Sermão: Como ter uma vida frutífera?

Como ter uma vida frutífera?

João 15.1-6.

1 — Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.

2 — Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.

3 — Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.

4 — Estai em mim, e eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.

5 — Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer.

6 — Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.

7 – Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será concedido.

8 – Meu Pai é glorificado nisto: em que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.

9 – Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor.

Introdução

Jesus reservou um tempo para ensinar a respeito da árvore e seus frutos, ou seja, cada árvore deve produzir frutos condizentes com sua espécie.

Na parábola da videira Jesus mostra o quanto estamos ligados a Ele. Jesus falou dessa unidade com Ele de outras formas. A união entre o pastor e as ovelhas, a união entre o noivo e noiva, a união entre a cabeça e o corpo e agora passa a exemplificar a importância dessa unidade por meio da videira unida aos ramos.

Nesta parábola há 04 elementos importantes a destacar:

Em primeiro lugar, a videira. Em todo o Antigo Testa­mento, Israel é apresentado como a videira, a vinha do Senhor. Deus a plantou e a cercou com cuidados, mas Israel produziu uvas bravas. Então, agora, Jesus diz: Eu sou a videira verdadeira (15.1).

Em segundo lugar, os ramos. Sozinho, um ramo é frágil, infrutífero e imprestável, servindo apenas para ser queimado (Ez 15.1-8). O ramo não é capaz de gerar a própria vida; antes, deve retirá-la da videira. De igual forma, é nossa união vital com Cristo que nos permite dar frutos.

Em terceiro lugar, o agricultor. O trabalho do agricultor é cuidar da videira, a fim de que seus ramos produzam muitos frutos. Para isso, o agricultor levanta, limpa e poda os ramos. O agricultor poda os ramos de duas maneiras: a primeira é limpando e podando os ramos para que sejam renovados; a segunda, é removendo os ramos secos e sem vida para lançá-los fora e queimá-los.

O proposito precípuo de Jesus aqui é mostrar que o Pai, como o agricultor, está trabalhando na vida dos discípulos, que permanecem em Cristo, a fim de que produzam muitos frutos. Os discípulos são os ramos, e a finalidade dos ramos que permanecem ligados a Cristo é produzir frutos. Se eles não permanecem em Cristo, não fazem parte da videira, da família, da igreja, do rebanho; secam e são lançados no fogo e queimados. Deus, como viticultor, espera de nós frutos.

Em quarto lugar, os frutos. O propósito de uma videira não é produzir madeira nobre, lenha ou sombra, como algumas outras árvores. Tampouco a videira é uma planta ornamental. O único propósito da videira é produzir frutos. Concordo com William Hendriksen quando ele diz que esses frutos são os bons motivos, desejos, disposições (virtudes espirituais), palavras, obras – tudo isso com origem na fé, em harmonia com a lei de Deus e feito para a sua glória.

Vemos que da mesma maneira que existe uma relação entre as árvores e o tipo de fruto que produzem, aqueles que são verdadeiros cristãos; procuram viver de acordo com as verdades das Escrituras. Portanto, devemos cuidar para que nossos frutos estejam de acordo com o que somos.

Entre todos os frutos que o cristão deve buscar ter há o mais importante que é o fruto do Espírito Santo. Mas o que vem a ser o fruto do Espírito? Veja o que diz a Bíblia em Gl. 5:23: “Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade, a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei”. Com base neste texto vemos que o fruto do Espírito é a presença destes atributos em nossas vidas.

Fomos chamados pelo Pai para produzirmos bons frutos a fim de que o nome dEle seja glorificado. Os dons espirituais são importantes para o crente, mas estes precisam ser acompanhados do fruto, pois o fruto está relacionado ao caráter de Cristo em nós. Ele evidencia a nossa comunhão com o Pai e o quanto temos aprendido com Ele.

E aqui cabe a pergunta: Temos tido uma vida de frutificação? Precisamos frutificar! Por isso, necessitamos estar ligados à Videira Verdadeira. É Cristo em nós que nos permite produzir o fruto do Espírito. Sem Ele nada podemos (Jo. 15.4). O propósito de uma vida frutífera é tão somente glorificar o Pai (Jo. 15.8).

Nesta parábola Jesus mostra que há 03 tipos de ramos:

Nessa metáfora, Jesus falou sobre quatro tipos de ramos: 1) nenhum fruto (15.2); 2) tem fruto e é podado para produzir mais(15.2); 3) já muitos frutos (15.2).

Qual é a importância de produzir frutos? Jesus diz: […] eu vos escolhi e vos designei a ir e dar fruto, e fruto que permaneça […] (15.16). Estamos aqui para produzir frutos para Deus e dar glória ao seu nome através de uma vida frutífera.

Mas o que simbolizam esses ramos?

Primeiro ramo, nenhum fruto (15.2).

Muitos estudiosos da Bíblia interpretam o versículo 2 desse capítulo como se um crente que não produz fruto não pudesse ser um cristão verdadeiro, ou seja, sua ligação com Cristo é apenas aparente. Esses acreditam que tais pessoas estão ligadas a Cristo apenas por um ritual ou pela membresia em uma igreja, sem jamais ter nascido de novo. São pessoas que não têm a graça de Deus no coração. A união delas com Cristo é nominal, e não real. Têm o nome de que vivem, mas estão mortas. Onde não há fruto, não há vida.

Segundo ramo, tem fruto e é podado para produzir mais fruto (15.2).

