Lição 13 da EBD. Tema: O novo homem em Jesus Cristo

Lição 13 – O Novo Homem em Jesus Cristo

Texto Áureo

“Até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a varão perfeito, à medida da estatura completa de Cristo.” (Ef 4.13)

Verdade Prática

A salvação em Jesus Cristo leva-nos à perfeição espiritual, moral e ética, porque Ele, embora Deus, foi o mais perfeito e completo dos seres humanos.

Leitura diária

Segunda – Hb 12.2: Jesus Cristo é o nosso modelo de perfeição

Terça – Gn 17.1: Deus exige a perfeição de seus filhos

Quarta – Mt 5.48: Jesus exige a perfeição de seus discípulos

Quinta – Jó 1.1: Jó, exemplo de perfeição espiritual e moral

Sexta – Ez 14.14,20: Homens que se destacaram pela perfeição

Sábado – Fp 3.1-16: O alvo de Paulo: a perfeição em Cristo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

João 3.1-16

1- E havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.

2- Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.

3- Jesus respondeu e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o Reino de Deus.

4- Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?

5- Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espirito não pode entrar no Reino de Deus.

6- O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espirito é espirito.

7- Não te maravilhes de ter dito: Necessário vos é nascer de novo.

8- O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.

9- Nicodemos respondeu e disse-lhe: Como pode ser isso?

10- Jesus respondeu e disse-lhe: Tu és mestre de Israel e não sabes isso?

11- Na verdade, na verdade te digo que nós dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos, e não aceitais o nosso testemunho.

12- Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?

13 – Ora, ninguém subiu ao céu, senão o que desceu do céu, o Filho do Homem, que está no céu.

14 – E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado,

15 – para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

16- Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigénito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

HINOS SUGERIDOS: 111, 282, 468

OBJETIVO GERAL

Mostrar que a salvação em Cristo implica a geração de um novo homem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Abaixo, os objetivos específicos referem-se ao que o professor deve atingir em cada tópico. Por exemplo, o objetivo I refere-se ao tópico I com os seus respectivos subtópicos.

1 – Apresentar o nascimento do Novo Homem;

2 – Explanara justificação do Novo Homem;

3 – Enfatizar a santificação do Novo Homem.

• INTERAGINDO COM O PROFESSOR

Chegamos á última lição do trimestre. Essa é uma excelente oportunidade para você fazer uma avaliação do seu desempenho ao longo destes meses. O professor da Escola Dominical nunca deve ficar satisfeito com o seu desempenho. Analisá-lo e planejar suas aulas faz parte da função dos Educadores Cristãos. Além de rever o que foi feito ao longo do trimestre, há a possibilidade de fazer ajustes e aperfeiçoamento para o próximo trimestre. Portanto, não perca essa oportunidade. Faça uma avaliação de sua prática educativa.

PONTO CENTRAL

A salvação em Cristo gera um novo homem.

INTRODUÇÃO

É possível alcançar a perfeição espiritual nesta vida? Do ponto de vista humano, não. Mas, quando abrimos a Bíblia Sagrada, constatamos que tal perfeição não somente é possível, como também desejável e requerida de todo aquele que professa o nome de Deus.

  Se nos valermos de nossas forças, jamais a alcançaremos. Mas, em Jesus Cristo, nossa velha natureza renasce para a vida eterna. Dessa forma, o ideal que Deus estabelecera para o primeiro Adão torna-se possível, em seu Filho, o Último Adão.

  Nesta última lição do trimestre, estudaremos o nascimento, a justificação, a santificação e a glorificação do novo homem em Cristo.

Que o Espírito Santo nos ilumine nesta aula.

I – O NASCIMENTO DO NOVO HOMEM

Jesus ensinou a Nicodemos, renomado mestre da Lei, que o novo homem não é gerado nem da carne nem do sangue, mas de Deus, da água e do Espirito.

  1. Nascido não do sangue nem da carne. No prólogo de seu evangelho, o apóstolo João afiança que o novo homem, em Cristo, é, antes de tudo, uma criação espiritual; não é gerado nem do sangue nem da carne, mas de Deus (Jo 1.12,13). Apesar do pecado do primeiro Adão, nós podemos renascer para Deus, através dos méritos de Jesus, o Último Adão.

  A atuação do Espírito Santo, no interior do ser humano, é o milagre mais expressivo que Deus pode operar em nossa vida. Ao nascer de novo, o homem experimenta um novo gênesis – a comunhão plena com o Pai Celeste (Rm 8.16).

