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ToggleO poder e o valor do pacto
Esdras 10.1-5
INTRODUÇÃO
O dicionário define pacto nos seguintes termos: “Acordo formal que estabelecem entre si duas ou mais partes; trato; tratado”. Por toda a Bíblia, encontramos diversas ocasiões em que Deus toma a iniciativa de pactuar com os homens (veja Gênesis 15.18-21), e há também casos de homens que procuram a Deus para firmar um solene pacto com Ele (2Crônicas 29.10), como o fato descrito pelo sacerdote Esdras. Deus é uma pessoa de caráter e a Sua Palavra é absolutamente confiável (Isaías 55.10,11). Jesus Cristo afirmou em certa ocasião que quando uma pessoa tem palavra, não precisa fazer juramento, o que falar deve ser o suficiente (Mateus 5:37). Mas em alguns casos, é necessário fazer um acordo, uma aliança para que as partes se sintam seguras (Mateus 5.25).
PROPOSIÇÃO: A sinceridade religiosa é aquela que produz verdadeiro compromisso com Deus.
I- QUANDO SE FAZ NECESSÁRIO RENOVAR O COMPROMISSO COM DEUS?
Na oração de confissão do sacerdote Esdras (veja Esdras 9), em nome do povo, ele reconhece e declara que todos haviam desprezado, abandonado, trocado as leis de Deus pela cultura ou pelos costumes pagãos da terra em que se apossaram, contrariando desse modo às expressas ordens que o Senhor lhes tinha dado (Esdras 9.10-14). Em decorrência desse fato, eles foram inspirados a fazer um solene pacto coletivo de obediência à Lei (Esdras 10.3).
Renovamos o nosso compromisso com Deus quando: 1) Admitimos nossa crise espiritual e ou o distanciamento de Deus, pela nossa teimosia em pecar. 2) Percebemos que a nossa religiosidade é interesseira, ou seja, as coisas ou as bênçãos são mais importantes do que o próprio Deus (veja João 6.26). 3) Reconhecemos que cultuamos a Deus mecanicamente e que já não sentimos mais compaixão pelos perdidos (Apocalipse 2.4). 4) Atendemos ao Seu chamado e, sobretudo, às Suas admoestações demonstrando verdadeiro arrependimento (Apocalipse 2.5).
Outro exemplo de alguém que reconheceu que era hora de tomar uma decisão responsável diante de Deus, para que o Seu favor fosse restaurado sobre a nação foi o rei Ezequias: “Agora, estou resolvido a fazer aliança com o Senhor, Deus de Israel, para que se desvie de nós o ardor da sua ira” (2Cr 29.10). A confissão de pecados (v. 6) e uma rededicação de vida são elementos imprescindíveis para o reavivamento espiritual (veja Tiago 5.16).
II- O PODER DO PACTO COM DEUS.
No hebraico, a palavra pacto (berít) também traduzida por concerto traz a idéia de “acorrentar”. De certa forma, um pacto feito com Deus é semelhante a um voto incondicional, e também equivale a uma promessa solene (v. 19), um juramento (v. 5), uma aliança fiel (veja Neemias 9.38) de que o que foi acordado será plenamente cumprido, demonstrando com isso verdadeira devoção espiritual (Deuteronômio 6.4-9).
Há uma crise de integridade em nossos dias (veja Mateus-24.12), pois ser “convertido” a Cristo não é mais sinônimo de credibilidade e honestidade (Mateus 5.13,14). Essa crise também tem alcançado a família e muitos cônjuges se esqueceram dos votos (aliança) que fizeram um ao outro no altar de Deus, isso porque assumem uma postura carnal e inconseqüente optando pelo divórcio como saída para os problemas conjugais.
O voto incondicional ou promessa solene era muito comum na antiga aliança (veja Gênesis 28.20), e na era da Igreja também (Atos 18.18), entretanto, o salmista Davi exorta em muitos dos seus salmos a: “Oferece a Deus sacrifício de ações de graças, e cumpre os teus votos para com o Altíssimo” (SI 50.14). Salomão afirma em Eclesiastes que quem não cumpre um voto feito a Deus é considerado um tolo, ou seja, pessoa ingênua ou pouco inteligente.
Há casos em que somente uma tomada de posição radical poderá mudar a situação, e é aqui que entra o pacto ou aliança com Deus. Jacó estava fugindo de seu irmão Esaú, e com medo de tudo fez um voto a Deus (veja Gênesis 28.20), que mais tarde foi lembrado pelo próprio Deus (Gênesis 31.13).
III- O RESULTADO DE UM PACTO SINCERO COM DEUS.
Deus é tolerante, misericordioso muito além do que merecemos (v. 13) e sempre espera uma resposta positiva de Seus filhos diante das suas admoestações, sejam elas pessoais (pelo Espírito no coração) ou coletivas (pela Bíblia). Deus quer nos abençoar, mas em algumas situações ou casos será necessário de nós mais do que uma simples oração (por exemplo: jejum, determinação em obedecer etc.).
A geração do tempo de Esdras e Neemias foi completamente restaurada porque houve sinceridade, vontade verdadeira de cumprir a Palavra revelada de Deus (a Lei). Nos dias atuais, como podemos manifestar o desejo sincero de cumprir os propósitos de Deus para Sua Igreja? Não é combinando nossa palavra e atitude concreta de obediência? Estamos dispostos a “assinar” um pacto espiritual de obediência com Deus? Em caso positivo, devemos nos preparar para as bênçãos abundantes do Senhor sobre nós e nossos filhos (veja Deuteronômio 28.1-14).
A bênção de Deus decorrente da aliança encabeçada por Esdras permitiu a reconstrução da cidade, dos muros e também do Templo de Jerusalém. Mais tarde, Neemias precisou renovar o pacto com Deus (veja Neemias 9.38), acrescentando a ele novos elementos que caracterizaram o compromisso de todos na obediência irrestrita aos mandamentos de Deus (Neemias 10.28-39; cf ainda 2 Reis 23.1-3).
CONCLUSÃO
Quando nos conformamos com o caráter de Cristo, nossas palavras e, sobretudo, nossas ações são calibradas pela verdade, retidão e transparência (lisura).
As Escrituras nos revelam que Deus está disposto a nos abençoar sempre, mas isto depende da nossa firmeza de propósito em cumprir a Sua vontade como prioridade, como uma regra inviolável (veja Isaías 1.19).
Fonte: https://pastorjosiasmoura.com/
Para Mais informações acesse: http://setebras.hospedanet.org/
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