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ToggleLição 4 – Os Atributos do Ser Humano
Texto Áureo
“Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não têm entendimento, cuja boca precisa de cabresto e freio, para que se não atirem a ti.” (Sl 32.9)
Verdade Prática
Criado à imagem de Deus, o homem é um ser espiritual, racional, livre e criativo; sua missão primordial é glorificar o Criador e Mantenedor de todas as coisas.
Leitura diária
Segunda – At 17.22: O homem é um ser espiritual
Terça – Sl 32.9: O homem é um ser racional
Quarta – Js 24.15: O homem é um ser livre
Quinta – At 17.29: O homem é um ser inventivo
Sexta – Gn 2.15: O homem é um ser cultural
Sábado – Gn 2.18: O homem é um ser social
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 12.1-10
1- Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2- E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
3- Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
4- Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma operação,
5- assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
6- De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé;
7- se é ministério, seja em ministrasse é ensinar, haja dedicação ao ensino;
8- ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria.
9- O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
10- Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
HINOS SUGERIDOS: 25, 111, 242
OBJETIVO GERAL
Mostrar a complexidade do ser humano, pois ele é um ser espiritual, racional, livre e criativo.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.
I – Explicar a espiritualidade humana;
II – Radiografar a racionalidade humana;
III – Expor a sociabilidade humana;
IV – Aclarar a liberdade humana;
V – Pontuar o trabalho e a criatividade humana.
• INTERAGINDO COM O PROFESSOR
O ser humano possui vários atributos para viver e influenciar este mundo. Somos chamados por Deus a cultivar uma espiritualidade profunda que reflita uma sincera devoção ao Pai. Somos chamados também a usar a razão no sentido de compreender bem a realidade, não podemos ignorá-la, pois foi Deus quem nos deu. Somos chamados a viver em sociedade, jamais isolados das pessoas e da realidade. Somos chamados a ser livres, na perspectiva espiritual, social e política. Somos chamados a trabalhar com criatividade para o Senhor e para o próximo. Em todas as esferas da vida somos chamados a glorificar a Deus e a revelar seu propósito para com o ser humano. Você é chamado a edificar a vida do outro. Boa aula!
PONTO CENTRAL
O ser humano é um ser espiritual, racional, livre e criativo.
INTRODUÇÃO
Na aula de hoje, estudaremos os principais atributos do ser humano: espiritualidade, racionalidade, sociabilidade, liberdade e criatividade. Veremos que o homem, apesar da queda, continua a executar a missão que Deus lhe entregou no Éden. A desobediência humana não frustrou os planos divinos.
Se Deus assim nos dotou, usemos cada um de nossos atributos para glorificá-lo. No aperfeiçoamento destes, leiamos a Bíblia, oremos, vigiemos noite e dia, evangelizemos e exerçamos o amor cristão. Em suma, portemo-nos de tal forma, para que o Pai Celeste seja exaltado, eternamente, através de nossas qualidades espirituais, psicológicas e físicas.
Que o Espírito Santo nos abra o entendimento e leve-nos a conhecer as demandas e as reivindicações da Palavra de Deus.
I – A ESPIRITUALIDADE HUMANA
Neste tópico, aprenderemos que o homem é, também, um ser espiritual. Vejamos, pois, a origem de nosso espírito, seu anseio natural por Deus e como ele pode ser revivificado.
- A origem divina de nosso espírito. Após formar Adão do pó da terra, o Senhor Deus soprou-lhe nas narinas o fôlego de vida (Gn 2.7). A partir daquele momento, o homem passou a ser alma vivente.
- O anseio natural do espírito humano. Sendo proveniente de Deus, o espírito humano anseia pelo Pai Celeste, conforme Paulo muito bem acentuou aos atenienses (At 17.21,22). Já o salmista confessou que a sua alma suspirava por Deus (Sl 42.1). Infelizmente, não são poucos os que, devido a uma vida ímpia e blasfema, sufocam o seu anseio pelo Criador.
- A revivificação do espirito humano. Através de sua morte redentora, Jesus Cristo vivifica o homem que jaz morto espiritualmente (Ef 2.1; Cl 2.13). Só Ele é a ressurreição e a vida (Jo 11.25).
SÍNTESE DO TÓPICO I
O espírito humano tem origem divina, por isso, naturalmente, ele anseia pelo Pai Celeste.
SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
Faça uma reflexão introdutória a respeito da espiritualidade humana. 0 que nos faz buscar a Deus? De onde vem a necessidade de termos comunhão com o Pai? Use este fragmento textual para aprofundar a sua reflexão com a classe: “O ‘espírito’ é considerado um poder sublime que estabelece os seres humanos na dimensão espiritual e os capacita à comunhão com Deus. Pode-se distinguir o espírito da alma, sendo aquele ‘a sede das qualidades espirituais do indivíduo ao passo que nesta residem os traços da personalidade’. Embora distinto entre si, não é possível separar alma e espírito. Pearlman declara: ‘A alma sobrevive à morte porque é energizada pelo espírito, mas alma e espírito são inseparáveis porque o espírito está entretecido na própria textura da alma, são fundidos e caldeados numa só substância’” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 1996, p.248).
