Estudo para o encontro de homens, mulheres e jovens. Tema: Superando limites

Superando limites

Lucas 19.1-10

INTRODUÇÃO

Em ICoríntios 10.13, Paulo afirma que Deus não permitirá tentação que seja maior do que podemos suportar, e isso é prova suficiente de que Deus conhece nossa fraqueza e limitação. Mas, afinal, qual é o nosso limite? Como podemos saber que estamos no ponto máximo de resistência ou de tolerância? Existem limitações comuns a todos os homens (por exemplo: Pedro anda sobre as águas; veja Mateus 14.29), e outras mais particulares (por exemplo: falar inglês).

A experiência de Zaqueu, o publicano, é uma prova incontestável de que se estivermos realmente interessados nas coisas de Deus, sempre haverá obstáculos a serem vencidos e que, se somarmos a persistência com a fé, o Senhor irá nos mostrar alternativas, estratégias para conseguirmos alcançar a vitória ou o alvo proposto. O episódio ainda destaca a verdade de que, se chegarmos ao fim das nossas possibilidades, é hora de buscarmos em Deus.

PROPOSIÇÃO: A superação de nossos limites está em e por meio da graça de Deus.

 

I – “ZAQUEU… PROCURAVA VER QUEM ERA JESUS, MAS NÃO PODIA…”

       Quem foi Zaqueu? Seu nome significa “puro”, “justo” ou “reto”; era judeu (v. 9), chefe dos publicanos, muito rico, também era profundamente desprezado por conta da sua função pública (cobrava impostos a favor de Roma, além de extorquir em nome do Estado).

       A curiosidade de Zaqueu em ver Jesus revela o esforço puramente humano, supersticioso e limitado do homem pelas coisas de Deus. Se Deus não for em busca do homem – como Jesus que decidiu jantar na casa de Zaqueu – é impossível a sua salvação.

       Na verdade, aquela foi uma oportunidade única de Zaqueu ver ou estar com Jesus, pois o Mestre estava indo para Jerusalém em direção ao seu próprio martírio, e, por conseguinte do seu “limite”. Nunca mais Jesus passaria por aquele lugar. Existem oportunidades na vida que são extraordinárias, se perdidas, jamais voltarão. Receber Jesus Cristo como Senhor e Salvador é ocasião que não deve ser adiada sob hipótese alguma (veja Hebreus 3.7,8).

       No versículo 3, está escrito que Zaqueu não podia ver Jesus por dois motivos: a multidão e a sua baixa estatura. Mas todos nós somos incompletos e imperfeitos como Zaqueu! Por exemplo, uns falam muito e, pouco, ouvem; outros são precipitados ou impacientes, insensíveis, descuidados, insensatos etc.

       Quando Pedro foi convidado a ir ter com Jesus andando por sobre a água, o “barco” foi o seu limite, que só seria vencido pela fé, coragem e na hora de Cristo (veja Mateus 14.29). O primeiro sentimento que nos assalta quando estamos no limite é o desespero, a ansiedade, o medo e o desejo de desistir.

 

II – “ENTÃO, CORRENDO ADIANTE, SUBIU EM UM SICÔMORO A FIM DE VÊ-LO…”

       Zaqueu não abriu mão de sua oportunidade. Valia qualquer sacrifício para ver o Mestre. Nesse ato, Zaqueu revela uma fé viva, ativa, operante. A mulher do fluxo sangüíneo também não desistiu diante das barreiras impostas pela Lei, preconceito social, fraqueza corporal, multidão; ela acreditou numa alternativa: tocar o Mestre às escondidas (veja Marcos 5.27), e funcionou.

       Lucas relata que Zaqueu se antecipou – foi à frente da multidão – e
“correndo” subiu em uma árvore; isto nos ensina que quem quer vir a Cristo deve se apressar, sem se importar com a opinião dos outros e em alguns casos estar disposto a se tomar ridículo por amor de Cristo (imagine um grande administrador ou banqueiro pendurado numa árvore?). “Um sicômoro”, que é uma árvore comum, de beira de estrada, foi o apoio de Zaqueu; como foi a voz para o cego Bartimeu (18.38), a humildade da mulher Cananéia (Marcos 7.28), a gratidão do samaritano curado de lepra (que além de curado foi salvo; veja Lucas 17.17-19) etc.

       Superamos limites quando surgem as crises ou desafios (no ministério, no casamento, na saúde etc.), e é precisamente nesses momentos que obtemos experiências inéditas e ficamos acima da média (ou da mediocridade). O carro Fusca, por exemplo, foi inventado porque não havia veículos que suportassem o deserto sem refrigeração a água.

 

III- “ENTÃO, JESUS LHE DISSE: HOJE HOUVE SALVAÇÃO NESTA CASA…”

       Zaqueu e sua família foram salvos, mas só depois que ele rompeu com o pecado, e buscou reparar erros do passado. Seu limite era mais fundo, e jamais o teria ultrapassado sem Jesus. Zaqueu reconheceu diante de Deus que roubava o povo, foi corajoso e honesto quando admitiu o seu pecado. A palavra “defraudar” no grego é sykofantéo, e no caso em estudo, o termo traz o sentido de acusar falsamente com o fim de extorquir, chantagear por meio da intimidação.

       Abarreira foi vencida quando Zaqueu rejeitou o orgulho e disse: “resolvo dar (…) metade dos meus bens” e “restituo quatro vezes mais” (v. 8). Sua atitude ia além do que exigia a lei (veja Êxodo 22.1).

       Todo mundo precisa de estímulo, encorajamento para vencer os limites. Como exemplos podemos citar: Josué diante do anjo do Senhor (vejaJosué 5.14), Elias na caverna do “medo” (IReis 19.13), Gideão contra os filisteus (Josué 6.14) etc.

 

CONCLUSÃO

 

Os desafios estão sempre à nossa volta, Zaqueu venceu o dele, pois além de ter tido o privilégio de ver o Mestre, ainda foi perdoado e salvo. Deus sempre recompensa qualquer esforço sincero em busca da verdade, da paz, do perdão e da salvação. Subamos, pois, hoje, na “árvore” da sinceridade e do reconhecimento da nossa dependência de Deus, para que Ele, por sua graça e poder, nos ajude a superar os nossos limites (veja Juizes 6.14).

 

Perguntas para reflexão:

Quais são hoje os seus maiores desafios?

 

O que você tem feito para vencer estes desafios?

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