  2. Nascido de Deus. O nascimento do novo homem é descrito, pelo Evangelista, como o ato de nascer de Deus (Jo 1.12). Isso implica a aceitação, pela fé, do plano de Salvação que o Pai Celeste elaborou bem antes da fundação do mundo (Ap 13.8). Tornar-se nova criatura, em Cristo, é o auge da bem-aventurança humana (2 Co 5.17; Gl 6.15). Logo, nascer de Deus é tornar-se filho de Deus pela fé (Jo 1.12).

  3. Nascido da água. O batismo em águas só tem efeito salvador quando recebido pela fé (Mc 16.16). Se devidamente observado, simboliza não apenas a morte e a ressurreição de Cristo, como também o renascimento espiritual daquele que o recebe como Salvador e Senhor (Rm 6.1-12). Dessa forma, cumpre-se o que Paulo escreveu, asseverando que Jesus nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espirito Santo (Tt 3-5). Dessa experiência ressurge o novo homem em Jesus Cristo.

  4. Nascido do Espírito Santo. A regeneração só é possível através da atuação do Espírito Santo na vida do pecador arrependido; é Ele quem opera o novo nascimento (Jo 3.6). Esse ato regenerador não pode ser explicado em linguagem humana (Jo 3.8). Somente a partir dessa ação sobrenatural, em nossa alma, é que o novo homem, em Cristo, torna-se possível (Gl 6.15). Temos, aí, a genuína conversão.

SÍNTESE DO TÓPICO I

O novo homem não nasce do sangue nem da carne, mas de Deus, da água e do Espírito.

SUBSÍDIO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO

O Novo Nascimento é uma das mais gloriosas bênçãos dos que foram regenerados pelo Espírito Santo. É o Espirito Santo que opera o novo nascimento (Jo 3.6). Por isso, neste tópico, é a oportunidade de você reafirmar essa tão bela doutrina do Novo Testamento. Faça uma recapitulação da realidade da Queda humana. E mostre que o Novo Nascimento é a garantia de Deus acerca da restauração do ser humano tragado pelo pecado. Assim, mostre que Deus, por meio da cruz de Cristo, e por intermédio do Espírito Santo, garantiu a salvação a todos os que se arrependem de seus pecados e creem no Filho de Deus. Em Cristo, está firmada a nossa eterna salvação.

II – A JUSTIFICAÇÃO DO NOVO HOMEM

 O novo homem nasce, através da fé em Jesus Cristo, num contexto de injustiça e pecado. Por isso, precisa de um novo status diante do tribunal de Deus – a justificação pela fé.

  1. A inutilidade da justiça humana. Nossas obras, ainda que boas e aparentemente meritórias, não nos salvam nem nos justificam diante de Deus (Ef 2.8,9). Aliás, são elas consideradas trapos de imundície (Is 64.6). Só existe um meio de obtermos a salvação e de nos justificarmos perante o Justo Juiz: a fé nos méritos perfeitíssimos de Jesus Cristo (Rm 5.1).

A partir desse processo, o novo homem passa a ter um novo status jurídico perante Deus (Rm 5.9).

  2. A maravilhosa doutrina da justificação. Ao pecador que, pela fé, recebe a Jesus, Deus lhe concede mais que um mero perdão e muito mais que uma anistia; concede-lhe o status de justo, pois a justiça de Cristo muda por completo a “situação jurídica” do réu (1 Co 6.11). Este é completamente perdoado; e seus pecados, inteiramente apagados (Hb 10.17).

  3. O novo homem é justo. A partir de sua conversão, o pecador passa a ser visto por Deus como se jamais tivesse cometido qualquer injustiça; de agora em diante, é um justo aos olhos de Deus (1 Jo 3.7). Haja vista o que houve com o ladrão que, na cruz, creu no sacrifício de Jesus Cristo (Lc 23.42,43).

SÍNTESE DO TÓPICO II

O novo homem foi justificado pela fé em Jesus Cristo, num contexto de injustiça e pecado.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Assim como a regeneração leva a efeito uma mudança em nossa natureza, a justificação modifica a nossa situação diante de Deus. 0 termo ‘justificação’ refere-se ao ato mediante o qual, com base na obra infinitamente justa e satisfatória de Cristo na cruz. Deus declara os pecadores condenados livres de toda a culpa do pecado e de suas consequências eternas, declarando-os plenamente justos aos seus olhos. 0 Deus que detesta ‘o que justifica o ímpio’ (Pv 17.15) mantém sua própria justiça ao justificá-lo, porque Cristo já pagou a penalidade integral do pecado (Rm 3.21-26). Constamos, portanto, diante de Deus como plenamente absolvidos” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.372).

