Para reflexão: UMA DEFINIÇÃO DE PREGAÇÃO BÍBLICA

UMA   DEFINIÇÃO   DE   PREGAÇÃO   BÍBLICA

John Stott

Pretendo fornecer uma definição de exposição bíblica e apresentar uma defesa dela. Parece-me que essas duas tarefas pertencem uma à outra pelo fato de que a defesa da exposição bíblica deve ser achada em sua definição. Aqui, então, está a definição: Expor as Escrituras é esclarecer o texto inspirado com talfidelidade e sensibili­dade que a voz de Deus seja ouvida e seu povo lhe obedeça.

Agora me permita extrair as implicações dessa definição de tal modo que apresente uma defesa da exposição bíblica. A definição contém seis implicações: duas convicções a respeito do texto bíblico, duas obrigações para expô-lo e duas expectativas como conseqüência.

Duas convicções a respeito do texto bíblico

(1) Ele é um texto inspirado. Expor as Escrituras é esclarecer o texto inspirado. Revelação e inspiração andam juntas. Revelação descreve a iniciativa que Deus to­mou de desvelar-se e, assim, mostrar-se, já que, sem essa revelação, ele permanece­ria o Deus desconhecido. Inspiração descreve o processo pelo qual ele fez isso, isto é, falando aos profetas e aos apóstolos bíblicos e por meio deles, e sussurrando sua Palavra de sua boca de tal forma que ela também saísse da boca deles. Caso con­trário, seus pensamentos teriam sido inatingíveis para nós.

A terceira palavra éprovidência, isto é, a amável provisão pela qual Deus provi­denciou para que as palavras que ele disse fossem escritas de forma a constituírem o que chamamos de Escrituras e, desse modo, as preservou ao longo dos séculos de forma a serem acessíveis a todas as pessoas em todos os lugares e em todos os tempos. As Escrituras, portanto, são a palavra de Deus escrita. É sua auto-reve-laçao de forma falada e escrita. As Escrituras são o produto da revelação, inspiração e providência de Deus.

Essa primeira convicção é indispensável para pregadores. Se Deus não tivesse falado, nós não nos atreveríamos a falar, porque não teríamos nada a expressar exceto nossas triviais especulações. Mas já que Deus falou, nós também precisa­mos falar, comunicando a outros o que ele nos comunicou nas Escrituras. De fato, nós nos recusamos a ser silenciados. Como Amós o coloca: “O leão rugiu, quem não temerá? o senhor, o Soberano, falou, quem não profetizará?”, isto é, passe adiante a Palavra que ele disse. Similarmente, Paulo, ecoando o Salmo 116.10, escreveu: “Nós também cremos e, por isso, falamos” (2Co 4.13). Isto é, acredita­mos no que Deus disse e é por isso que também falamos.

Tenho pena do pregador que chega ao púlpito sem Bíblia em suas mãos ou com uma Bíblia que é mais trapos e farrapos do que a Palavra do Deus vivo. Ele não pode expor as Escrituras porque não tem Escrituras para expor. Ele não pode falar porque não tem nada a dizer, ao menos nada importante. Ah, mas dirigir-se ao púlpito com a confiança de que Deus falou, que ele fez com que o que disse fosse escrito, e que temos esse texto inspirado em nossas mãos, aí sim nossa cabeça começa a girar, e nosso coração a bater, e nosso sangue a correr, e nossos olhos a brilhar com a glória absoluta de ter a palavra de Deus em nossas mãos e lábios.

Essa é a primeira convicção, e a segunda é esta:

(2) O texto inspirado é, até certo ponto, um textofechado. Essa é a implicação da minha definição. Expor as Escrituras é esclarecer o texto inspirado. Assim, ele precisa estar parcialmente fechado se for para ser esclarecido. E eu penso que imediatamente vejo seus “pêlos protestantes” eriçados com indignação. O que você quer dizer? Por acaso é que as Escrituras estão parcialmente fechadas? As Escrituras não são um livro completamente aberto? Você não acredita no que os reformadores do século XVI ensinaram a respeito da clareza das Escrituras, que elas são transparentes? Não pode até mesmo o simples e o inculto ler a Bíblia por si mesmo? Não é o Espírito Santo o nosso mestre dado por Deus? E, com a Palavra de Deus e o Espírito de Deus, não devemos dizer que não precisamos do magistério eclesiástico para nos instruir?

Eu posso responder com um ressonante sim a todas essas questões, mas o que você diz de maneira correta precisa ser classificado. A insistência dos reformadores na clareza das Escrituras se referia à sua mensagem central — seu evangelho de salvação pela fé em Jesus Cristo somente. Isso é claro como o dia nas Escrituras. Mas os reformadores não sustentavam que tudo nas Escrituras estava claro. Como eles po­deriam fazer isso, quando Pedro disse que existiam algumas coisas nas cartas de Paulo que nem ele conseguia entender (2Pe 3.16)? Se um apóstolo nem sempre entendia outro apóstolo, dificilmente seríamos modestos se disséssemos que nós entendemos.