II – A RACIONALIDADE HUMANA
Tenhamos em mente esta proposição: Deus é um ser racional. Logo, há perfeita harmonia entre a genuína razão e a fé bíblica. Por isso mesmo, Ele requer, de cada um de nós, um culto racional.
1. Deus é um ser racional. Certa vez, o Senhor desafiou o povo de Judá, que caíra na apostasia, a argumentar acerca do verdadeiro caminho (Is 1.18-20). Portanto, Ele requer de seus servos uma postura racional, porquanto dotou-nos de razão. Não temos uma natureza animal e bruta, mas racional e inteligente (Sl 32.9).
- A harmonia entre racionalidade e espiritualidade. A verdadeira espiritualidade manifesta-se de maneira racional, pois o nosso Deus é um ser racional. Ele não é de confusão (1 Co 14.33). Para que o agrademos, o Espírito Santo nos desenvolve a inteligência espiritual (Cl 1.9).
- O culto racional agrada a Deus. Posto que Deus é um ser racional, devemos cultuá-lo racionalmente (Rm 12.1). Isso significa, antes de tudo, que a nossa adoração a Deus tem de ser perfeitamente entendida, explicada e praticada (Êx 12.26; 1 Pe 3.15). Doutra forma, não terá valor algum (Jo 4.22). Aliás, o culto cristão é o mais racional de todos, apesar de parecer, para os incrédulos, escândalo e loucura (1 Co 1.18,24).
SÍNTESE DO TÓPICO II
Deus é um ser racional. Logo, há perfeita harmonia entre a genuína razão e a fé bíblica.
SUBSÍDIO BÍBLICO-TEOLÓGICO
“O que Paulo quer dizer por ‘culto racional’ [logiken]’ tem sido motivo de debate. A palavra grega logikos (forma léxica de logiken), a qual Paulo não usa em outra parte dos seus escritos, era extensamente usada por filósofos gregos. Denotava ‘racionalidade’, quer dizer, as características que distinguem os seres humanos dos animais. A expressão ‘culto racional’ preserva este sentido. (…) Em outras palavras, Paulo arrazoa em favor de um culto que seja lógico ou apropriado para os que vivem no Espírito (Fee, 1994, p.601), os quais, […], são guiados num comportamento apropriado pela mente renovada” (HORTON, Stanley M. Comentário Bíblico Pentecostal Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003, p.892).
Ill – A SOCIABILIDADE HUMANA
Deus nos criou sociáveis; a solidão é contrária à nossa natureza. Por isso, Deus instituiu a família e, só depois, o Estado.
- A solidão é nociva ao ser humano. No período da criação, a única coisa que Deus afirmou não ser boa foi a solidão (Gn 2.18). Por esse motivo, Deus fez a mulher para que o homem tivesse uma companhia idônea e sábia (Gn 2.21-25). Somente os que se insurgem contra a verdadeira sabedoria buscam viver isolada e solitariamente (Pv 18.1).
- A família é a origem da sociedade humana. A família é mais importante que a sociedade e mais imprescindível que o Estado, pois ambos dependem do lar doméstico. Salomão, um dos maiores estadistas de todos os tempos, escreveu dois salmos (127 e 128), exaltando o papel fundamental da família na sociedade e no Estado.
- A Igreja de Cristo, a sociedade perfeita. No Novo Testamento, a Igreja de Cristo é apresentada como a sociedade perfeita, porque nela todos formamos um único corpo (1 Co 12.13). Essa união, impensável em termos sociológicos, é denominada o mistério de Deus pelo apóstolo Paulo (Ef 3.1-12).
SÍNTESE DO TÓPICO III
Deus criou os seres humanos gregários e sociais; a solidão é contrária à natureza humana.
IV – A LIBERDADE HUMANA
Deus concedeu-nos o livre-arbítrio, para que escolhêssemos entre o bem e o mal. Se, por um lado, temos a liberdade de agir, por outro, não podemos esquecer-nos da soberania divina.
- O livre-arbítrio. O livre-arbítrio pode ser definido como a capacidade humana de tomar livremente uma decisão. Tal atributo é observado em diversas passagens das Escrituras (Gn 13.9; Js 24.15; Hb 4.7).
- O ato de decidir. Segundo a Bíblia, o ato de decidir entre o bem e o mal, entre Deus e os ídolos e entre aceitar Jesus e recusá-lo, é um direito que o Todo-Poderoso nos concedeu (Gn 2.9; 1 Rs 18.21; Mc 16.15,16).
