Lições 01 a 03 para EBD da Revista a Supremacia das Escrituras.

 Lição 01: A Autoridade da Bíblia | Escola Bíblica dominical

TEXTO ÁUREO

“Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor.” (Sl 119.1)

VERDADE PRÁTICA

A Bíblia Sagrada é a autoridade final da nossa regra de fé e prática.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – 2 Pe 1.20,21 As Sagradas Escrituras têm origem no próprio Deus
Terça – SI 19.1-4 A natureza manifesta a grandeza de Deus ao ser humano


Quarta – Jo 20.30,31 A Bíblia revela a pessoa de Jesus Cristo, o Filho de Deus
Quinta – Hb 4.12 Podemos ouvir a voz de Deus por meio da leitura da Bíblia
Sexta – Mc 13.31 As gerações passam, mas a Palavra de Deus permanece inalterada
Sábado – Ap 22.18,19 As Sagradas Escrituras transmitem toda a doutrina da salvação

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Salmos 119.1-8

1 – Bem-aventurados os que trilham caminhos retos e andam na lei do Senhor.
2 – Bem-aventurados os que guardam os seus testemunhos e O buscam de todo o coração.


3 – E não praticam iniquidade, mas andam em seus caminhos.
4 – Tu ordenaste os teus mandamentos, para que diligentemente os observássemos.
5 – Tomara que os meus caminhos sejam dirigidos de maneira a poder eu observar os teus estatutos.


6 – Então, não ficaria confundido, atentando eu para todos os teus mandamentos.
7 – Louvar-te-ei com retidão de coração, quando tiver aprendido os teus justos juízos.
8 – Observarei os teus estatutos; não me desampares totalmente.

Hinos da Harpa Cristã 258 – 499 – 559

PLANO DE AULA

  1. INTRODUÇÃO
    Ler e compreender a Bíblia é um desafio. Neste trimestre, vamos enfrentá-lo. O pastor Douglas Baptista, líder da Assembleia de Deus Missão e presidente do Conselho de Educação e Cultura da CGADB, é o comentarista deste trimestre . Ele nos ajudará a reconhecer a Supremacia da Bíblia na fé cristã, sua autoridade, inspiração e Inerrância, e aplicá-la a vida cristã.
  2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
    A) Objetivos da Lição:
    I) Relacionar a origem da Bíblia com a Revelação Divina;
    II) Pontuar as evidências da autenticidade da Bíblia;
    III) Apresentar a mensagem da Bíblia.
    B) Motivação : Por que nosso casamento, a nossa família, a nossa profissão e suas demandas éticas devem estar de acordo com a Bíblia?
    Por que a Bíblia é autoridade final para nós?
    C) Sugestão de Método: Apresente uma história em que os prejuízos espirituais e morais, como consequências de a Bíblia não ter autoridade final na vida, estejam em destaque.
  3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
    A) Aplicação
    : Você conhece a realidade de sua classe. Por isso, aplique a lição segundo essa realidade. Sugerimos que você desafie aos alunos a iniciar a leitura da Bíblia. Promova esse desafio em classe.
  4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
    A) 
    Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.36, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
    B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:
    1) O texto “ Categorias da Revelação Divina” aprofunda o primeiro tópico a respeito do tem a da Revelação Especial;
    2) O texto “ O Professor que veio de Deus” traz uma reflexão que servirá com o base de aplicação do terceiro tópico “A Mensagem da Bíblia”. Leia os auxílios com atenção e busque integrá-los à prática docente.

INTRODUÇÃO

A autoridade da Bíblia fundamenta-se em seu autor: Deus. Portanto, a Bíblia é a Palavra de Deus escrita. Assim sendo, a autoridade dela depende total e exclusivamente do Altíssimo e
não dos homens. Desse modo além da Bíblia, a Igreja não possui outra fonte infalível de autoridade. Nesta lição, veremos a origem da Bíblia, sua autenticidade e men­sagem revelada na Palavra de Deus.

PALAVRA-CHAVE: AUTORIDADE

I – A ORIGEM DA BÍBLIA E A REVELAÇÃO DIVINA

1. A origem da Bíblia. Pedro enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos homens, m as no próprio Deus (2 Pe 1.20,21). Paulo corrobora que a mensagem bíblica veio do alto (2 Tm 3.16). E também os apóstolos ensinam que a Bíblia foi escrita por homens, porém,
sob a inspiração e supervisão divina (1 Co 2.13,14; Ap 1.1). Portanto, as Escrituras são a revelação que Deus fez de si mesmo. Dessa maneira, por ter a sua origem em Deus, a Bíblia é portadora de autoridade, e, por isso, constitui-se em única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter do cristão. Nossa Declaração de Fé professa que a Bíblia Sagrada é a Palavra
de Deus, única revelação divinamente escrita, dada pelo Espírito Santo, para a humanidade.

2. Revelação Geral. Chama-se revelação geral aquela em que Deus se fez conhecer em toda a parte por meio da História, do Universo e da Natureza Humana.
a) Na História. Deus se revela pela sua soberania. Ele controla o curso dos acontecimentos, remove e estabelece governos e nada acontece fora de sua vontade (Dn 2.21; 4.25; Rm 11.22);
b) No Universo. Deus se manifesta pelo seu poder nas coisas criadas, o Céu, a Terra, o mar, e tudo quanto há neles (Sl 19.1-4; At 14.15-17; Rm 1.18-21);
c) No Ser Humano criado à imagem e semelhança divina (Gn 1.26,27). A natureza moral da humanidade, embora de maneira inadequada por causa do pecado, revela o caráter moral de Deus (Rm 2.11-15; Ef 4.24; Cl 3.10).

3. Revelação Especial. Se por um lado a revelação geral denuncia a culpa humana em rejeitar o conhecimento acerca de Deus (Rm 1.18-21), a revelação especial oferece redenção para os perdidos pecadores (Cl 1.9-14). Ela é o complemento da revelação que Deus fez de si mesmo na história, no universo e na humanidade (Rm 10 .11-17; Hb 1.1-3). Reconhecemos a revelação especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo, quanto nas Escrituras Sagradas (Jo 1.1; 5.39). É por
meio da revelação contida nas Escrituras que conhecemos a Pessoa de Cristo: “ Estes [os sinais], porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (Jo 20.31).