A verdade é que precisamos uns dos outros na interpretação das Escrituras. A igreja é corretamente chamada de comunidade hermenêutica, uma comunhão de crentes em que a Palavra de Deus é exposta e interpretada. De modo particular, precisamos de pastores e professores para expô-la, para esclarecê-la de modo que a possamos entender. E por isso que o Jesus Cristo que ascendeu, de acordo com Efésios 4.11, ainda está dando pastores e mestres à sua igreja.

Você se lembra o que o eunuco etíope disse na carruagem quando Felipe lhe perguntou se ele havia entendido o que estava lendo em Isaías 53? Ele disse: “Ora, é claro que posso. Você não acredita na clareza das Escrituras?”. Não, ele não disse isso. Ele disse o seguinte: “Como posso entender se alguém não me explicar?” (At

8.31).

E Calvino, em seu maravilhoso comentário desse trecho em Atos, escreve a respeito da humildade do etíope, dizendo que ele gostaria que houvesse mais homens e mulheres humildes em seus dias. Ele contrasta essa humildade com aqueles que descreveu como arrogantes e confiantes em suas próprias aptidões para entender. Calvino escreveu:

E por isso que a leitura das Escrituras dá resultado com tão poucas pessoas hoje em dia porque mal se acha um em cem que alegremente se submete ao ensino. Ora, se qualquer um de nós for ensinável, os anjos descerão do céu para nos ensinar. Não precisamos de anjos. Nós deveríamos usar todos os auxílios que o Senhor coloca diante de nós para o entendimento das Escrituras e, em particular, pregadores e mestres.

Mas se Deus nos deu as Escrituras, ele também nos deu mestres para expô-las. E aqueles de nós que foram chamados para pregar precisam se lembrar disso. Como Timóteo, devemos nos devotar à leitura pública das Escrituras e à pregação e ensino (lTm 4.13). Devemos tanto ler as Escrituras para a congregação como extrair toda nossa instrução e exortação doutrinais delas.

Aqui, portanto, está o exemplo bíblico de que Deus nos deu nas Escrituras um texto que é tanto inspirado, tendo origem ou autoridade divinas, quanto, até certo ponto, é fechado ou é difícil de entender. Portanto, em adição a nos ter dado o texto, ele nos deu professores para esclarecer o texto, explicá-lo e aplicá-lo à vida das pessoas hoje.

Duas obrigações na exposição do texto

Posto que o texto inspirado precisa ser exposto, como isso deve ser feito?

Antes que eu tente responder a essa pergunta, permita-me dirigir-nos a uma das principais razões pelas quais o texto bíblico é, até certo ponto, fechado e difícil de entender. Isso diz respeito ao abismo cultural que se abre de forma muito ampla e profunda entre os dois mundos — o mundo antigo em que Deus falou sua Palavra e o mundo moderno em que nós a ouvimos. Quando lemos a Bíblia, retrocedemos dois milênios além da revolução do microprocessador, além da revolução eletrônica, além da revolução industrial, retrocedemos e voltamos a um mundo que há muito tempo cessou de existir. Assim, mesmo quando lemos a Bíblia em uma versão mo­derna, ela parece esquisita, ela soa arcaica, ela parece obsoleta e parece antiquada. Nós somos tentados a perguntar, como muitas pessoas fazem: O que esse antigo livro tem a me dizer?

Não se ressinta do abismo cultural entre o mundo antigo em que Deus falou e o mundo moderno em que nós vivemos. Não se ressinta disso porque isso nos causa problemas. E umas das glórias da revelação que, quando Deus decidiu falar a seres humanos, ele não falou em sua própria linguagem, porque se Deus tem uma linguagem própria e nos tivesse falado por meio dela, nós certamente nunca a teríamos entendido. Em vez disso, ele condescendeu em falar em nossas lin­guagens, particularmente no hebraico clássico e no grego comum. E, ao falar as linguagens do povo, ele espelhou as próprias culturas deles, as culturas do antigo Oriente Próximo e do mundo greco-romano e do judaísmo palestino. E esse fato do condicionamento cultural das Escrituras, da conseqüente tensão entre o mun­do antigo e o mundo moderno que determina a tarefa da exposição bíblica e coloca sobre nós nossas duas obrigações.