- A soberania divina. Já que Deus concedeu-nos o direito de escolha, ajamos com responsabilidade e discernimento, porque todos seremos responsabilizados por nossas escolhas (Ec 11.9; Rm 14.12). Portanto, o livre-arbítrio humano e a soberania divina não são excludentes; são perfeitamente harmônicos.
SÍNTESE DO TÓPICO IV
Deus concedeu o livre-arbítrio ao ser humano para que escolhesse entre o bem e o mal.
V – A CRIATIVIDADE HUMANA E O TRABALHO
O trabalho não é consequência do pecado, mas uma bênção na vida do homem. Neste tópico, veremos que, através do trabalho, o ser humano transforma e preserva a terra.
- A dignidade do trabalho. Deus criou o homem para trabalhar a terra, ará-la e transformá-la, a fim de torná-la habitável (Gn 1.26; 2.15). Por conseguinte, o trabalho não é um castigo devido ao pecado de Adão, mas uma bênção a todos os seus descendentes. A queda apenas tornou as atividades laborais mais árduas e estressantes (Gn 3.17-19).
- A criatividade humana. Os descendentes de Adão, trabalhando metodicamente, desenvolveram em pouco tempo as mais variadas técnicas (Gn 4.2,3,20-22). Rapidamente, evoluíram. Na terceira geração, já dominavam a agricultura, a pecuária, a metalurgia e a arte musical.
A partir da torre de Babel, o homem já dava mostras de ter condições de dominar todo o planeta, em virtude de sua criatividade (Gn 11.6). Todavia, jamais poderemos ultrapassar os limites que o Senhor nos estabeleceu.
SÍNTESE DO TÓPICO V
Através do trabalho, o ser humano transforma e preserva a terra.
SUBSÍDIO TEOLÓGICO
“Quando chegamos no Novo Testamento, a primeira coisa que notamos é que todo o povo de Deus é dotado e chamado para fazer várias obras pelo Espirito de Deus (veja Atos 2.17; 1 Coríntios 12.7), e não apenas as pessoas especiais como os artesãos do Templo, reis ou profetas. Colocado no contexto do novo concerto, as passagens do Antigo Testamento citadas hão pouco proveem ilustrações bíblicas para uma compreensão carismática de todos os tipos básicos de trabalho humano: Todo trabalho humano, quer seja complicado ou simples, é possibilitado pela operação do Espírito de Deus na pessoa que trabalha. Como poderia ser diferente? Se a vida inteira do cristão é por definição uma vida no Espírito, então o trabalho não pode ser exceção, quer seja trabalho religioso ou trabalho secular, trabalho ‘espiritual’ ou trabalho mundano. Em outras palavras, trabalhar no Espírito é uma dimensão do andar cristão no Espírito (Veja Romanos 8.4; Gálatas 5.16-25)” (PALMER, Michael D. (Ed.). Panorama do Pensamento Cristão. Rio de Janeiro: CPAD, 2001, p.228).
CONCLUSÃO
Em seu discurso em Atenas, Paulo reconhece todos os atributos que o Criador concedeu ao ser humano. Apesar da queda, a humanidade vem evoluindo continuamente. Mas, em termos espirituais, o homem regride rumo ao abismo. Somente o Evangelho de Cristo é capaz de restaurar-nos plenamente. Por isso, o Senhor Jesus é o nosso Salvador pessoal. Sem Ele, a vida humana perde todo o sentido e o encanto.
PARA REFLETIR
A respeito de “Os Atributos do Ser Humano”, responda:
• Segundo a lição, quais os atributos do ser humano?
Os principais atributos do ser humano são: espiritualidade, racionalidade, sociabilidade, liberdade e criatividade.
• Discorra sobre a espiritualidade humana.
Sendo proveniente de Deus, o espírito humano anseia pelo Pai Celeste, conforme Paulo muito bem acentuou aos atenienses (At 17.21,22).
• Deus é um ser racional? Apresente uma prova bíblica.
Sim. Certa vez, o Senhor desafiou o povo de Judá, que caíra na apostasia, a arrazoar acerca do verdadeiro caminho (Is 1.18-20).
• Fale sobre o senso sociável do homem.
Deus nos criou sociáveis; a solidão é contrária à nossa natureza. Por isso, Deus instituiu a família e, só depois, o Estado.
• O trabalho é uma consequência do pecado?
Explique por quê.
Deus criou o homem para trabalhar a terra, ará-la e transformá-la, a fim de torná-la habitável (Gn 1.26; 2.15). Por conseguinte, o trabalho não é um castigo devido ao pecado de Adão, mas uma bênção a todos os seus descendentes.