SINÓPSE I

A Bíblia tem origem em Deus. Este se revela na história, no universo e na humanidade; e, de modo especial, por meio de Cristo e das Escrituras.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

“ Categorias da Revelação Divina Revelação Especial
[…] A Bíblia, ao manter de forma perene a revelação especial de Deus, é tanto o registro de Deus e dos seus caminhos, quanto a intérprete dela própria. A revelação escrita é confinada aos 66 livros do Antigo e do Novo Testamento. A totalidade de sua revelação que Ele quis preservar para o benefício de toda a humanidade acha-se armazenada, em sua totalidade,
na Bíblia. Examinar as Escrituras é conhecer a Deus da maneira que Ele quer ser conhecido (Jo 5.39; At 17.11). A revelação divina não é um vislumbre fugaz, m as um desvendamento permanente. Ele nos convida a voltarmos repetidas vezes às Escrituras para, aí, aprendermos a respeito dEle. […] A totalidade das Escrituras é a Palavra de Deus em virtude da inspiração divina dos seus autores humanos. A Palavra de Deus, na forma da Bíblia, é um registro inspirado de eventos e verdades da autorrevelação de Deus” (HORTON, Stan ley (Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006 ,pp .84 ,85 ).

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

A Bíblia, os homens e o Espírito Santo “As Escrituras Sagradas são de origem divina; seus autores hum anos falaram e escreveram por inspiração verbal e plenária do Espírito Santo […]. Deus soprou nos escritores sagrados, os quais viveram numa região e época da história e cuja cultura influenciou na composição do texto.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Declaração de Fé das Assembleias de Deus, CPAD, pp.25,26.

II – EVIDÊNCIAS DA AUTENTICIDADE DA BÍBLIA

1. Evidências Internas. A palavra “ autenticidade” tem origem no grego authentês como significado daquilo que é “ verdadeiro”. Quando aplicado às Escrituras, o termo indica a autoridade da Bíblia. Nesse sentido, a Bíblia autentica a si mesma (2 Tm 3.16). Dentre as evidências internas, destacam -se:

a) Unidade e consistência: No período aproximado de 1.600 anos, a Bíblia foi escrita em dois idiomas principais e um dialeto, por cerca de quarenta pessoas de diferentes classes sociais, em lugares e circunstâncias distintas que abordaram centenas de tem as. Apesar de todas essas implicações, o conteúdo bíblico é consistente e os seus escritos se harmonizam formando um todo sem qualquer contradição (Sl 18.30; 33 -4 )
b) Ação do Espírito Santo: Por meio da leitura da Bíblia é possível ouvir a voz de Deus agindo como um a espada que “ penetra até à divisão da alma e do espírito” (Hb 4.12). Como os discípulos no caminho de Emaús, aquele que aceita a mensagem da Palavra experimenta a
chama do Espírito arder no coração e passa a compreender o plano da salvação (Lc 24.31,32).
c) Profecias de Eventos Futuros. A exatidão no cumprimento das profecias com prova a veracidade das Escrituras. As suas profecias foram anunciadas muito séculos antes dos eventos acontecerem com clareza e precisão. Entre tantos eventos, citam os o nascimento virginal de Cristo (Is 7.14; Mt 1.23); sua morte na cruz (Sl 22.16; Jo 1936); o local da sua sepultura (Is 53.9; Mt 27.57-60); e sua ressurreição (Sl 16.10; Mt 28.6).

2. Evidências externas. Compreende-se como evidências externas aquelas em que os acontecimentos narrados nas Escrituras são também ratificados por outras fontes históricas. Por vezes, essas com provações se identificam e se fundem aos conceitos de Inerrância, isto é, que a Bíblia não contém erros. Nessa direção, tanto o registro da história das nações, as descobertas arqueológicas e os pressupostos da ciência apontam para a autenticidade da Palavra de Deus. E, a despeito de ser contestada por ateus e incrédulos, a Bíblia permanece como o livro mais traduzido e lido de toda a história (cf. Mc 13.31).

SINÓPSE II

A Bíblia Sagrada autentica a si mesma, tendo sua veracidade confirmada por fontes e registros
históricos.

III – A MENSAGEM DA BÍBLIA

l. A Supremacia da Bíblia . A expressão latina Sola Scriptura confirma que som ente a Bíblia é regra infalível e autoridade final em matéria de fé e prática. Nossa Declaração de Fé professa
que a Bíblia fornece o conhecimento essencial e indispensável à nossa comunhão com Deus e com o nosso próximo. Assim sendo, não necessitam os de uma nova revelação extraordinária para a nossa salvação e o nosso crescimento espiritual. Significa que todas as doutrinas necessárias para a salvação já nos foram transmitidas pelas Escrituras e que nenhum a tradição humana pode acrescer ou retirar coisa algum a (Ap 22.18,19). Assim, ratifica-se que a Bíblia é a fonte final de autoridade.

2. O poder da Palavra de Deus. O seu poder se assemelha ao fogo que consome e purifica, bem como um martelo que despedaça a penha (Jr 23.29). As qualidades de fogo e martelo indicam que nada pode impedir o cumprimento da Palavra de Deus (Is 55.11; Jr 5.14)- O seu
poder também é capaz de derrubar fortalezas espirituais que fazem oposição ao conhecimento divino (2 Co 10.4,5). A Palavra de Deus tem poder, tal qual uma espada, para penetrar no mais íntimo do ser hum ano e julgar os pensamentos e intenções do coração (Hb 4.12). Quando tentado no deserto, O próprio Cristo derrotou Satanás usando o poder da Palavra. Ele venceu as sugestões do Diabo ao fazer citações das Escrituras (Mt 4. 4,7,10).

3. O propósito da Bíblia. Nossa Declaração de Fé ensina que “ a Bíblia é a mensagem clara, objetiva, entendível, completa e amorosa de Deus, cujo alvo principal é, pela persuasão do Espírito Santo, levar-nos à redenção em Jesus Cristo” (Jo 16.8; 1 Jo 1.1-4). Nela também se
encontram revelados os códigos morais para a sociedade. Ratifica-se que a moral bíblica não se relativiza, pois seus valores são absolutos (Ap 22.18,19). Nessa compreensão, a Bíblia é a revelação de Deus e de sua vontade à humanidade. Dessa forma, o compromisso inegociável da Igreja deve ser de fidelidade e propagação da mensagem bíblica para a salvação e libertação dos pecadores (1 Tm 1.15).

