Estudo para EBD dia 02.11.2014 Tema: Viva a Liberdade em Cristo

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Viva a liberdade em Cristo  –   Gálatas 5:1-21

O conceito bíblico de liberdade espiritual possui três idéias básicas: o homem é escravo do pecado e totalmente impotente de libertar-se; a verdadeira liberdade se acha na vida com Deus e é oferecida ao homem, por meio da fé em Jesus; e, o homem livre demonstra a sua liberdade no serviço a Deus e ao próximo.

Lutero resume o conceito bíblico de liberdade: “O cristão é um senhor de tudo, perfeitamente livre, sujeito a ninguém. O cristão é um servo perfeitamente cumpridor dos seus deveres, sujeito a todos”.

Paulo inicia a terceira e última parte da carta aos Gálatas, apresentando conselhos práticos no intuito de não destruirmos a liberdade que temos em Jesus. Por isso ele declara: Para a liberdade foi que Cristo nos libertou (Gl 5.1). A idéia de libertação vem do mercado de escravos romanos. Após o fim de uma guerra, os cativos eram levados ao mercado, onde podiam ser examinados e comprados. Nós éramos escravos do pecado e Jesus foi ao mercado das trevas e nos comprou, promovendo a nossa redenção (1Pe 1.18,19).Esta redenção foi paga pelo sangue de Jesus (Ap 5.9), remissão total e permanente (Rm 3.24) e sem a possibilidade de devolução do escravo comprado (Gl 3.13; Jo 10.28-30).

1. Vençamos as Duas Ameaças à Liberdade

Paulo inicia a terceira e última parte da carta aos Gálatas, apresentando conselhos práticos no intuito de não destruirmos a liberdade que temos em Jesus.

Há dois perigos que ameaçam a liberdade do cristão: o legalismo e a licenciosidade. Por isso Paulo declara: Para a liberdade foi que Cristo nos libertou (Gl 5.1). Precisamos permanecer firmes nesta liberdade. Firmes na fé (1 Co16.13), firmes no Espírito (Fp 1.27), firmes no Senhor (Fp 4.1) e firmes na liberdade (Gl 5.1).

Mas, como permanecer? Paulo apresenta duas maneiras:

Não vos submetais a nenhum tipo de escravidão (Gl 5.1-12)

Permanecei, pois, firmes e não vos submetais, de novo, a jugo de escravidão (Gl 5.1). Cristo nos libertou da prisão da lei, para vivermos em liberdade. Quando cremos em Cristo, saímos do jugo de servidão do pecado e tomamos o jugo de Jesus, que é leve e suave (Mt 11.28-30). Se o cristão deixa a graça e se submete ao legalismo, perde quatro bênçãos: Cristo de nada vos aproveitará (Gl 5.2), está obrigado a cumprir toda a lei (Gl 5.3), de Cristo vos desligastes (Gl 5.4) e da graça decaístes (Gl 5.6).

Paulo declara que ele e os irmãos que não deram ouvidos ao ensino legalista dos judaizantes, têm o Espírito Santo como fonte de sua energia espiritual: Porque nós, pelo Espírito, aguardamos a esperança da justiça que provém da fé (Gl 5.5). É o Espírito que produz vida (Gl 4.29; Rm 8.3,4,10), esperança (Rm 8.16; Ef 1.13), que produz liberdade (Gl 4.29 e 5.1; 2Co 3.17). Ele conclui: Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé que atua pelo amor (Gl 5.5,6).

Antes de combater a licenciosidade, Paulo fala sobre os falsos mestres judaizantes: (1) Eles impedem os crentes de correr a carreira cristã (Gl 5.7). (2) O chamado deles para que os crentes aderissem ao legalismo não procedia de Deus (Gl 5.8 e 1.6). (3) Eles contaminavam a igreja com o pecado do falso ensino, tal qual o fermento leveda a massa (Gl 5.9 e 1Co 5.6). (4) Eles perturbavam a igreja e criavam confusão na cabeça dos crentes (Gl 5.10 e 1.7). (5) Eles sofrerão o juízo de Deus por perverterem o evangelho da graça e perseguirem os verdadeiros pastores (Gl 5.10).

