Estudo para o Encontro dos Departamentos. Tema: Os Casos Perdidos

Os Casos Perdidos

Lucas 8.26-39

INTRODUÇÃO

Nas interferências de curas e libertações operadas pelo Senhor Jesus a favor de muitas pessoas, não houve nenhum caso que tenha fracassado. Quanto maior fosse o desafio, tanto maior seria a repercussão do milagre, e por conseguinte a expansão do Reino de Deus. Jesus empreendeu uma viagem com destino traçado: a terra dos gerasenos. Seu alvo ali era libertar um pobre homem extremamente oprimido por demônios, notamos que durante a viagem (pelo mar da Galiléia) se levantou uma enorme tempestade (v. 22-25), revelando com isso, uma tentativa dos demônios de impedir ou atrapalhar os planos de Deus, mas Isaías nos diz: “…agindo eu, quem o impedirá?” (43.13).

PROPOSIÇÃO: Em Deus, nenhum caso é definitivamente perdido.

 

I     – UM CASO APARENTEMENTE PERDIDO.

-No versículo 27, Lucas registrou o seguinte: “…veio (…) ao seu encontro um homem possesso de demônios”. Veja um exemplo do que caracteriza um estado de endemoninhamento: 1. O homem estava assim havia muito tempo. Geralmente as pessoas que sofrem, ou padecem de algum mal, só procuram Jesus quando não há mais opções. 2. Vivia sem roupas. Note que andar nu (ou seminu) revela que há no mínimo uma condição de desequilíbrio moral. 3. Morava no cemitério, um lugar sinistro, opressivo, triste, inapropriado para habitar. 4. Foi preso muitas vezes, por conta de sua violência e freqüente ameaça à vida das pessoas. Em um hospital psiquiátrico, muitos pacientes precisam apenas de oração e amor. 5. Possuía força sobre­humana, o texto diz que ele quebrava cadeias e correntes (v. 29).

       Pessoas que manifestam algum tipo de paranormalidade, como: adivinhação, operações espirituais mediúnicas (entortar garfos, “ler a mente” das pessoas), ou realizar curas por influência áe “espíritos do além”, podem na verdade estar sendo vítimas de demônios.

       Lucas diz que o homem era impelido (empurrado, obrigado) pelos demônios para o deserto. O deserto é uma figura que representa o nada, a morte, pois lá não há vida, apenas desolação. Os espíritos sempre procuram afastar as pessoas da Igreja, da Palavra de Deus, e finalmente de Jesus Cristo, que é a única saída e o socorro para o perdido.

       A força compulsiva, ou sem controle que alguém vier a manifestar, é um indicativo de que os demônios estão presentes. Um exemplo de sentimento compulsivo seria: medo sem causa aparente, vícios (vontade incontrolada), tristeza súbita e intensa ou depressão sem causa, desejo de matar ou morrer ou até mesmo de proferir palavrões etc.

       Ao ser coagido a falar, o “demônio chefe” revelou que havia um total de seis mil demônios (ou uma legião) presente no homem (v. 30). Isto demonstra que é necessário muitos demônios para controlar totalmente uma pessoa. A expressão: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo (v. 28), nos revela a incompatibilidade absoluta que há entre Deus e Satanás.

– Basicamente os trabalhos dos demônios são: 1. Opor-se a Deus e a Seus planos. 2. Escravizar, matar, separar, oprimir, humilhar, destruir (a paz, a saúde, a felicidade) do ser humano. Sobre isso Jesus já tinha advertido em João 10.10a. 3. Entrar e controlar as pessoas, quando estas lhes cedem lugar (veja Efésios 4.27), por meio do pecado ou da desobediência deliberada.

 

II- OPERANDO DEUS QUEM PODE IMPEDIR?

– No versículo 29 de Lucas, lemos: “…Jesus ordenara ao espírito imundo que saísse”. A libertação operada por Cristo é autêntica (veja João 8.36); Sua voz de comando jamais volta vazia, Ele mesmo já tinha dito que: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mt 24.35). Quando a libertação se processou n
o homem de Gadara, o resultado foi impressionante, a obra de Deus é sempre perfeita.

– Observe as mudanças efetuadas: 1. Emocionalmente – agora o homem já demonstra tranquilidade: “…assentado aos pés de Jesus” (v. 35). 2. Corporalmente – está vestido e limpo, pois quando Jesus entra em nossa vida Ele realmente nos devolve a dignidade e honradez que tínhamos perdido em razão do pecado. 3. Mentalmente – Lucas declara que agora o homem estava de posse de seu “perfeito juízo” (ou raciocínio – v. 35).

– Como resposta à bênção de Deus, precisamos no mínimo demonstrar gratidão. E foi isso mesmo que fez o homem em foco, por meio dos seguintes fatos: 1. Ele rogou permissão a Jesus para segui-lo (v. 38), talvez porque sentisse pavor de voltar à vida anterior. 2. Obediência à ordem de Cristo para que testemunhasse aos seus parentes, que obviamente conheciam seu antigo estado. O testemunho serve para despertar a fé em Cristo, e se presta também como valioso instrumento de salvação para toda a família (veja Atos 16.31), pois a nossa vida transformada revela ser a melhor forma de evangelização.

 

CONCLUSÃO
 

A reação dos gerasenos foi de repulsa, provavelmente por motivos materiais (perda dos porcos), ou superstição. Deveriam, antes, ser gratos, pois ficaram livres do terror. Entretanto, esse comportamento revoltoso tem sido muito comum na vida de pessoas que procuram somente a bênção (sem compromisso) e não o Dono dela.

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