SINÓPSE III

A Palavra de Deus é poderosa, autoridade infalível em matéria de fé e prática, cujo alvo principal é levar-nos à redenção em Jesus Cristo.

AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

“ O Professor que veio de Deus
Em uma convenção da Evangelical Press Association (Associação das Editoras Evangélicas), A. W. Tozer, preocupado com o povo evangélico, recomendou quatro linhas de ação:
1- Os evangélicos precisam apresentar um cristianismo característico do século XX que seja manifestamente superior a qualquer outro estilo de vida. Somente a fé ancestral será capaz disso. Somente uma aplicação realista da fé aos dias de hoje pode torná-la eficaz.
2- Os evangélicos deviam fazer um chamado à ‘procriação espiritual’ e ir além das fileiras denominacionais e teológicas tradicionais, a fim de alcançar novas e vivificantes linhas de
ação e pensamento. Tal veio de poder está disponível através da comunhão com todos aqueles que creem na divindade de Cristo e na infalibilidade e autoridade das Escrituras Sagradas.
3- Os evangélicos deviam parar de seguir tendências e começar a lança-las. O mundo buscará nossa liderança quando avançarmos pelos campos da ação cristã com um a agenda nova e
revigorada. A trairemos os forma ­dores de opinião a novos e elevados patamares de visão e realização e, juntam ente com eles, a massa.
4- Os evangélicos carecem de uma nova ênfase na ‘interioridade’ da fé cristã. Devem dar menos atenção às superficialidades e aos aspectos exteriores do cristianismo, dedicando a
uma vida mais profunda com Cristo em Deus” (LEBAR, Lois E. Educação que é Cristã. Rio de Janeiro: CPAD, 2017, p.55).

CONCLUSÃO

As Escrituras são de origem divina.
Deus se deu a conhecer por meio da história, do universo, da humanidade, de Cristo e das Escrituras. A autenticidade da Bíblia é confirmada por evidências internas e externas. A Palavra de Deus é a nossa autoridade final de fé e prática. O teólogo Antônio Gilberto escreveu que “ o autor da Bíblia é Deus, seu real intérprete é o Espírito Santo, e seu tema central é o Senhor Jesus Cristo”.

VOCABULÁRIO
Penha
: grande massa de rocha saliente e isolada.

REVISANDO O CONTEÚDO

1- O que Pedro enfatiza a respeito dos escritos sagrados? R. Pedro enfatiza que os escritos sagrados não têm sua origem nos homens, mas no próprio Deus (2 Pe 1.20,21).
2- O que é Revelação Geral? R. Chama-se revelação geral aquela em que Deus se fez conhecer em toda a parte por meio da História, do Universo e da Natureza Humana.
3- Caracterize a Revelação Especial. R. Reconhecem os a revelação especial tanto no Verbo vivo, Jesus Cristo, quanto nas Escrituras Sagradas (Jo l.l; 5.39). É por meio da revelação contida nas Escrituras que conhecemos a Pessoa de Cristo.
4- Cite as três evidências internas que autenticam as Escrituras. R. Unidade e consistências das Escrituras; Ação do Espírito Santo nas Escrituras; Profecias de eventos futuros nas Escrituras.
5- Como podem os ratificar que a Bíblia é a autoridade final? R. Todas as doutrinas necessárias para a salvação já nos foram transmitidas pelas Escrituras e que nenhuma tradição humana pode acrescer ou retirar coisa algum a (Ap 22.18,19). Assim , ratifica-se que a Bíblia é a fonte final de
autoridade.

 Lição 02: A Inspiração Divina da Bíblia | Escola Biblica Dominical

TEXTO AUREO

“ Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça.” (2 Tm 3.16)

VERDADE PRÁTICA

A inspiração da Bíblia Sagrada é divina, verbal e plenária. Portanto, a Bíblia toda nos ensina, corrige e instrui.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – 2 Pe 1.21 Os autores bíblicos escreveram inspirados pelo Espírito Santo
Terça – Rm 15.4 Tudo o que está escrito serve para o nosso ensino
Quarta – 2 Co 4.7 As Escrituras não estão condicionadas às lim itações de seus autores humanos
Quinta – 1 Co 14.9-11 A linguagem bíblica busca alcançar a com preensão de todos
Sexta – Lc 24.44 Cristo reconheceu a inspiração divina do Antigo Testamento
Sábado – 1 Pe 1.23 A Palavra inspirada pelo Espírito Santo opera na regeneração dos pecadores

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 Timóteo 3.14-17; 2 Pedro 1.19-2 1

2 Timóteo 3
14 – Tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido,
15 – E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
16 – Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça;
17 – Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra. 2 Pedro 1
19 – E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem faz eis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração.
20 – Sabendo primeiramente isto: que nenhum a profecia da Escritura é de particular interpretação.
2 1 – Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo.

Hinos Sugeridos: 252, 456, 558 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

