ESTUDO PARA ENCONTRO DE HOMENS, MULHERES E JOVENS. Tema: A Verdadeira Sabedoria.

A verdadeira Sabedoria

1 Coríntios 2.6-9

 

INTRODUÇÃO

Paulo afirmou em Filipenses 3.8 que o conhecimento de Cristo supera em glória, profundidade, relevância, abrangência a qualquer espécie de conhecimento que o homem tenha concebido ou que ainda possa conceber. A verdadeira sabedoria é aquela que vem de Deus e, além disso, a própria vida (abundante – veja João 10.10) somente tem início a partir do momento em que Jesus Cristo passa a viver em nós pelo seu Espírito. Com Ele e por meio Dele, encontramos a razão de todas as coisas – “o que somos, de onde viemos e para onde vamos”.

Além do acesso ao mais valioso conhecimento que há no universo, Deus nos dá em Cristo, um legado, uma herança que somente será percebida em sua totalidade quando estivermos no céu. E possível fazermos uma pálida idéia das bênçãos do porvir, que nos aguardam após a ressurreição gloriosa, baseados no que o apóstolo Paulo relata em 2Coríntios 12.1-6.

PROPOSIÇÃO: A sabedoria de Deus aperfeiçoa-se em nós por meio da maturidade espiritual.

 

I      – EM CRISTO, NÓS TEMOS ACESSO AOS SEGREDOS DO MUNDO ESPIRITUAL.

       Segundo o apóstolo Paulo, há no mundo dois tipos de sabedoria: “…a sabedoria deste século” (v. 6) ou do homem natural, que só serve para as coisas do mundo e, a “…sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta” (v. 7). Esta segunda nos foi concedida em Cristo por meio da Redenção, esteve “escondida” nas profecias e figuras do AT, mas hoje nos é plenamente revelada pelo Espírito Santo que em nós habita (v. 10), e tem aplicação para a presente vida e também para a eternidade.

-A partir do capítulo 13 de Mateus, Jesus Cristo passa a usar uma nova maneira de ensinar, ou seja, por meio de parábolas. Seus discípulos estranharam a mudança, ao que Jesus respondeu: “Á vocês foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos céus, mas a eles não” (v. 11; NVI). O termo musterion, no grego, revela algo de oculto, escondido, um segredo que não pode ser compreendido facilmente, mas, apenas e tão-somente mediante a revelação do Espírito (veja Jeremias 33.3).

       Por meio da fé, da maturidade (ou sensibilidade) espiritual e de absoluta submissão ao Espírito Santo (veja 2Coríntios 3.18) o crente pode crescer “…na graça e no conhecimento” dos segredos espirituais de Deus em Cristo (2Pe 3.18). Paulo relata no versículo 6 que essa maravilhosa sabedoria de Deus é comunicada entre os “experimentados” ou “perfeitos” (ARC), “os que já têm maturidade” (NVI), que já “comem alimento sólido” (3.2) e discernem bem todas as coisas (v. 15).

 

II     – A INTELIGÊNCIA HUMANA É INCAPAZ DE PERCEBER A REALIDADE ESPIRITUAL.

       O homem está acostumado a agir sempre na esfera dos sentidos e da razão, mas há uma realidade espiritual, de Deus, com leis próprias, que não pode ser percebida por recursos puramente humanos (inteligência, computadores, tecnologia etc.). Na verdade, a Bíblia afirma que temos muita facilidade para nos apegar àquilo que é aparente: “Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno” (2Co 4.18 – NVI; veja ainda: Hb 11.1-3).

       No versículo 9, Paulo faz menção às formas naturais de se obter conhecimento, que são: O perceptivo, que está relacionado com a capacidade de formar idéias ou compreender
algo por meio dos sentidos (“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram” – v. 9; grifos do autor); e o conceituai (“nem jamais penetrou em coração humano” – v. 9; grifo do autor) ligado ao intelecto, ou à capacidade humana de conhecer algo pelo pensamento, de formar opinião, avaliar, ajuizar por meio da razão.

       De modo resumido, entendemos que o saber humano é limitado e circunstancial. É a forma natural de lidar com os problemas terrenos, por exemplo, a criação de uma vacina contra um tipo de doença. Entretanto, o homem na plenitude de sua inteligência é incapaz de compreender as coisas maravilhosas que Deus tem prontas para os crentes dedicados, que realmente O amam.

       Há um texto em Isaías que provavelmente tem relação com o versículo 9 do estudo em foco, que diz o seguinte: “Desde os tempos antigos ninguém ouviu, nenhum ouvido percebeu, e olho nenhum viu outro Deus, além de ti, que trabalha para aqueles que nele esperam” (64.4; NVI).

       Comparando lCoríntios 2.9 com Isaías 64.4, chegamos à conclusão que o homem incrédulo ou não regenerado ignora as maravilhosas bênçãos que Deus disponibiliza à humanidade por meio de Jesus Cristo. Isso somente é possível mediante a iluminação produzida pelo Espírito de Deus, e somente quando o pecador abre o coração e crê, no exato momento da evangelização {veja João 16.8-11).

 

III     – DEUS TEM PREPARADO GRANDES COISAS PARA AQUELES QUE O AMAM.

       A riqueza da nossa herança em Cristo inclui toda sorte de bênçãos (paz, saúde, prosperidade material, dons e oportunidades etc.) além da salvação da alma (veja Efésios 1.3). Entre essas glórias (veja v. 7) destacamos: o desenvolvimento da nossa “salvação” (Fp 2.12), ou seja, crescimento em Cristo, estatura de varão perfeito, semelhança moral com Jesus (2Coríntios 3.18; Efésios 4.13); intimidade aprofundada com Deus; acesso a segredos espirituais (Mateus 13.11); e na eternidade seremos colunas permanentes no santuário de Deus (Apocalipse 3.12) etc.

       Observe que a promessa das “grandes coisas” está preparada apenas para os que amam a Deus. Como podemos provar nosso amor ao Pai? Jesus responde a essa importante pergunta nos seguintes termos: “(…) Se alguém me ama, obedecerá à minha palavra” (Jo 14.23; NVI; grifos do autor). Além de encarnarmos a vontade de Deus pela obediência à sua Palavra, também amamos a Deus, amando ao nosso semelhante (veja lJoão 4.7-12), e fazemos isso por meio de atitudes concretas como: perdão, socorro, boas obras, intercessão fervorosa etc. (Mateus 25.35-46).

CONCLUSÃO

A sabedoria de Deus nos é acessível graças à obra salvadora de Cristo no Calvário. Crescemos na conquista de mais entendimento da vontade de Deus, ou das Escrituras Sagradas, à medida que nos submetemos alegre e humildemente ao Espírito de Deus (veja Efésios 5.18). Um crente neófito não poderá desfrutar uma intimidade mais profunda com o Pai enquanto permanecer nessa condição (Hebreus 5.11-14). Crescemos em maturidade espiritual quando nos entregamos a Cristo sem reservas, e permanentemente colocamos à morte a nossa velha e vil natureza (Colossenses 3.5; Tiago 1.21).

 

Fonte: https://josiasmoura.wordpress.com/

 

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