duplamente destrutivas (2Pedro 2.1).

Ser a favor de Cristo é viver realmente debaixo do Seu senhorio, em total obediência à sua Palavra, mas com humildade e mansidão (veja João 14.23; Mateus 11.29). Ser por Jesus é o mesmo que manter uma vida de consagração verdadeira e submissa à orientação do Espírito Santo (Romanos 14.17), é um permanente compromisso de autonegação (Mateus 16.24), de andar após Ele etc…

II- “…E QUEM COMIGO NÃO AJUNTA, ESPALHA”.

Lamentando a incredulidade de Jerusalém Jesus Cristo declarou o seguinte: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te foram enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o quisestes!” (Mt 23.37). De que modo Jesus buscou reunir e ajuntar as ovelhas perdidas da casa de Israel? Pelo seu ensino e principalmente pelo sacrifício de si mesmo.

Quem sempre tem uma palavra reconciliadora, apaziguadora, de cautela, mansa e humilde, temperada com muito amor e paciência está ajuntando para Deus. Do mesmo modo, quem, em vez de murmurar (diante de uma situação de necessidade na igreja), intercede a Deus com sinceridade, confronta o erro com sabedoria (no tempo e com tempo), “põe a mão no arado” e realiza a obra de Deus, está ajuntando com Cristo.

O verbo ajuntar no grego (sunágo) traz a idéia de reunir, convidar ou receber como convidado, convocar, juntar. Se as nossas ações colaboram para conduzir – pela evangelização e ou bom testemunho – os perdidos a Deus, ou para o soerguimento espiritual dos nossos irmãos (discipulado, visita para encorajamento etc.), então estamos “arrebanhando com Cristo”.

O verbo espalhar (skorpizo) também pode ser traduzido por dispersar ou destruir (veja 2Coríntios 9.9). Uma maneira muito eficaz de produzir o caos na igreja e espalhar o povo de Deus tem lugar por meio da fofoca, do diz-que-diz, da divulgação de notícias não confirmadas e que se presta exclusivamente para denegrir a reputação das pessoas e de semear “…contendas entre irmãos” (Pv 6.16-19; ICo 5.11), da divisão movida pela insubmissão e egoísmo, da formação de “panelinhas” que só servem para corromper a comunhão coletiva etc..

III- CONSEQÜÊNCIAS DE SE ESPALHAR O QUE CRISTO ESTÁ AJUNTANDO

Uma das formas de “espalhar” as ovelhas do aprisco de Cristo ocorre pela murmuração. Murmurar é o mesmo que resmungar, reclamar, criticar, dizer qualquer coisa em tom de queixa, mas de forma reservada. Jesus sabe quando murmuramos (veja João 6.61; Números 11.1) e Ele condena tal prática. No ministério de Moisés, a murmuração foi punida por Deus de maneira severa e exemplar (Números 14.29-37; 16.31 -35), pois em última análise murmurar do homem de Deus é o mesmo que reclamar do próprio Deus (Êxodo 16.8).

Os dez espias de Moisés causaram um grande pandemônio no meio da multidão quando espalharam suas impressões a respeito do que viram na terra de Canaã (veja Números 13.28- 33). Normalmente, a murmuração encontra espaço na incredulidade; no desamor; no juízo temerário; na falta de oração, perdão, temor a Deus, de contentamento e gratidão; em uma visão distorcida, individualista, desalinhada com a liderança.

Jesus dá muita importância às palavras, por essa razão Ele declarou que o juízo dos pecados verbais será duríssimo (veja Mateus 12.36,37). Toda palavra “frívola”, ou seja, mentirosa, inconseqüente, irresponsável, leviana etc., será condenada na mesma proporção de outros pecados mais graves, por exemplo, o assassinato (Mateus 5.22,37; Tiago 3.6; Apocalipse 21.8).

No juízo das nossas obras (veja 2Coríntios 5.10), Deus irá julgar o que fizemos por meio do corpo, segundo o “bem” (ajuntar por motivos corretos) ou o “mal” (espalhar). Quem espalha está a serviço do diabo, ele fez isso no passado entre os anjos de Deus, e continua fazendo por meio de crentes desobedientes, impostores, hipócritas e que vivem permanentemente na carne (Gálatas 5.20).

CONCLUSÃO

Jesus declarou que “pelo fruto se conhece a árvore” (v. 33), do mesmo modo, nossas ações revelam se de fato estamos ajuntando com Cristo na Igreja, ou se estamos espalhando, dispersando do aprisco aquelas preciosas ovelhas que o Senhor resgatou do mundo e da perdição (veja Mateus 18.6).

Fonte: https://pastorjosiasmoura.com/

 

Para Mais informações acesse: http://setebras.hospedanet.org/

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