  1. INTRODUÇÃO
    Cremos que a Bíblia é inspirada divina, verbal e plenariamente, ou seja, a Bíblia é a Palavra de Deus revelada aos nossos corações. Nesse sentido, trazer luz a respeito da importante doutrina da Inspiração das Escrituras é o objetivo maior desta lição. Todo trabalho pedagógico deve concorrer para isso. Nossos alunos, ao final desta lição, devem aprofundar as raízes de sua fé na inspiração divina da Bíblia.
  2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
    A) Objetivos da Lição:
    I) Refletir que a própria Bíblia reivindica sua inspiração divina;
    II) Evidenciar que as limitações humanas não anulam a inspiração divina da Bíblia;
    III) Explicitar que o Espírito Santo atua na regeneração e iluminação do pecador e, por isso, nos ajuda a compreender as Escrituras.
    B) Motivação: O que faz a Bíblia ser diferente de todos os outros livros? Por que a Bíblia está acima da literatura de William Shakespeare, dos romances de Machado de Assis ou de outras obras clássicas? A resposta para essas perguntas está na transformação que o leitor sofre dentro de si enquanto lê a Bíblia com o auxílio do Espírito Santo.
    C) Sugestão de Método: A presente relatos que mostram o quanto as pessoas que leram a Bíblia foram impactadas; e quantas vidas foram transformadas a partir do contato com as Escrituras. Você pode fazer pesquisas em sites especializados ou em obras de história da Igreja.
  3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
    A) Aplicação: 
    Conclame os alunos, a toda vez que se prepararem para ler a Bíblia, a pedir o auxílio do Espírito Santo. A Bíblia é um livro divino, por isso , precisamos do divino auxílio para lê-la e compreendê-la.
  4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
    A) Revista Ensinador Cristão
    : Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição
    B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:
    1) O texto “A Inspiração Divina da Bíblia” aprofunda o conceito de Inspiração Divina apresentado no primeiro tópico;
    2) O texto “Fundamentos bíblicos para uma filosofia de ensino” traz uma reflexão a respeito da Bíblia como fundamento inspirador para o ensino, conforme o segundo tópico.

INTRODUÇÃO

A inspiração divina das Escrituras foi operada sobrenaturalmente pelo Espírito Santo, que nos deu a Bíblia, a única revelação escrita de Deus para A a humanidade. Nesta lição, verem os que a inspiração da Bíblia é divina, verbal e plenária. Nesse sentido, a Bíblia Sagrada é para o crente salvo a inspirada, inerrante e infalível Palavra de Deus.

PALAVRA-CHAVE: INSPIRAÇÃO

I – A DOUTRINA DA INSPIRAÇÃO BÍBLICA

1. A inspiração bíblica é divina. Nas páginas do Antigo Testamento, a expressão “Assim diz o Senhor” e similares são usadas mais de 3.800 vezes. Ao receber a revelação no Monte Sinai, Moisés “ escreveu todas as palavras do Senhor” (Êx 24.4). Jeremias foi advertido: “não esqueças nem uma palavra ” (Jr 26.2). No texto do Novo Testamento, Paulo disse que usava as palavras “ que o Espírito Santo ensina” (1 Co 2.13). João assegura que o Senhor lhe revelou “coisas que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1). E o Senhor Jesus asseverou que até os sinais diacríticos do texto hebraico eram inspirados: “nem um jota ou um til se omitirá da lei” (Mt 5.18). Assim sendo, as Escrituras reivindicam que a mensagem bíblica veio da parte de Deus.

2. A inspiração bíblica é verbal. Ratificamos que a Bíblia é “ divinamente inspirada” (2 Tm 3.16). Essa tradução vem do termo grego theopneustos, que significa literalmente “ soprada por Deus”. Desse modo, a inspiração é chamada de verbal porque Deus soprou nos escritores sagrados aquilo que deveria ser escrito (Ap 19.9; 1 Co 14.37). Porém, os autores bíblicos não foram usados automaticamente como se escrevessem um ditado; eles foram instrumentos de Deus e, cada qual com sua própria personalidade e talento, escreveram “ inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pe 1.21). Essa ação divina foi tão intensa que todas as palavras registradas na Bíblia eram exatamente as que Deus queria ver em pregadas nas Escrituras.

3. A inspiração bíblica é plenária. A inspiração da Bíblia também é plenária, isto é, a inspiração é total e completa, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento. Paulo afirma que “ toda” a Escritura é inspirada (2 Tm 3.16). Nossa Declaração de Fé professa que a “ inspiração da Bíblia é especial e única, não existindo um livro mais inspirado e outro menos inspirado, tendo todos o mesmo grau de inspiração e autoridade” . Significa que nenhum texto deve ser desprezado. Aos Romanos, lemos que “ tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito ” (Rm 15.4). Nesse aspecto, ratificam os que a Bíblia não apenas “ contém ” ou “ torna-se” a Palavra de Deus, m as sobretudo ela é a inspirada Palavra de Deus – plena, sem erros e sem falha alguma.

SINÓPSE I

A Bíblia é a inspirada Palavra de Deus. Seus autores a escreveram inspirados pelo Espírito Santo e os seus livro s têm o mesmo grau de autoridade.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

“A Inspiração Divina da Bíblia
O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina (Jó 32.8; 2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21). É devido à inspiração divina que ela é chamada a Palavra de Deus […] Que vem a ser inspiração divina ? Para melhor compreensão, vejam os primeiro o que é inspiração. No sentido fisiológico, é a inspiração do ar para dentro dos pulmões. É pela inspiração do ar que tem o fôlego para falar. Daí o ditado ‘Falar é fôlego’. Quando estamos falando, o ar é expelido dos pulmões: é o que chamamos de expiração. Pois bem, Deus, para falar a sua Palavra através dos escritores da Bíblia, inspirou neles o seu Espírito! Portanto, inspiração divina é a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro, sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura de erro. A própria Bíblia reivindica para si a inspiração de Deus, pois a expressão ‘Assim diz o Senhor’, como carimbo de autenticidade divina, ocorre mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros; isso além de outras expressões equivalentes” (GILBERTO, Antônio. A Bíblia através dos Séculos: A história e formação do Livro dos livros.2.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2019, p.41). 

II – INSPIRAÇÃO DIVINA E OS AUTORES DA BÍBLIA

1. A Inspiração dos autores. O Espírito Santo garantiu a liberdade dos escritores bíblicos conforme a capacitação de cada um. Portanto, a Bíblia possui particularidades quanto ao gênero literário, gramática, vocabulários e outros. Apesar disso, os autores não se tornaram intérpretes do divino. Isso porque Deus não inspirou aos escritores apenas os pensamentos ou as ideias. O Espírito Santo também inspirou cada uma das palavras que expressam com exatidão a mensagem divina (l Co 2.10,11).

2. As limitações dos autores. Os escolhidos por Deus para escreverem a Bíblia eram pessoas assim como nós, inclinadas às mesmas paixões e falhas (Tg 5.17). Moisés, por exemplo, mesmo sendo O autor do Pentateuco, foi impedido de entrar na Terra Prometida porquanto transgredira contra o Senhor no deserto de Zim (Dt 32.51,52). Entretanto, nenhum texto das Escrituras, quanto à sua inspiração e veracidade, está condicionado às limitações de seus autores humanos (2 Co 4 -7 ).

