OFICINA DE PREGAÇÃO
DESPERTANDO NOVOS PREGADORES
1. A igreja necessita de novos pregadores. De pessoas que se disponham a anunciar a palavra.
2. O que é pregar?
3. O que deve conter a pregação?
3.1. Objetividade
3.2. Transmissão
3.3. Convicção
4. A base da pregação ou do sermão
4.1. A palavra de Deus
4.2. Que texto bíblico escolher?
· De preferência textos que expressem um pensamento completo;
· Textos claros. Devem-se evitar textos obscuros como Jd 6; Mt 27.52; 1 Pe 3.19-20 (exigem estudo mais profundo).
· Textos objetivos: que atendam às necessidades espirituais das pessoas (Com oração e unção).
· Textos sobre os quais não haja dificuldade para a interpretação (hermenêutica).
· Textos dentro dos limites de capacidade do pregador.
· Textos que expressem o tema da pregação para não fugir ao objetivo.
· Texto que desperte interesse (Com oração, o Espírito mostra o que deve ser pregado).
· Textos cuja seqüência seja de fácil acompanhamento pelo pregador e pelo auditório.
4. A Estrutura de uma pregação. A pregação tem 03 partes:
4.1. Introdução. Deve ser interessante, breve, tem o objetivo de preparar o ouvinte
4.2. Corpo do sermão. Deve conter pontos ou divisões.
4.3. Conclusão. Podemos recapitular o assunto, fazer um resumo, um apelo, um convite para salvação, etc..
5. Tipos de sermões
5.1. SERMÃO TEMÁTICO (Ou Tópico).
É aquele “cujas divisões principais derivam do tema, independentemente do (Braga, p.17).
Exemplo: Tema: “Causas para a Oração não Respondida”:
1) Pedir mal. (Tg 4.3);
2) Pecado não confessado (S1 66.18);
3) Duvidar da palavra de Deus (Tg 1.6-7);
4) Vãs repetições (Mt 6.7);
5) Desobediência à Palavra (Pv 18.9);
6)Mal relacionamento conjugal (1 Pe 3.7);
5.2. SERMÃO TEXTUAL
É aquele em que as divisões principais do derivadas de um TEXTO constituído de UMA BREVE PORÇÃO DA BÍBLIA ( Braga, p. 30).
Exemplo: Titulo: “O Único Caminho Para Deus” (Jo 14.6).
1) Através de Jesus, o único caminho.
2) Através de Jesus, a verdade.
3)Através de Jesus, a vida.
5.3. SERMÃO EXPOSITIVO
É aquele em que as divisões baseiam-se numa porção mais extensa (texto) da Bíblia, não abrangendo “um só versículo, mas uma passagem, um capítulo, vários capítulos, ou mesmo um livro inteiro” (Cabral, p. 78). Nele , é mostrada (exposta) uma verdade contida num texto bíblico. Exige tempo, estudo e conhecimento bíblico.
Exemplo: Titulo: “O Cordeiro de Deus” (Ex 12. 1-13)
1)Foi um cordeiro divinamente determinado (vv. 12.1-3)
2) Foi um cordeiro perfeito (12.5);
3) Foi um cordeiro morto (12.6);
4) Foi um cordeiro redentor (12.7; 12-13);
5) Foi um cordeiro sustentador (12.8-11).
6. QUALIDADES DO BOM PREGADOR
1. Personalidade. É o que caracteriza uma pessoa e a torna diferente de outra. “É tudo quanto o indivíduo é”. Na pregação, o pregador demonstra que tem personalidade, quando se expressa, falando ou gesticulando, de acordo com aquilo que ele é e não imitando outras pessoas. De vez em quando, percebe-se pregadores , imitando evangelistas famosos, dando gritos, pulando e correndo no púlpito, torcendo o pescoço, ajeitando a gravata, falando rouco ou estridente. Isso é falta de personalidade. É querer ser ator, imitador e não um instrumento nas mãos do Espírito Santo.
2. Espiritualidade.Nessa característica, podemos observar os seguintes aspectos:
1) Piedade. É o sentimento de devoção e amor pelos outros e pelas coisas de Deus. O pregador deve sentir pelo Espírito as necessidades do auditório, principalmente dos pecadores. (1 Tm 4.8; Hb 12.28).
2) Devoção. É o sentimento religioso, de dedicação às práticas ensinadas na Palavra de Deus. Na devoção, o pregador busca inspirar-se na ORAÇÃO, na LEITURA DA BÍBLIA, e no LOUVAR A DEUS. Temos visto verdadeiros profissionais da pregação, técnicos, que sabem pregar, mas não sabem orar; sabem gritar, mas não sabem amar as almas. Pregam por interesse, por torpe ganância. Que os jovens pregadores (e os antigos) não entrem por esse caminho. Conta-se que Moody, o grande evangelista, orava uma hora para pregar cinco minutos. Enquanto isso, temos pregadores que oram cinco minutos para pregarem uma hora!
3) Sinceridade. Reflete a verdade contida na própria alma. O pregador deve pregar aquilo que vive e viver aquilo que prega (Tg 2.12). Um jovem, dirigente de Mocidade, pregava bem. O povo se alegrava. Mas, um dia, uma jovem descrente procurou a direção da igreja para dizer que estava gravida dele e, o pior, o jovem não assumiu a paternidade. Por fim, confessou o pecado, foi excluído, e contribuiu para uma alma descrer do evangelho.
4) Humildade. “Nenhum pregador pode subir ao púlpito sem antes ter descido, pela oração, os degraus da humildade. Na oração, o egoísmo se quebranta. O medo se desfaz, e a certeza da vitória aparece clara como a luz do sol ao meio-dia” (Cabral, p. 43). (Ler Pv 15.33). Um jovem vivia criticando quem ia pregar, dizendo que, se fosse ele, pregaria muito melhor. Um dia, o pastor deu oportunidade ao moço para pregar. Ele subiu ao púlpito, orgulhoso, sorridente. Tentou achar um texto na Bíblia, de um lado para outro, e nada. Suou, pediu desculpa, e desceu cabisbaixo. Sentou noutro lugar, junto a um irmão experiente, que, percebendo sua tristeza, disse: “Moço, se você tivesse subido como desceu (humilde), teria descido como subiu (alegre)”. E uma grande lição para todo pregador.
5) Poder. O pregador (jovem ou não) precisa do Poder de Deus. S. Paulo disse que não pregava sabedoria humana, mas com poder (1 Co 1.4-5). É preciso ter unção e graça para pregar. Do contrário, ocupa-se o púlpito e o tempo para dizer coisas inoportunas. E melhor um sermão fora da Homilética, mas na unção de Deus, do que dentro da técnica, e sem poder. Isso só se consegue com oração, jejum, leitura bíblica, e vida consagrada. Não se obtém num curso de Homilética.
Um grande Abraço. Que Deus te abençoe!
Pr. Josias Moura de Menezes