Estudo para o encontro de homens, mulheres e jovens. Tema: SOLA SCRIPTURA

SOLA SCRIPTURA

2 Timóteo 3:!6: “Toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça”.

A Reforma Protestante foi um movimento que procurou voltar às bases do ensinamento da Bíblia, tirando as tradições erradas que tinham surgido ao longo dos séculos. Nas próximas semanas estudaremos os sobre cinco princípios fundamentais que nortearam a reforma: Sola scriptura (somente a Escritura), Sola fide (somente a fé), Solus Christus (somente Cristo), Sola gratia (somente a graça), Soli Deo gloria (glória somente a Deus)

O brado da Reforma Protestante ecoou de dentro da Escritura. A Reforma não foi a abertura de um novo caminho religioso, mas uma volta às antigas veredas. Não foi uma nova forma de ver a revelação divina, mas uma volta às Escrituras do Antigo e do Novo Testamento. Não foi a adoção de novas doutrinas, mas uma volta à doutrina dos apóstolos. O resgate da autoridade e da centralidade das Escrituras foi o pilar principal da Reforma. Destacaremos aqui quatro pontos importantes:

Em primeiro lugar, a Escritura é a única fonte que nos mostra o que devemos crerA Bíblia é a nossa única regra de fé. A tradição não está em pé de igualdade com a Bíblia. Os dogmas e decisões dos concílios eclesiásticos precisam estar debaixo da autoridade da Bíblia. A igreja está sob a autoridade da Bíblia. Nenhum igreja ou concílio pode determinar o que devemos crer. O conteúdo de nossa fé vem da Palavra de Deus e dela somente. Nossa base doutrinária procede não da interpretação pessoal deste ou daquele teólogo, mas da Escritura. A Bíblia e só ela é a palavra de Deus infalível, inerrante e suficiente. Não aceitamos nenhuma revelação forânea às Escrituras. Não temos novas revelações. Mesmo que um anjo descesse do céu, para pregar outro evangelho, deveria ser rejeitado como anátema. A palavra de Deus jamais caduca nem fica obsoleta.

Em segundo lugar, a Escritura é a única autoridade que nos ensina o que devemos fazer. A Bíblia é a nossa única regra de prática. Nossa fé determina nossas ações. O que cremos pavimenta o caminho do que fazemos. A teologia é mãe da ética. O credo desemboca na conduta. Assim como um homem crê, assim ele é. Nossas experiências não suplantam a verdade revelada. A Bíblia regula e julga nossas experiências em vez de nossas experiências relativizarem a Bíblia. Não é o que eu sinto que é a norma do meu viver, mas o que Deus diz em sua palavra. Não é que a igreja diz em suas encíclicas ou dogmas que constitui o fundamento de nossas ações, mas o que está registrado na palavra de Deus. A verdade de Deus não é apenas um preceito a ser crido, mas também e, sobretudo, uma norma a ser praticada.

Em terceiro lugar, a Escritura é a única revelação divina que nos aponta para Jesus, o nosso Salvador. Tanto o Antigo como o Novo Testamento enfatizam a pessoa e a obra de Jesus Cristo. O Antigo Testamento mostra Deus separando um povo para si e por meio dele, preparando o mundo para a chegada do Messias. O Novo Testamento mostra como esse Messias veio e o que ele fez para salvar o seu povo. O Antigo Testamento mostra o Cristo da profecia; o Novo Testamento revela o Cristo da história. Patriarcas, profetas, reis e sacerdotes foram um tipo de Cristo. O tabernáculo, o templo, os rituais e as festas judaicas apontavam para Jesus. Tudo era sombra da realidade que se cumpriu em Jesus. Ele é o eixo das Escrituras, o centro da história, o Salvador do mundo. As Escrituras testificam de Jesus e apontam-no como o único nome dado entre os homens pelo qual importa que sejamos salvos.

Em quarto lugar, a Escritura é o único conteúdo da pregação da igreja. Não pregamos ao mundo palavras de homens, mas a palavra de Deus. Ela é inspirada, viva, eficaz e penetrante. Ela é inerrante em seu conteúdo, infalível em seu propósito e suficiente em sua mensagem. Não podemos tirar nada dela nem a ela acrescentar coisa alguma. Precisamos pregar toda a Bíblia e só a Bíblia. Não criamos a mensagem, apenas a transmitimos. A palavra é o conteúdo da nossa pregação. Ela é o trigo nutritivo da verdade. Ela é mais preciosa do que o ouro e mais doce do que o mel. É remédio para o enfermo, alimento para o faminto, água para o sedento e luz para o errante. Ela é a espada de dois gumes. Por ela avançamos contra as forças do mal e por ela nos defendemos dos ataques do inimigo. Sua mensagem é penetrante e sempre oportuna. A Escritura não pode falhar. Os céus bem como a terra passarão, mas a palavra de Deus jamais vai passar. Ela é eterna. Ela nos basta. Permanece o lema da Reforma: Sola Scriptura!

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