3. Os diferentes gêneros literários e figuras de linguagem. Cada autor fez uso de gêneros literários distintos, tais como: narrativa (1 e 2 Samuel), poesia (Salmos), provérbios (livro de Provérbios) etc. Os autores sagrados também fizeram uso de figuras de linguagem, tais com o: o emprego de parábolas e enigmas (Jz 14.14; Ez 17.2); de alegorias (G1 4-22-24; Hb 9.9); de hipérboles (Jo 21.25; Cl 1.23); de metáforas e símiles (Zc 2.8; Tg 3 3 – 5); de vocabulário simples ou rebuscado a depender do grau de instrução do autor (2 Pe 3.15,16). O emprego dos recursos literários evidencia a cultura do escritor, mas em hipótese alguma invalida a inspiração da Palavra de Deus (Pv 2.6; Tg 1.17).

4. A linguagem do senso comum. Na descrição de fenômenos científicos, por exemplo, os autores sagrados usaram a fraseologia comum e popular. Para citar um dos casos, ao descrever a herança dos rubenitas, também dos gaditas e à meia tribo de Manassés, Josué fez alusão aos“ nascer do sol” (Js 1.15); e, na batalha contra os amorreus, ele registrou que o “sol parou” (Js 10.13). Essa linguagem não ignora os fundamentos científicos, nem desacredita a inspiração da Palavra de Deus, apenas busca alcançar a compreensão de todos (1 Co 14.9-11).

SINÓPSE II

As limitações humanas, o uso de diferentes gêneros literários e o emprego de linguagem comum não anula a inspiração divina dos autores da Bíblia.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

A Inspiração
“As Escrituras eram sopradas por Deus à medida que o Espírito Santo inspirava seus autores a escrever em prol de Deus. Por causa de sua incitação e superintendência, as palavras dos escritores eram verdadeiramente a Palavra de Deus. Pelo menos em alguns casos, os escritores bíblicos tinham consciência de que a sua mensagem não era meramente sabedoria humana, mas ‘as palavras que o Espírito Santo ensina’ (1 Co 2.13)”. Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal, CPAD, p.115.

AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

“ Fundamentos bíblicos para um a filosofia de ensino
Uma filosofia cristã de ensino começa na Bíblia e faz parte do conceito maior de educação cristã. A Palavra de Deus oferece mais do que o conteúdo do ensino cristão; fornece também a estrutura filosófica essencial. Questões fundamentais, como: ‘Por que ensinar?’; ‘Que resultados devem os esperar?’; ‘Quem é o mediador do ensino cristão?’; ‘Como devemos ensinar?’; e ‘A quem devemos ensinar?’ encontram respostas provocativas na Bíblia. Um mandato e uma meta claramente definidos emaranham-se de forma precisa com os notáveis discernimentos das Escrituras sobre o professor, o aluno e Deus para, com isso, formar um a superestrutura estável. Cada Ensinador cristão constrói uma filosofia pessoal de ensino ao entender, correta ou incorretamente, a estrutura bíblica. Portanto, o desafio de construir uma filosofia verdadeiramente cristã começa de maneira correta examinando cada parte do componente fornecido pela Bíblia” (GANGEL, Kenneth O; HENDRICKS, Howard G (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 4 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.66). 

III – O ESPÍRITO SANTO E A BÍBLIA

1. A inspiração do Antigo Testamento. A Bíblia é categórica em reiter sua inspiração divina. O registro de Juízes ensina que os livros de Moisés são mandamentos do Senhor (Jz 3.4). Esdras reconhece como inspirados os livros de Jeremias, Ageu e Zacarias (Ed 1.1; 5.1). A respeito da inspiração da Lei de Moisés e dos profetas, Zacarias ensinou que os seus escritos eram “ as palavras que o Senhor dos Exércitos enviara pelo seu Espírito, mediante os profetas precedentes” (Zc 7.12). O próprio Cristo mencionou a Lei de Moisés, os Profetas e os Escritos como livros inspirados (Lc 24.44). Essas declarações atestam o Espírito Santo como a fonte originária de inspiração do Antigo Testamento.

2. A inspiração do Novo Testamento. O Novo Testamento possui dois pressupostos básicos de sua inspiração:
a) a promessa de Cristo de enviar o Espírito Santo para guiar os discípulos (Jo 14.26);
b) os escrito s bíblicos que vindicam esse cumprimento (At 2.4; 1 Co 2.10; Ef 3.5). Nesse aspecto, Paulo declara que escreve sob orientação do Espírito, e que suas epístolas são a Palavra de Deus (Rm 15.15,16; 1 Co 14.37; G1 1.12; 1 Ts 2.13). Pedro reconhece essa verdade e classifica os livros de Paulo como Escrituras (2 Pe 3.16). Nessa direção, vários outros textos apontam para a ação do Espírito Santo nos escritos da Nova Aliança (Jo 16.13).

3. A obra da regeneração e a iluminação. A Bíblia ensina que o Espírito Santo testifica de Cristo e convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 15.26; 16.8-11). Desse modo, o Espírito Santo atua no processo da salvação e produz a fé regeneradora (Ef 2.8) que vem pelo ouvir a Palavra (Rm 10.17). Nesse aspecto, o Espírito Santo não apenas inspirou as palavras da salvação, mas também as aplica ao coração humano a fim de regenerar os pecadores (1 Pe 1.23). Sem esse mover do Espírito não é possível nem aceitar e nem entender a Palavra de Deus (Mt 13.15; 1 Co 2.14). Essa ação em conduzir o pecador a compreender as verdades bíblicas chama-se iluminação (Ef 1.18). Porém, ressalta-se que o Espírito Santo ilumina o que Ele já tem inspirado, não se trata de nenhuma nova revelação (G11.8,9).

SINOPSE III

A Bíblia reivindica a inspiração do Espírito Santo em todas as palavras das Escrituras.

