Lição EBD – 28.08.2014 Tema: O dia da recompensa do justo

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O dia da recompensa do justo

Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria. Pisareis os perversos, porque se farão cinzas debaixo das plantas de vossos pés, naquele dia que preparei, diz o Senhor dos Exércitos (4.2,3).

Três verdades gloriosas são destacadas por Malaquias acerca da recompensa do justo: vida, liberdade e vitória.

Em primeiro lugar, o veredicto final trará a luz da vida para os justos. “Mas para vós outros que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas” (4.2). A maior recompensa do justo é o próprio Deus. Ele é a maior herança do salvo. Deus será para os justos naquele glorioso dia, o sol da justiça. O sol traz calor, luz e vida. Não há vida sem o sol. Deus é o nosso sol e escudo (Sl 84.11). Deus é a nossa luz perpétua (Is 60.19). Trevas e medo nunca mais estarão presentes. O pecado não mais nos afligirá. Deus vem como o sol da justiça. A justiça Dele é a nossa justiça. Brilharemos como o sol no firmamento. Seremos como ele é. Cristo é a fonte da luz: Ele é a luz do mundo. Ele ilumina todo homem. Quem o segue não anda em trevas. Cristo é a fonte da vida. O sol traz cura em suas asas. Sem sol não há vida, sem Cristo não há salvação. Cristo é a fonte da justiça: Sem Cristo, nossas obras são trapos de imundícia.

Em segundo lugar, o veredicto final trará a alegria da liberdade para os justos. “Saireis e saltareis como bezerros soltos da estrebaria” (4.2). O dia do juízo será para os justos um dia de alegria indizível, de liberdade plena, de recompensa eterna. Malaquias compara essa alegria da liberdade como um bezerro que estava preso no estábulo e foi liberado para correr nos campos verdejantes. O bezerro sai saltando de alegria, usufruindo sua gostosa liberdade. Será assim conosco na segunda vinda de Cristo. Nossa liberdade será plena, completa e total. Aquele será um dia de exultação, quando entraremos na glória, quando tomaremos posse da herança, quando entraremos na Casa do Pai, na Nova Jerusalém.

Em terceiro lugar, o veredicto final revelará a vitória dos justos sobre seus inimigos (4.3). Os justos não apenas receberão a libertação do aprisionamento, mas também completo triunfo sobre os inimigos. Os mesmos ímpios que oprimiram os justos e lhes fizeram amargar a vida, agora são como cinzas debaixo dos seus pés. A Igreja não apenas estará no céu. Ela vai assentar-se em tronos para julgar o mundo (1Co 6.2). Deus vai retribuir com justiça aqueles que oprimiram o seu povo. Isaltino Gomes Filho diz que a idéia de os ímpios se desfazerem em cinzas sob os pés dos justos mostra a vitória total do bem e a aniquilação total da impiedade.

O dia da advertência de todos, a derradeira chance de conciliação (4.4-6)

Malaquias está chegando ao final de seu livro e ele faz sua última advertência, dizendo três verdades solenes.

Em primeiro lugar, antes do veredicto final, Deus adverte a todos por intermédio da Sua Palavra (4.4). Devemos nos lembrar do propósito da lei: Conduzir-nos a Cristo, o Salvador.114 Devemos nos lembrar da autoridade da lei: Deus a prescreveu em Horebe para todo o Israel. Devemos nos lembrar da recompensa da lei: Estatutos e juízos, bênçãos e maldição. Antes das taças da ira, Deus faz soar as trombetas da advertência. Antes do juízo ser completo e final, Deus chama a todos ao arrependimento. A única maneira de nos prepararmos para esse grande dia é lembrarmo-nos da Palavra, voltarmo-nos para a Palavra, vivermos de acordo com a Palavra. Vivemos numa geração analfabeta da Bíblia. Vivemos num tempo em que a Palavra é desprezada, substituída e desobedecida. Não podemos nos esquecer da Palavra escrita de Deus!

Em segundo lugar, antes do veredicto final, Deus adverte a todos por meio de Seus instrumentos (4.5). Malaquias fala de um ministro divinamente comissionado: “Eis que enviarei o profeta Elias” (4.5). Malaquias fala de um ministério abençoado em seus resultados: “ele converterá o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais” (4.6). Deus enviou Elias, que confrontou a nação de Israel num tempo de apostasia e chamou-a ao arrependimento. Antes do dia do juízo vem o dia da graça. Deus enviou João Batista para preparar o caminho do Senhor e ele conclamou o povo a arrepender-se. João Batista é o Elias que veio, mas não Elias em pessoa. Ele veio no poder de Elias (Mt 11.14; Mt 17.10-13; Jo 1.21; Lc 1.16,17).