(1) A primeira obrigação é fidelidade ao texto bíblico. Você e eu precisamos aceitar a disciplina de nos colocar dentro da situação dos autores bíblicos — sua história, geografia, cultura e linguagem. Se negarmos essa tarefa ou se a realizar­mos de um modo relaxado ou indiferente, isso será indesculpável. Isso expressa desprezo pela maneira que Deus escolheu para falar ao mundo. Lembre-se, esta­mos lidando com o texto inspirado por Deus. Dizemos que acreditamos nisso, mas nosso uso das Escrituras nem sempre é compatível com o que dizemos ser nossa visão das Escrituras. Com que cuidado diligente, meticuloso e consciente deveríamos estudar por nós mesmos e esclarecer a outros as exatas palavras do Deus vivo! Assim, o erro mais grosseiro que podemos cometer , é impor nossos pensamentos de século XXI às mentes dos autores bíblicos, para manipular o que eles disseram a fim de adaptar isso ao que gostaríamos que eles tivessem dito e, depois, reivindicar a defesa deles às nossas idéias.

Calvino acertou novamente quando, em seu prefácio ao comentário da carta aos romanos, escreveu uma bela frase: “É a primeira tarefa de um intérprete deixar seu autor dizer o que ele diz em vez de lhe atribuir o que nós pensamos que ele deve dizer”. É aí que começamos. Charles Simeón disse: “Meu empenho é tirar das Escrituras o que está ali e não acreditar no que eu penso que possa estar lá”.

Isso, então, é nossa primeira responsabilidade — fidelidade à antiga palavra das Escrituras.

(2) A segunda obrigação é sensibilidade para com o mundo moderno. Embora Deus tenha falado ao mundo antigo em suas próprias línguas e culturas, ele pretendeu que sua Palavra fosse para todas as pessoas em todas as culturas, incluindo a nós no começo do século XXI em que nos chamou para viver. Portanto, o expositor bíblico é mais do que um exegeta. O exegeta explica o significado original do texto. O expositor vai adiante e aplica isso ao mundo moderno. Precisamos nos esforçar para entender o mundo em que Deus nos chamou para viver, pois ele está mudando rapidamente. Precisamos sentir sua dor, sua desorientação e seu desespero. Tudo isso é parte de nossa sensibilidade cristã na compaixão pelo mundo moderno.

Aqui, portanto, está nossa obrigação dupla como expositores bíblicos: esclare­cer o texto inspirado das Escrituras tanto com fidelidade ao mundo antigo quanto com sensibilidade para com o mundo moderno. Nós não devemos nem falsificar a Palavra a fim de obter uma pretensa relevância nem devemos ignorar o mundo moderno a fim de obter uma pretensa fidelidade. É a combinação de fidelidade com sensibilidade que cria o expositor autêntico.

Mas porque esse processo é difícil, ele também é raro. A falha característica dos evangélicos é serem bíblicos, mas não contemporâneos. A falha característica dos liberais é serem contemporâneos, mas não bíblicos. Poucos de nós sequer começam a se importar com ser ambas as coisas simultaneamente.

A medida que estudamos o texto, precisamos nos fazer duas perguntas na ordem certa. A primeira é: O que ele significou? Ou, se você preferir: O que ele significa?, porque ele significa o que significou. Como alguém disse: “Um texto significa o que seu autor quis dizer”.

Assim, o que ele significou quando ele o escreveu? Então fazemos a segunda pergunta: O que ele diz? Qual é sua mensagem hoje no mundo contemporâneo? Se agarramos seu significado sem irmos à sua mensagem, o que ele diz a nós hoje, nós nos entregamos ao estudo de antigüidades que não está relacionado ao pre­sente ou ao mundo real em que Fomos chamados para ministrar. Se, entretanto, começamos com a mensagem contemporânea sem nos ter dado à disciplina de perguntar: “O que isso significou originariamente?”, então nos entregamos ao existencialismo — sem relação com o passado, sem relação com a revelação que Deus deu em Cristo e pelas testemunhas bíblicas de Cristo. Precisamos fazer am­bas as perguntas e precisamos fazê-las na ordem correta.

Duas expectativas como conseqüência

Se estamos convencidos de que o texto bíblico é inspirado, ainda que fechado ou precisando ser aberto até certo ponto, e se aceitamos nossa obrigação de abrir o texto de um modo que é tanto fiel quanto sensível, o que podemos esperar que aconteça?

(1) Podemos esperar ouvir a voz do próprio Deus. Nós acreditamos que Deus falou por meio dos autores bíblicos, mas também precisamos acreditar que Deus fala por meio do que ele falou.

Essa era a convicção dos apóstolos em relação ao Antigo Testamento. Eles inserem suas citações do Antigo Testamento com uma ou outra de duas fórmulas: ou “Está escrito”, ou: “A Palavra diz”. Paulo até mesmo poderia fazer a pergunta: “O que as Escrituras dizem?”. Nós poderíamos responder a ele: “Paulo, sem essa. O que você, por acaso, poderia estar pensando a respeito de O que as Escrituras dizem? As Escrituras são um livro antigo. Livros antigos não falam. Como você pode perguntar: “O que as Escrituras dizem?”. Mas as Escrituras falam. Deus fala por meio do que ele falou. O Espírito Santo diz: “Hoje, se vocês ouvirem a sua voz, não endureçam o seu coração” (veja Hb 3.7). A palavra de Deus é viva e poderosa, e Deus fala por meio dela com uma voz viva (4.12).