CONCLUSÃO

A Bíblia é a Palavra de Deus escrita. Ela foi inspirada verbalmente, e seus autores a escreveram inspirados pelo Espírito Santo. A inspiração da Bíblia é plena, todos os livros e palavras da Bíblia têm total e completa autoridade. Esse ensino concorda com a nossa Declaração de Fé que professa crer “ na inspiração divina verbal e plenária da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé e prática para a vida e o caráter cristão.

VOCABULÁRIO

Alegoria : Modo de expressão que procura representar pensamentos e ideias sob forma figurada.
Hipérbole: Figura de linguagem que consiste no exagero de uma expressão ou ideia. Exemplos: “Morrer de rir” , “chorar rios de lágrimas”.
Símile: Figura de linguagem que denota o que é semelhante, análogo. Exemplos: “ Sedes prudentes como a serpente” .
Sinal diacrítico: Sinal gráfico que junto à letra altera sua fonologia. Exemplos: acento agudo, cedilha, til etc.

REVISANDO O CONTEÚDO

1) O que as Escrituras reivindicam ? R. As Escrituras reivindicam que a mensagem bíblica veio da parte de Deus.
2) O que é Inspiração Plenária? R. A inspiração plenária da Bíblia é a inspiração total e completa, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento.
3) Cite um gênero literário e três figuras de linguagens. R. Narrativa; parábola, hipérbole e metáforas.
4) Quais os dois pressupostos básicos de inspiração divina do Novo Testamento? R. O Novo Testamento possui dois pressupostos básicos de sua inspiração:
a) a promessa de Cristo de enviar o Espírito Santo para guiar os discípulos (Jo 14.26);
b) os escritos bíblicos que vindicam esse cumprimento (At 2.4; l Co 2.10; Ef 35).
5) O que não é possível acontecer sem que haja o mover do Espírito Santo? R. Sem o mover do Espírito não é possível nem aceitar e nem entender a Palavra de Deus (Mt 13.15; 1 Co 2.14).

Lição 03: A Inerrância da Bíblia | Escola Biblica Dominical

TEXTO ÁUREO

“ Porque na verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem , nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.” (Mt 5.18)

VERDADE PRÁTICA

A doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum denomina-se “Inerrância das Escrituras”. Por isso podemos confiar em sua mensagem que é incorruptível.

LEITURA DIÁRIA

Segunda – Jo 10.35 A Palavra de Deus não pode ser anulada
Terça – Sl 119.160 As Escrituras Sagradas atestam a verdade divina
Quarta – Jo 14.17 O Espírito Santo manteve a revelação divina incorruptível
Quinta – Jo 17.17 A Palavra de Deus é a verdade que santifica
Sexta – Mt 5.17,18 A Palavra de Deus possui suprema autoridade na vida do cristão
Sábado – Sl 12.6 A Bíblia é divinamente infalível em toda a matéria que aborda

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Mateus 5.17-21; Hebreus 10.15-17

Mateus 5
17 – Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir.
18 – Porque na verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei sem que tudo seja cumprido.
19 – Qualquer, pois, que violar um destes menores mandamentos e assim ensinar aos homens será chamado o menor no Reino dos céus; aquele, porém, que os cumprirá e ensinar será chamado grande no Reino dos céus.
20 – Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
21 – Ouvistes o que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo.

Hebreus 10
15 – E também o Espírito Santo no-lo testifica, porque depois de haver dito:
16 – Este é o concerto que farei com eles depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei as minhas leis em seu coração e as escreverei em seus entendimentos; acrescenta:
17 – E jamais me lembrarei de seus pecados e de suas iniquidades

Hinos Sugeridos: 140 ,173, 557 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA

  1. INTRODUÇÃO
    A mensagem da Bíblia não contém erros. A Palavra de Deus é incorruptível e, por isso, plenamente confiável.
    Logo, nesta lição temos o objetivo de mostrar que a Bíblia é verdade em tudo o que diz. Quem põe seus ensinamentos em prática atesta a promessa da bem-aventurança, pois está em paz com Deus e consigo mesmo. A Bíblia, portanto, é toda a verdade de Deus de que o ser humano precisa.
  2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
    A) Objetivos da Lição:
    I)
     Informar que a Bíblia é isenta de qualquer tipo de erro;
    II) Explicar que o Espírito Santo manteve a revelação divina incorruptível;
    III) Constatar que a Bíblia é a verdade de Deus.
    B) Motivação: A Bíblia é como uma bússola que nos aponta para o destino que almejamos chegar. Sem ela é possível tomar outro rumo, escolher falsos caminhos e pegar outra jornada. A Bíblia é a verdade para quem deseja chegar ao céu.
    C) Sugestão de Método: Você pode introduzir a aula desta semana apresentando imagens de pessoas que fizeram trilhar e se perderam no caminho. Isso pode ser apresentado por meio de reportagens ou sites. A ideia é mostrar a consequência de usar uma fonte mentirosa que pode nos levar a um caminho perigoso. Nosso propósito é constatar que, diferentemente dos caminhos movediços, a Bíblia nos proporciona um caminho seguro.
  3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
    A) Aplicação: Aplique a lição desta semana conclamando aos alunos a viverem a verdade segura da Bíblia. A melhor maneira de experimentar a verdade da Bíblia é praticando-a. Daí vem a verdadeira felicidade do crente.
  4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
    A)
     Revista Ensinador Cristão: Vale a pena conhecer essa revista que traz reportagens, artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.37, você encontrará um subsídio especial para esta lição.
    B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na preparação de sua aula:
    l) O texto “ Significados dos Termos” aprofunda 0 primeiro tópico, a respeito do conceito de Inerrância da Bíblia;
    2) O texto “ Buscando pelo ouro das Escrituras” traz uma oportunidade de aplicação do terceiro tópico para o professor e a professora, mostrando o quanto vale a pena buscar o sublime valor da Bíblia, a inerrante e infalível Palavra de Deus.

INTRODUÇÃO

Infalibilidade e Inerrância são vocábulos que apontam a veracidade das Escrituras. Indicam que a Bíblia Sagrada não falha e não erra. Significa afirmar que ela é a verdade em tudo o que diz, tanto em questões espirituais quanto históricas e científicas (Mt 5.17,18; Jo 10.35). Nesta lição, veremos a Inerrância, a preservação e a verdade da Palavra de Deus.

