Estudo para EBD. Tema: Falando a mesma língua

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Falando a mesma língua

Juízes 12.1-6

INTRODUÇÃO

O livro de Juízes provavelmente foi escrito pelo profeta Samuel, e o seu conteúdo descreve a história de 12 homens que Deus levantou no período de cerca de 200 anos, que vai da morte de Josué até o nascimento de Samuel, para livrar a nação israelita de seus algozes. O primeiro deles foi Otniel, irmão de Calebe (3.9), e o último foi Sansão (13-16). O oitavo juiz foi Jefté, que julgou Israel por seis anos (12.7). A proeza de Jefté se deu pelo fato dele ter liderado a vitoriosa guerra contra os filhos de Amom. Mas, este importante feito, suscitou ciúmes dos efraimitas. O incidente provocou uma guerra civil, com a perda de milhares de vidas. Tudo isso é prova de que a falta de comunicação e humildade dá lugar ao caos e a muita dor. Vamos analisar um curioso detalhe que envolveu a peleja de Jefté contra os efraimitas.

PROPOSIÇÃO: A boa comunicação permite ser entendido e otimiza a realização da obra de Deus e a solução de conflitos humanos.

I- O CIÚME INJUSTIFICADO DOS EFRAIMITAS.

A tribo de Efraim descendia do patriarca José e situava-se no lado oeste do rio Jordão, e a região de Gileade ficava no lado oposto (leste), onde o conflito com os amonitas ocorreu. Ao que tudo indica, Efraim se considerava uma tribo líder, soberanamente acima das demais. O convite para peleja foi feito (v. 2), mas provavelmente foi recebido com desdém (desprezo orgulhoso) por parte daqueles que consideravam Jefté um bandido e usurpador (11.3).

Anos antes desse incidente, os efraimitas tiveram semelhante contenda com a tribo de Manassés, que na ocasião era liderada por Gideão (8.1-3). Mas neste caso, Gideão usou de diplomacia e muita humildade para acalmar os ânimos e evitar muito derramamento de sangue.

As observações inapropriadas e injuriosas dos efraimitas apontam para uma arrogância desmedida, pois, sequer eles levaram em conta a vitória (penosa, difícil, “pus a minha alma na minha mão” – v. 3; ARC) que o Senhor tinha dado sobre um inimigo comum. Tal atitude se justifica, entre outras coisas, pelo despeito e interesses nos despojos.

Esse episódio ilustra a realidade de que há entre nós pessoas que falam muito e fazem pouco ou nada (por exemplo: o mau filho de Mateus 21.28), e criticam o que já foi feito pelos outros. Além disso, os efraimitas modernos, são aqueles crentes invejosos, perdedores, insubmissos aos pastores, que murmuram quando um fiel é abençoado por Deus, que não perdoam, mas vivem sempre desenterrando defuntos (trazem de volta coisas já tratadas).

O ciúme é uma obra carnal que ao pé da letra significa: “receio de perder o que lhe pertence”, e se presta apenas para espalhar o caos entre os irmãos. Na verdade o ciúme é uma desobediência descarada ao mandamento de Deus de amarmos uns aos outros como a nós mesmos, além disso, Paulo alertou que se dermos expansão a esse sentimento ruim poderemos nos autodestruir, veja: “Se vós, porém, vos mordeis e devorais uns aos outros vede que não sejais mutuamente destruídos” (G15.15).

Os efraimitas acusaram os gileaditas de serem dissidentes ou fugitivos renegados da tribo de Efraim (veja Josué 16.1-4), e isto foi a gota d’água para explodir o conflito. Jefté (do hebraico “Deus abre”) era homem de poucas palavras, e ao que tudo indica não gostava de brincadeiras, muito diferente do bem-humorado Gideão. Aconteceu, pois, o que está previsto em Provérbios 15.1: “A resposta branda desvia o furor, mas a palavra dura suscita a ira”; e a indignação e a fúria correram solto por meio da guerra.

A vitória de Jefté sobre seus arrogantes patrícios foi esmagadora, e sobre os efraimitas fugitivos foi imposto um teste simples, mas avassalador. Veja o versículo 6 que relata como o drama se desenrolou: “…então, lhe tomavam: Dize, pois, chibolete; quando dizia sibolete, não podendo exprimir bem a palavra, então, pegavam dele e o matavam nos vaus do Jordão. E caíram de Efraim, naquele tempo, quarenta e dois mil”.

III- CHIBOLETE A SENHA SALVADORA!

Os gileaditas, improvisaram uma espécie de posto fiscal, em um lugar estratégico (“vaus do Jordão” – v. 5. Apalavra “vaus” significa: lugar raso, onde se pode atravessar sem nadar), para identificar e matar os efraimitas que confessassem ou fossem traídos pelo sotaque, pois eles tinham dificuldades para pronunciar o sh hebraico (w-shin). Chibolete significa rio ou enchente, também espiga. A diferença de sotaque dentro de uma mesma nação é algo natural, por exemplo, no Brasil é fácil perceber quando alguém é do sul ou do nordeste brasileiro.

A palavra chibolete não era importante, mas apenas a sua pronúncia, e ela simboliza a palavra do líder de Deus, da direção certa. Para que haja vitória, crescimento no Reino de Deus, todos devem falar a mesma língua, a mesma coisa (veja ICoríntios 1.10), ter o mesmo parecer (2Coríntios 13.11) etc.

Já a palavra sibolete representa a linguagem da contradição, da desobediência, dos murmúrios, do diabo e da derrota. Jefté era o novo líder (juiz) eleito, escolhido por Deus e não pelos homens, e deveria ser obedecido. Deus fala com o líder (veja Apocalipse 2.1a), lhe dá a visão ou direção de seus planos e propósitos, e ele transmite ao povo. Resistir ao líder fiel é derrota na certa (Hebreus 13.17).

CONCLUSÃO

O murmurador, o fofoqueiro, o semeador de contendas tem vida curta em todos os sentidos (na sociedade, no trabalho, no ministério, na família etc.), pois Deus abomina tal atividade (veja Provérbios 6.12-19). Muita tristeza e prejuízo podem advir ao Reino de Deus caso não haja concordância entre os irmãos em dizer a mesma coisa. Não devemos seguir o mau exemplo dos efraimitas, pois, se exaltaram e foram humilhados; antes que a nossa linguagem seja sempre a de chibolete, mesmo que não entendamos de imediato o que foi determinado pelo líder (não julgar pela aparência); deixemos a divisão e busquemos a concordância.

Fonte: https://pastorjosiasmoura.com/

Para Mais informações acesse: http://setebras.hospedanet.org/

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