Agora, uma expectativa destas — a de que à medida que lemos e expomos as Escrituras Deus falará com uma voz viva — está em uma situação ruim hoje em dia. Como alguém disse: “Nós inventamos uma maneira de ler a Palavra de Deus da qual nenhuma palavra de Deus jamais surge”. Quando o momento para o sermão chega, as pessoas fecham seus olhos, apertam as mãos com uma fina mos­tra de piedade e reclinam-se para sua dose costumeira. E o pregador as encoraja com sua voz e maneira solenes.

Quão absoluta e radicalmente diferente é quando tanto o pregador como as pessoas esperam que o Deus vivo fale. As pessoas trazem sua Bíblia à igreja. Quando a abrem, sentam na beirada de sua cadeira e esperam que Deus fale. Elas esperam, famintas, uma palavra de Deus. O pregador se prepara de tal forma que espera que Deus fale. Ele ora antes do culto e no púlpito para que Deus faça isso. Ele lê e expõe o texto com grande seriedade de propósito. E, quando termina, ora novamente. Em meio a essa grande tranqüilidade e solenidade, quando sua mensagem acaba, todos sabem que Deus está presente e confronta seu povo consigo mesmo.

Essa é a primeira expectativa, e a segunda é esta.

(2) O povo de Deus lhe obedecerá. A Palavra de Deus exige uma resposta de obediência. Nós não devemos ser ouvintes esquecidos, mas obedientes. Nossa vida e saúde espirituais dependem disso. Por todo o Antigo Testamento, ouvimos a terrível lamentação de Deus: “Oh! Como gostaria que vocês ouvissem a minha voz”. Deus ainda está dizendo isso hoje. Ele continuou mandando seus profetas a seu povo, mas eles continuaram zombando de seus mensageiros, desprezaram suas palavras e ridicularizaram seus profetas, até que a ira de Javé foi despertada contra o seu povo e não havia remédio. O epitáfio gravado no túmulo de Israel era: “Eles se recusaram a ouvir”.

Temo que a situação seja a mesma nos dias de hoje. O dr. Lloyd-Jones es­creveu em seu grande livro Pregação e Pregadores que as eras decadentes da história da igreja foram aquelas em que a pregação decaiu. E verdade. Não apenas a pre­gação da Palavra, mas também o ouvir da Palavra decaiu. A pobreza espiritual de muitas igrejas por todo o mundo hoje é devida, mais do qualquer outra coisa, ou à falta de disposição em ouvir ou à incapacidade para ouvir a Palavra de Deus. Se indivíduos vivem pela Palavra de Deus, assim fazem as congregações. E uma con­gregação não pode amadurecer sem um ministério bíblico fiel e compreensivo e sem escutar a Palavra por si mesma.

Como devemos reagir? A reação à palavra de Deus depende do conteúdo da Palavra que foi falada.

    • Se Deus fala a nós a respeito de si mesmo, nós respondemos nos humilhan­do perante ele em adoração.
    • Se Deus fala a respeito de nós — nossa desobediência, leviandade e culpa — então respondemos em penitência e confissão.
    • Se ele fala a nós a respeito de Jesus Cristo e a glória de sua pessoa e obra, nós respondemos em fé, agarrando-nos a esse Salvador.
    • Se ele fala a respeito de suas promessas, nós nos determinamos a herdá-las.
    • Se ele fala a respeito de seus mandamentos, nós nos determinamos a obede­cer-lhes.
    • Se ele fala a nós a respeito do mundo exterior e suas colossais necessidades materiais e espirituais, então respondemos quando surge dentro de nós sua compaixão para levar o evangelho por todo o mundo, para alimentar os famintos e cuidar dos pobres.
    • Se ele fala a nós a respeito do futuro, a respeito da vinda de Cristo e da glória que se seguirá, então nossa esperança está acesa e decidimos ser santos e estar ocupados até que ele venha.

    O pregador que se aprofundou no texto, que o isolou e desenvolveu seu tema principal, e que ficou profundamente agitado ele mesmo pelo texto que estudou, baterá o martelo em sua conclusão. O pregador concederá às pessoas uma chance de reagir a ele, freqüentemente em oração silenciosa à medida que cada um é conduzi­do pelo Espírito Santo a uma obediência apropriada.

     

    É um enorme privilégio ser um expositor bíblico — estar no púlpito com a Palavra de Deus em nossas mãos, o Espírito em nosso coração e o povo de Deus perante nossos olhos aguardando esperançosamente a voz de Deus para ser ouvida e obedecida.

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