Palavra-Chave: ( Inerrância )

I – O QUE É INERRÂCIA DA BÍBLIA

l. O conceito de Inerrância bíblica.
A Inerrância é a doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum. Significa que ela é verdadeira em tudo o que afirma. Desse modo, a Escritura é isenta de erros nos aspectos doutrinários, espirituais, históricos, culturais, científicos e em todos os demais temas. O argumento é irrefutável: Deus não pode errar, e, como a Bíblia é divinamente inspirada, ela não pode conter erros. Assim sendo, a Inerrância, a infalibilidade e a inspiração estão entrelaçadas. Nesse sentido, nossa declaração de Fé professa que “ a Bíblia é a nossa única fonte de autoridade, a inerrante, infalível, completa e inspirada Palavra de Deus” (SI 19.7Jo 10.35).

2. A Bíblia reivindica a sua inerrância.
O termo inerrância” não aparece na Bíblia, mas a ideia está presente nas páginas do texto sagrado. No livro de Provérbios está escrito que “ toda palavra de Deus é pura” (Pv 30.5); 0 salmista afirma que “ a palavra do Senhor é provada” (SI 18.30); Samuel assegura que “ o caminho de Deus é perfeito e a palavra do Senhor, refinada” (2 Sm 22.31). Cristo atestou a inerrância ao afirmar que nem um jota ou um til se omitirá da lei (Mt 5.18); o Senhor igualmente ratificou que “ a Escritura não pode ser anulada” (Jo 10.35); e que a “ Palavra é a verdade” (Jo 17.17) – Essas declarações indicam que a Bíblia é plenamente confiável, sem nenhum a falsidade ou equívoco.

3. A infalibilidade e a inerrância da Bíblia.
O vocábulo “ infalível” indica o “ que não pode, nem consegue falhar”. Em relação à Bíblia, significa que as suas palavras hão de se cumprir cabalmente (Is 55.11). Por causa da etimologia, os termos “ inerrância” e “ infalibilidade” são por vezes confundidos como sinônimos. Não obstante, outros afirmam que a Bíblia é somente infalível quanto à sua mensagem salvífica, e não a consideram como inerrante. Por isso, preferimos o uso de ambos os termos, isto é, cremos e ensinamos que a Bíblia é infalível (incapaz de falhar), e, é igualmente inerrante (livre de erro). Negar essas verdades é desacreditar de sua autoridade e inspiração divina (Jd 1.3 ,4 )

SINÓPSE I

A Bíblia é totalmente inspirada por Deus e está isenta de qualquer erro e, por isso, é a nossa autoridade final de fé e prática.

AUXÍLIO TEOLÓGICO

“ Significados dos Termos […] ‘Inerrância’ trata -se de um conceito estreitamente relacionado, mas é um termo mais recente […]. Traz a conotação de que a Bíblia não contém nenhum erro de ação (erros materiais), nem contradições internas (erros formais). […]. O conceito de infalibilidade volta-se ao conhecimento pessoal que alguém tenha de Deus […]. A inerrância ocupa-se mais especificamente com a transmissão precisa dos detalhes da revelação.
Embora em muitas composições teológicas os dois termos sejam usados intercambiavelmente, infalibilidade é o termo mais abrangente. Quem crê na Bíblia inerrante também crê na Bíblia infalível. […] Jesus, como os judeus da época do Antigo Testamento, creem que a fidedignidade das Escrituras não abrangia apenas seus ensinamentos mais importantes, mas também detalhes mais insignificantes […] (Mt 5.18). Essa perspectiva foi reiterada pelo apóstolo Paulo (At 24.14; 2 Tm 3.16). Desse modo, a autoridade de Jesus e de Paulo apoia a crença em tudo o que a Escritura assevera. Espera-se daqueles que chamam Jesus de Senhor aceitarem seus ensinamentos, que tenham as Escrituras em alta conta, como Jesus as tinha” (COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995 , pp.63,67-68).

II – O ESPÍRITO SANTO PRESERVOU AS ESCRITURAS

1. Os manuscritos autógrafos.
Os manuscritos originais são chamados de autógrafos. São os textos com a grafia de próprio punho do autor bíblico ou de seu escrevente (Fm 1.19; Rm 16.22). Neles foram primeiramente registradas as palavras inspiradas pelo Espírito Santo (2 Pe 1.21). Cremos que a inerrância das Escrituras pertence a esses documentos, e que as cópias fiéis desses manuscritos preservaram a exatidão dos originais. O Espírito Santo providencialmente manteve a revelação divina incorruptível (Jo 14.17; 16.13,14). Fora dessa compreensão, a Bíblia não seria fonte de autoridade (Jo 5 -3 9 ; G1 3.8-22).

2. Os manuscritos apógrafos.
As cópias dos manuscritos originais são chamadas de apógrafos. Atualmente, existem cerca de 25.000 cópias dos manuscritos bíblicos, a maioria deles em hebraico, grego e latim . Os escribas judeus transcreveram os originais do Antigo Testamento com precisão milimétrica. E as inúmeras cópias dos manuscritos do Novo Testamento também afiançam a credibilidade desses escritos. Nessa perspectiva, cremos que o ato da inspiração aconteceu uma só vez na redação primária da Palavra de Deus (os autógrafos), mas a qualidade dessa inspiração foi preservada pelo Espírito Santo nas cópias dos originais (os apógrafos). Assim sendo, a versão da Bíblia fidedigna aos originais, não deixou de manter a exatidão do real significado das palavras inspiradas por Deus (Mt 5.18; 2 4 .35).

3. Os apócrifos e pseudoepígrafos.
Nossa Declaração de Fé assegura que os manuscritos apócrifos (“escondidos”), tais com o, Tobias, Judite, Macabeus, Baruque, e outros, apresentam meros, anacronismos, doutrinas falsas e práticas divergentes das Escrituras, a exemplo da oração pelos mortos. Os pseudo epigrafo (“ falsos escritos”), dentre eles, a Assunção de Moisés e o Apocalipse de Pedro, foram produzidos por autores anônimos e espúrios, que atribuíram indevidamente sua autoria a profetas e apóstolos. Na Bíblia dos judeus atestada por Jesus como a “ Lei, Profetas e Escritos ” (Lc 24 .4 4 ) não faziam parte os livros apócrifos, nem os pseudoepígrafos. Por essa razão eles não integram o cânon bíblico protestante. Dessa forma, não reconhecemos a autoridade desses livros por não serem inspirados pelo Espírito Santo.