Não useis da liberdade para pecar ou dar ocasião à carne (Gl 5.13-15)

Não devemos transformar a liberdade numa oportunidade para pecar (1Co 6.12). A nossa liberdade não é uma licença para pecar, mas uma oportunidade para servir. Por isso Paulo ordena: Sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor. Porque toda a lei se cumpre em um só preceito, a saber: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Gl 5.13,14). Salvos pela graça, devemos obedecer a lei de amar a Deus e ao próximo (Lv 19.18; Mt 22.39,40; Rm 13.8-10).

Quando não amamos uns aos outros, prevalecem as disputas e guerras pessoais. Paulo destaca: Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros, vede que não sejais mutuamente destruídos (Gl 5.15). John Stott resume o comentário deste trecho em três frases: “Liberdade cristã não é liberdade para satisfazer a carne; liberdade cristã não é liberdade para explorar meu próximo; liberdade cristão não é liberdade para ignorar a lei.

2. Vençamos Pelo Espírito Santo – Gl 5.16-26

Paulo inicia a segunda parte do capítulo cinco, revelando que o segredo para desfrutarmos a plenitude da liberdade é andarmos no Espírito Santo. O verso 16 nos ensina três verdades: (1) Todo crente tem o Espírito Santo, o qual foi recebido no ato da sua conversão – Gl 3.2,3 e 5; 2Co 1.21,22. (2) Todo crente é pecador e tem impulsos para pecar – Rm 7.19-23; 1 Jo 1.5-2.2. (3) O Espírito Santo capacita o crente a vencer a carne e as tentações – Ef 5.18-21; Gl 5.16-21.

A vitória do Espírito sobre a carne deve ser vista de três maneiras:

A realidade do conflito (Gl 5.17)

Este conflito é entre dois adversários: a carne (os desejos da natureza humana pecaminosa) e o Espírito (a nova natureza ou a graça da regeneração), ou seja, a carne é o que somos por nascimento natural, e o Espírito o que nos tornamos pelo nascimento espiritual.

As evidências do conflito (Gl 5.19-25)

Cada natureza em conflito se evidencia por um tipo de comportamento. O querer ou a vontade da carne (Gl 5.19-21). A lista tem quinze elementos que podem ser classificados em quatro áreas: (1) Vida sexual: prostituição, impureza e lascívia. (2) Religião: idolatria e feitiçarias. (3) Relacionamento humano: inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções e invejas. (4) Alimentação: bebedíces e glutonarias (farras ou orgias).

O querer ou a vontade do Espírito Santo (Gl 5.22,23). Algumas lições importantes: (1) O fruto do Espírito indica que ele é produzido de forma sobrenatural, que ele se desenvolve de forma contínua e que ele é produzido para ser consumido ou experimentado. (2) O fruto do Espírito é uma infrutescência, ou seja, um fruto composto como o abacaxi ou a jaca. (3) O fruto do Espírito é composto por nove partes: amor, alegria e paz (aspectos da vida cristã relacionados a Deus); longanimidade, benignidade e bondade (relacionados ao próximo); fidelidade, mansidão e domínio próprio (relacionados à própria pessoa).

Observamos que o resultado desse conflito é que cada adversário quer impor a sua vontade (Gl 5.17), gerando um desespero no coração do crente (Rm 7.18-24). A solução para o conflito não é humana, mas divina: o poder do Espírito Santo.

• Aprendemos que nascemos pelo Espírito, vivemos para andar no Espírito e seremos vitoriosos se formos guiados pelo Espírito.

A solução para o conflito

1) Ser guiados pelo Espírito (Gl 5.18).

Viver sob a lei ou tentar vencer o conflito espiritual através da obediência de mandamentos significa derrota, escravidão, frustração e culpa (Rm 7.24). O segredo da vitória é ser guiado pelo Espírito, como um filho se submete ao seu pai (Rm 8.14-17).

2) Crucificar a carne ou a velha natureza (Gl 5.24). Trata-se do ato contínuo e diário do crente de “tomar a cruz” (Mc 8.34) ou fazer morrer a sua velha natureza (Cl. 3.5). O crente deve ser impiedoso com os seus velhos hábitos ou com a sua velha natureza.

 

3) Andar no Espírito (Gl 5.25). Se a origem da nossa vida é o Espírito, devemos permitir que o Espírito conduza os nossos passos. Ser guiado pelo Espírito é uma submissão passiva. Andar no Espírito é uma decisão ativa e proposital. Precisamos tomar a atitude de andar com Deus (Rm 4.12). Paulo encerra o capítulo apresentando três exemplos práticos de andar no Espírito: Não nos deixemos possuir de vangloria, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros (Gl 5.26).

 

 

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