Estudo para EBD Igreja Betel Geisel. Tema: A parábola dos filhos perdidos

A parábola dos filhos perdidos

Lucas 15.11-32

INTRODUÇÃO

A parábola do filho pródigo é normalmente entendida como a história de um crente desviado que sofre muito antes de voltar para a igreja. No entanto, a presente parábola foi uma resposta de Cristo aos religiosos de sua época (fariseus e escribas – v. 2), que eram legalistas, preconceituosos e desprezavam as pessoas que não compartilhavam a mesma crença que eles. Entretanto, a parábola traz outras lições muito preciosas, que nos podem tomar mais humildes e inteiramente dependentes da graça de Deus (veja Romanos 1.16,17).

PROPOSIÇÃO: Somos salvos e vivemos para Deus inteiramente por Sua graça.

I- A QUEM O “FILHO MAIS NOVO” REPRESENTA?

No versículo 11, o filho mais moço pede ao pai sua parte na herança, e de acordo com a Lei, ele tinha direito a 1/3 de tudo e, o mais velho 2/3 (veja Deuteronômio 21.17). Entretanto, sua atitude precipitada revelou falta de consideração e ingratidão pelo pai, além de muita soberba, pois a partilha dos bens somente deveria ocorrer com a morte do chefe da família.

O filho mais novo, após receber o que lhe pertencia – demonstrou nitidamente que não tinha intenção de voltar (“…ajuntando tudo que era seu”; v. 13; grifo do autor) -, saiu da presença do pai – o pecado separa o homem de Deus – e esbanjou todos os seus bens, vivendo uma vida dissoluta (prostituição, vícios, idolatria etc.) e sem compromisso com os valores divinos. Quem se afasta de Deus se achega automaticamente ao diabo (o dono dos “porcos” – v. 15).

O filho mais moço é um símbolo dos crentes desviados, e também dos cristãos nominais. Está em vista indivíduos aparentemente cristãos, mas que assumem um comportamento mundano e tolerante com o pecado. Tomam relativo tudo que é moral e espiritualmente correto, mesmo freqüentando uma igreja. Assumem uma postura liberal e são fiéis a ela. Gostam da riqueza do pai e não do pai, ou seja, estão interessados no que Deus pode fazer por eles, mas desprezam completamente o que Ele deseja deles (veja Mateus 13.10-15).

Esse “filho” está perdido e sabe disso (v. 17-19), mas pode mudar esse terrível estado, desde que: 1. reconheça que é um pecador (veja Romanos 3.23 – “caia em si” – v. 17); 2. tome a decisão de voltar para o Pai, em atitude de total arrependimento (Atos 3.19- “Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e lhe direi: Pai, pequei… v. 18; grifos do autor); 3. receba de graça o perdão incondicional do Pai (v. 22-24).

II– A QUEM O “FILHO MAIS VELHO” REPRESENTA?

A presente parábola tem no filho mais velho o seu foco. Jesus quis confrontar os fariseus e escribas no seu comportamento moralista e legalista. Pois eles se consideravam melhores que os demais mortais. Viviam em seu próprio mundo, fora da “casa”, preocupados com questões de somenos (v. 25; Mateus 23.24). O filho mais velho é símbolo do crente que acredita que é aceito por Deus por que “obedecer a risca” as normas da igreja, e que, portanto, é digno das bênçãos de Deus e da salvação Devemos notar que o filho mais velho disse o seguinte para o pai: “Há tantos anos que te sirvo sem jamais transgredir uma ordem tua” (v. 29); está em vista a justiça própria (Filipenses 3:9).

Em outras palavras, o filho mais velho não sabe que está alienado, longe do Pai, e “doente” como o irmão caçula. Na verdade, ele deseja obrigar o pai a aceitá-lo porque é “bonzinho”, não faz nada errado e porque está há muito tempo na igreja (veja Mateus 20.10-16). Ele acredita que se fizer tudo certo será aceito e, que a sua obediência o salvará. Falta humildade para reconhecer que tudo vem de Deus (Filipenses 2.13), e que é a Sua graça que nos capacita a obedecê-lo. Toda igreja tem “irmãos mais velhos”.

Indiretamente, o filho mais velho quer controlar as riquezas do pai, e não concorda com as ações dele. Fica inconformado quando as suas orações não são atendidas, porque de alguma forma está certo que merece a bênção (serve ao pai por interesse – v. 29). Não tem amor pelo perdido (v. 28 – “ele se indignou”), na verdade, ele deseja que o “irmão mais novo” seja condenado e vá arder no inferno. Tem dificuldade em perdoar (vê o novo convertido com suspeita), porque no fundo acredita que não seria capaz de fazer o mesmo.

III– O PAI AMA E BUSCA SALVAR TANTO UM QUANTO O OUTRO.

Devemos notar que os dois eram filhos do mesmo pai. Só que um era declaradamente rebelde, mau, perdido (v. 18), enquanto que o outro, acreditava ser melhor, bom, sem defeito, especial (v. 29). Mas, na verdade, os dois estavam perdidos e precisavam ser salvos pelo amor do Pai.

O pai quer trazer para a “festa” os dois filhos. Jesus afirmou que o pai tomou a iniciativa de ir ao encontro dos dois filhos. Sobre o caçula lemos: “…quando seu pai o avistou, e, compadecido dele, correndo, o abraçou, e beijou” (v. 20). E sobre o primogênito, lemos: “…saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo” (v. 28). Está em destaque aqui a procura incessante e graciosa de Deus por aqueles que não O buscam (veja Lucas 19.10).

Paulo escreveu aos crentes de Éfeso que a salvação é um milagre de Deus, que independe do esforço humano. É na verdade um presente muito caro que Deus nos oferece, dá, presenteia em Cristo Jesus (2.8,9). Portanto, a “autojustiça” é um embuste (veja Isaías 64.6), mesmo que ela esteja travestida de religiosidade. A bem da verdade “…a justiça de Deus se revela no evangelho” (Rm. 1.17), na retidão de Cristo, e ela nos é imputada pela fé em Jesus.

CONCLUSÃO

O alvo principal da presente parábola são os fariseus e escribas (o “filho mais velho” – v. 25), mas no aspecto prático, Jesus quer alcançar os crentes mais antigos, que já se esqueceram do “primeiro amor” (Ap 2.4), que buscam reformar-se moralmente em vez de permitir que o poder do evangelho – aplicado pelo Espírito Santo – os renove e santifique (veja 2Coríntios 3.18). Jesus quer que os crentes mais velhos sejam humildes, que não vejam os perdidos “de cima para baixo”, e que sirvam a Deus no poder do evangelho e não como religiosos.

Fonte: https://pastorjosiasmoura.com/

Para Mais informações acesse: http://setebras.hospedanet.org/

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