SINÓPSE II

O Espírito Santo manteve a revelação divina incorruptível, bem como a exatidão das palavras originalmente inspiradas por Deus.

III – A VERDADE NAS ESCRITURAS

1. A Bíblia é a verdade plena.
O termo “ verdade”, do hebraico emeth, significa o que é “confiável” e “correto” . O vocábulo grego aletheia tem o sentido de “real” e “fidedigno”. Nas Escrituras corresponde à realidade exata dos fatos em concordância com o pensamento de Deus. A Bíblia ensina que Deus é a verdade (Jo 14.6; Rm 3.4) e a sua Palavra também é a verdade (Jo 17.17) – O escritor aos Hebreus declara que é “ impossível que Deus minta ” (Hb 6.18). Paulo ratifica que Deus “ não pode mentir” (Tt 1.2). Em vista disso, cremos que a Palavra de Deus possui autoridade (Mt 5.17,18); e deve ser obedecida acima de qualquer autoridade humana (Mt 15.3-6). Assim, esses textos servem de base para a afirmação: “ o que a Bíblia diz é o que Deus diz”.

2. A verdade espiritual e moral.
Nossa Declaração de Fé afirma que a Bíblia nos revela o conhecimento completo de Deus, não sendo necessário nenhum a nova revelação para a nossa salvação e cresceu em tempo espiritual (Dt 4.2; Pv 30.5,6). Antônio Gilberto ensinou que tudo o que Deus requer do homem , e tudo o que o homem precisa saber, quanto à sua redenção, está revelado na Bíblia. Igualmente, a ética oral se fundamenta na revelação divina. Os padrões bíblicos para o nosso viver não podem sofrer mudanças. Aquilo que a Palavra de Deus diz ser pecado, permanece sendo pecado. Por isso, os valores cristãos são permanentes, pois a fonte de autoridade é permanente (Mt 24.35). Assim , enfatizamos que a Bíblia é a inerrante verdade tanto espiritual quanto moral.

3. A verdade histórica e científica.
Cremos que a Bíblia é divinamente infalível em toda a matéria que aborda (Sl 12.6; 19.8). John Wesley escreveu que se houver um erro, pode haver mil. E, se existir alguma falsidade então a Bíblia não é o livro da verdade de Deus. Por conseguinte, a Escritura não se equivoca quando descreve a criação, os eventos da história e os fenômenos da ciência. Significa que Deus guiou os autores bíblicos e os preservou do registro de inverdades de qualquer natureza (2 Pe 1.21). Assim sendo, endossam os que a Bíblia Sagrada é a verdade inspirada de Deus, inerrante em sua totalidade, isenta de toda a falsidade, fraude ou engano.

SINOPSE III

Deus é a verdade e, sua Palavra, é a sua extensão. Tudo o que a Bíblia ensina tanto na teologia, história ou ciência é a verdade.

AUXÍLIO DE EDUCAÇÃO CRISTÃ

“ [Buscando pelo ouro das Escrituras]
Nenhuma meta seria mais elevada do que ir pelo ‘ouro’ das Escrituras. A Bíblia muitas vezes se refere a si como ouro ou pedras preciosas, como o rubi, a fim de frisar 0 sublime valor do seu conteúdo. Por exemplo, Davi escreveu: ‘Os juízes do SENHOR são verdadeiros e justos juntamente. Mais desejáveis são do que o ouro, sim , do que muito ouro fino’ (Sl 19.9,10). O Salmos 119 , aquele que exalta a Palavra de Deus em quase todos os seus 176 versículos, inclui esta declaração pelo salmista: ‘melhor é para mim a lei da tua boca do que inúmeras riquezas em ouro ou prata’ (SL 119.72). No mesmo […] [texto], o salmista escreveu que ele ama os mandamentos de Deus ‘mais do que o ouro, e ainda mais do que o ouro fino’. Como estudante da Palavra, os professores cristãos devem garimpar o ouro da Escritura, cavando ‘filões’ nas profundezas da Bíblia e peneirando as verdades das Escrituras para si mesmos. Exploração diária das riquezas da Palavra enriquece a vida dando mais capacidade para os professores cristãos guiarem outros nas mesmas explorações” (GANGEL, Kenneth O; HENDRICKS, Howard G (Eds.). Manual de Ensino para o Educador Cristão: Compreendendo a natureza, as bases e o alcance do verdadeiro ensino cristão. 4.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2005, p.307).CONCLUSÃO

Apesar de alguns considerarem redundante o uso dos termos inspiração, inerrância e infalibilidade para legitimar a autoridade das Escrituras Sagradas, nossa ortodoxia professa e ensina que a Bíblia é a inspirada Palavra de Deus, inerrante e infalível com plena autoridade em tudo o que diz.

VOCABULÁRIO

Anacronismo: Erro de cronologia (ou datas) relativo a fatos ou pessoas.
Espúrios: Não genuíno, hipotético, simulado.

REVISANDO O CONTEÚDO

  1. O que é inerrância? R. A inerrância é a doutrina segundo a qual a Bíblia não contém erro algum. Significa que ela é verdadeira em tudo o que afirma.
  2. Mencione textos bíblicos em que a ideia de inerrância esteja presente. R. Jo 10.35; Jo 17.17.
  3. O que são os manuscritos autógrafos? R. Os manuscritos originais são chamados de autógrafos. São os textos com a grafia de próprio punho do autor bíblico ou de seu escrevente (Fm 1.19; Rm 16.22).
  4. O que são os manuscritos apógrafos? R. As cópias dos manuscritos originais são chamadas de apógrafos.
  5. Por que a Bíblia não se equivoca quando descreve a criação, os eventos da história e os fenômenos da ciência? R. Porque Deus guiou os autores bíblicos e os preservou do registro de inverdades de qualquer natureza (2 Pe 1.21).
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