Em cada período da História Deus envia seus mensageiros para chamar o povo ao arrependimento antes que venha o juízo. Na Reforma do século 16, Elias veio nas palavras candentes de Lutero, Calvino e John Knox. No século 18, Elias veio no fervoroso espírito de João Wesley, George Whitefield e Jonathan Edwards. Hoje, Elias vem no ministério de todos aqueles que se levantam no poder do Espírito, em nome de Deus, para chamar o povo ao arrependimento. Há uma conexão entre a primeira e a segunda vinda de Cristo. O tempo chegou em Cristo e avança para o grande e terrível dia de Deus.

Em terceiro lugar, antes do veredicto final, é imperativo uma profunda transformação nas relações familiares (4.6). O bendito evangelho começa no lar. Se o evangelho não funcionar no lar, não funcionará em lugar algum. A mais bela expressão do evangelho é o lar, feliz, onde os pais entendem os filhos e têm tempo para eles; onde os filhos, cercados de amor, crescem no conhecimento de Cristo. A transformação do povo de Deus precisa começar na família. Não há igrejas fortes sem lares fortes. A conversão do coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais significa mais do que acabar com os conflitos de gerações. Isaltino Gomes diz que essa conversão implica em unir pais e filhos em torno de uma pessoa. No judaísmo, o lar era um centro de ensino sobre Deus e Sua Palavra. A nova época que Elias viria anunciar e que o Messias viria implantar, teria uma mensagem capaz de reunir toda a família. Os laços familiares continuam sagrados na nova revelação.

Como os pais podem ser convertidos aos seus filhos? Pais convertidos aos filhos dão mais valor aos filhos do que ao sucesso profissional. Importam-se mais com o relacionamento com os filhos do que com coisas materiais. Pais convertidos aos filhos ensinam os filhos no caminho em que devem andar. Pais convertidos aos filhos criam os filhos na disciplina e admoestação do Senhor. Pais convertidos aos filhos não provocam os filhos à ira nem os humilham. Pais convertidos aos filhos amam os filhos incondicionalmente e não os comparam com outras pessoas. Pais convertidos aos filhos temperam disciplina com encorajamento. Pais convertidos aos filhos têm canal de comunicação aberto com os filhos. Pais convertidos aos filhos perdoam os filhos.

Como os filhos podem ser convertidos aos seus pais? Filhos convertidos aos pais, obedecem a eles no temor do Senhor. Filhos convertidos aos pais, respeitam os pais. Filhos convertidos aos pais, cuidam dos pais. Filhos convertidos aos pais são gratos aos pais. Filhos convertidos aos pais procuram ser a alegria dos pais.

Concluímos a exposição deste capítulo, focando três fatos solenes.

Primeiro, o dia do juízo será dia de trevas e de luz, de condenação e exultação. Só há dois grupos na humanidade, os que estão preparados para encontrar o Senhor e aqueles que não estão; os salvos e os perdidos.

Segundo, o dia do juízo será o dia da vindicação da justiça de Deus. Deus havia sido acusado de ser omisso e conivente com o mal. Os ímpios zombavam de Deus, perguntando onde estava o Deus do juízo. Os ímpios aparentemente tinham uma vida boa e eram prósperos. Todavia, quando esse terrível dia chegar, a justiça será feita. A balança de Deus não é enganosa. O prumo de Deus nunca falha. O juízo de Deus será implacável para os zombadores, mas os justos triunfarão. A verdade triunfará.

Terceiro, o dia do juízo aponta apenas para dois caminhos: conversão ou maldição. A família é restaurada, por intermédio da conversão dos pais aos filhos e dos filhos aos pais, ou então, a terra será ferida pela maldição. Essa maldição já está em curso. O pecado traz opróbrio. Essa maldição será final, completa, irrevogável no dia do juízo. Que caminho você vai escolher: o caminho da bênção ou da maldição? A vida ou a morte? A bem-aventurança eterna ou o juízo eterno? O Antigo Testamento termina dizendo que Jesus vem. O Novo Testamento começa com a vinda de Jesus. O Antigo Testamento termina com a maldição para os desobedientes. O Novo Testamento com a graça para os remidos. O Antigo Testamento fecha as cortinas com a solene palavra “maldição” (4.6), mas o Novo Testamento termina o drama da história com a promessa: “E não haverá mais maldição” (Ap 22.3). O que fez a diferença, pergunta Warren Wiersbe? É que Jesus, na cruz do calvário se fez maldição por nós (Gl 3.13), para que nós fôssemos feitos justiça de Deus (2Co 5.21).117 Agora mesmo você pode entregar sua vida a Jesus e receber Dele um novo coração, uma nova mente, uma nova vida, um novo lar, e ainda e melhor que tudo, o perdão dos seus pecados e a vida eterna.

 

 

 

 

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