Ill – A SANTIFICAÇÃO DO NOVO HOMEM

Ao contrário da regeneração, que é um ato instantâneo, a santificação é um processo que demanda toda a nossa vida até alcançarmos a estatura de varões perfeitos.

  1. A santificação como posicionamento. No exato instante de sua conversão, o pecador arrependido passa a ser visto não apenas como justo, mas também como santo por Deus e pela Igreja (Lc 23.42; 1 Co 1.2). Já separado do mundo, torna-se propriedade exclusiva do Senhor (Êx 19.5; 1 Pe 2.9). Posicionalmente é santo, embora esteja ainda em processo de santificação.

  2. A santificação como processo. O novo homem, em Cristo, ainda que seja visto como santo, e realmente o é, terá de submeter-se a um longo e disciplinado processo de santificação, até que venha a alcançar a estatura do Filho de Deus (Pv 4.18; Ef 4.13).

  Na santificação do novo homem, a Palavra de Deus é imprescindível, pois nos conduz ao ideal cristão: perfeição e santidade, para que em tudo sejamos imagem e semelhança de Deus (Gn 17.1; Mt 5.48; 1 Pe 1.16).

  3. A santificação é a vontade de Deus no novo homem. O novo homem é impossível sem o processo de santificação (Hb 12.14). Quanto mais nos santificamos, mas parecidos nos tornamos com 0 Senhor Jesus; somos seus imitadores (1 Co 11.1). Logo, devemos ver a santificação como a vontade suprema de Deus para a nossa vida (1 Ts 4.3). Mas, se pecarmos, o sangue de Jesus Cristo nos purifica de toda a injustiça e impureza (Jo 1.7).

  Que a Igreja de Cristo volte a pregar, com mais instância e urgência, a doutrina da santificação. Nenhum impuro ou profano entrará na Jerusalém Celeste (Ap 21.8).

SÍNTESE DO TÓPICO III

A santificação é um processo que demanda toda a nossa vida até alcançarmos a estatura de varões perfeitos.

SUBSÍDIO TEOLÓGICO

“Atualmente, há urgente necessidade de renovada ênfase à doutrina da santificação nos círculos pentecostais. Em primeiro lugar porque são raros os pentecostais que hoje aceitariam a ideia de estar precisando de renovação espiritual. A despeito de muitíssimos crentes terem sido batizados no Espírito Santo, são muitas as igrejas pentecostais que não possuem a vitalidade e a eficácia que nelas se evidenciavam em anos anteriores. Em segundo lugar, a ênfase pentecostal ao batismo no Espirito e aos dons sobre naturais do Espirito tem resultado numa falta de ênfase ao restante da obra do Espírito, inclusive a santificação. Em terceiro lugar, a aceitação mais generalizada dos pentecostais e dos carismáticos parece ter ameaçado a distinção tradicional entre a Igreja e o mundo, lançando dúvidas sobre muitos dos antigos padrões de santidade. E, finalmente, os pentecostais de hoje dão muito valor à popularidade que acabaram de conquistar e, no afã de preservá-la, zelam por evitar qualquer aparência de elitismo espiritual” (HORTON, Stanley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, p.412).

CONCLUSÃO

Quem recebeu Jesus como o seu Salvador e Senhor, tomou a melhor decisão, pois os seus pecados foram apagados por Cristo. A nova vida em Jesus é um presente de Deus.

  E, quando do arrebatamento da Igreja, você será semelhante ao Senhor Jesus, porque esta é a promessa que Ele nos fez por intermédio do apóstolo João: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1Jo 3.2).

Sim, nós os redimidos do Cordeiro, seremos glorificados. E, nessa bem-aventurança, estaremos para sempre com o Senhor.

Que o Cordeiro de Deus seja eternamente louvado!

PARA REFLETIR

A respeito de “O Novo Homem em Jesus Cristo”, responda:

• O que o apóstolo João afiança acerca do novo homem?

No prólogo de seu evangelho, o apóstolo João afiança que o novo homem, em Cristo, é, antes de tudo, uma criação espiritual.

• De que forma o novo homem é justificado perante Deus?

Na fé nos méritos perfeitíssimos de Jesus Cristo (Rm 5.1).

• Em que consiste a santificação do novo homem?

A santificação é um processo que demanda toda a nossa vida até alcançarmos a estatura de varões perfeitos.

• O que ocorre com o pecador no exato instante de sua conversão?

No exato instante de sua conversão, o pecador arrependido passa a ser visto não apenas como justo, mas também como santo por Deus e pela Igreja.

• O que é imprescindível na santificação do novo homem?

Na santificação do novo homem, a Palavra de Deus é imprescindível.

Rolar para cima