Depois que Jesus contou aos discípulos como o viticultor cuida do ramo estéril, ele pegou um ramo que demonstrava crescimento desordenado, mas produzia apenas alguns cachos de uvas (15.2).

O viticultor sabe que, para conseguir mais frutos da vide, é preciso ir contra a tendencia natural da planta. Por causa da tendência da vinha em crescer vigorosamente, muitos galhos têm de ser cortados a cada ano. Os ramos podem ficar tão densos que a luz solar não alcança a área em que o fruto deve formar-se. Livre, o ramo sempre favorecerá mais crescimento de folhagem do que de uvas. É por essa razão que o viticultor corta os brotos desnecessários, independentemente de quanto pareçam vigorosos, pois o único propósito da vinha são as uvas.

William Hendriksen diz com razão que o propósito dessa limpeza diária na vida dos filhos de Deus é torná-los progressivamente mais frutíferos. Aquele que produziu trinta por um provavelmente pode produzir sessenta ou até mesmo uma centena.

Um agricultor trabalha de quatro formas para podar a videira: 1) remove os brotos mortos e prestes a morrer; 2) garante que o sol chegue aos galhos cheios de frutos; 3) corta a folhagem luxuriante que impede a produção de frutos; 4) corta os brotos desnecessários, independentemente de quanto pareçam viçosos. Como viticultor, Deus segue o mesmo processo conosco: ele corta as partes da nossa vida que nos roubam a vitalidade e nos impedem de frutificar. O viticultor procura tanto a quantidade quanto a qualidade.

Mais qual a diferença entre a disciplina e podar de Deus?

  • A poda é o meio que Deus usa em nossa vida para fruticarmos mais.
  • A disciplina tem que ver com o pecado, e a poda tem que ver com a nossa vida, com o nosso crescimento e aperfeiçoamento.
  • A disciplina é para nos corrigir e nos levar de volta para o caminho; a poda é para sermos mais produtivos.
  • Deus nos disciplina quando estamos fazendo algo errado; Deus nos poda quando estamos fazendo algo certo.
  • Deus nos disciplina para darmos fruto; ele nos poda para darmos mais frutos.
  • Na disciplina, o que precisa ser retirado é o pecado; na poda, o que precisa ser retirado é o eu.
  • A disciplina termina quando nos arrependemos do pecado; a poda só terminará quando Deus concluir sua obra em nós na glorificação.

Os cristãos mais frutíferos são aqueles que mais têm sido podados pela tesoura de Deus. Os viticultores podam as vinhas com maior frequência com o passar dos anos. Sem a poda, a planta enfraquece, a colheita diminui.

Deus jamais aplicaria a poda se um método mais suave provocasse o mesmo resultado. Nem toda experiência dolorosa resulta de poda. A dor da poda vem agora, mas o fruto virá depois.

Terceiro ramo, o que já tem muito fruto (15.8).

O segredo para a vida frutífera é permanecer em Cristo. Nesses onze versículos, o verbo “permanecer” aparece dez vezes. Esse é o pensamento central de Jesus.

O segredo para uma vida transbordante não é fazer mais por Jesus, mas nos esforçarmos para estar mais com Jesus. O desafio da permanência é passar dos deveres para um relacionamento vivo com Deus.

Nos comentários finais de Jesus sobre a vinha, ele desviou totalmente a atenção de seus discípulos da atividade para o relacionamento com ele. Depois da disciplina para remover o pecado, depois da poda para mudar as prioridades, agora Jesus diz que o segredo da vida abundante é permanecer nele.

Jesus é a videira, o tronco no qual o galho precisa buscar sua seiva para frutificar. Quanto maior a conexão do ramo com o tronco, maior é a capacidade de produção desse ramo. A vida, a força, o vigor, a beleza e a fertilidade do ramo estão na sua permanência no tronco. Em nós mesmos, não temos vida, nem força, nem poder espiritual. Tudo o que somos, sentimos e fazemos vem de Cristo. Ele é a fonte. Jesus disse: […] sem mim, nada podeis fazer (15.5).

Permanecer em Cristo:  o segredo de uma vida frutífera.

Veja o que diz o texto: Jo 15:7 Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será concedido.

O maior propósito de Deus não é que você faça mais por ele, mas que você escolhemos estar mais com ele. “Permanecer” significa “ligar-se intimamente”. Jesus nos ensina, aqui, algumas verdades, como veremos a seguir.

1. Permanecer em Cristo é um imperativo, e não uma opção (15.4 “Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós…”).

Deus está mais interessado em nossa vida do que em nosso trabalho. Deus está mais interessado em relacionamento do que em atividade. Ele quer você mais do que suas obras. Permanecer não equivale a quanto você conhece de teologia, mas a quanto você tem sede de Deus. Ao permanecer, você busca, anseia, aguarda, ama, ouve e responde a Jesus. Permanecer significa ter mais de Jesus em sua vida, mais dele em suas atividades, seus pensamentos e desejos.

2. Permanecer em Cristo é vital para a salvação (15.6).

Jo 15:6 declara: “Quem não permanece em mim é jogado fora e seca, à semelhança do ramo. Esses ramos são recolhidos, jogados no fogo e queimados”.

Se um ramo não permanece na videira, esse ramo não tem vida; é lançado fora, jogado na fornalha e se queima.

Jesus advertiu que, se uma videira deixasse de produzir fruto, sua madeira só serviria para ser lançada no fogo (Ez 15.1­ 8).

O fogo simboliza julgamento e atesta a inutilidade daquilo que ele consome.

William Hendriksen destaca os cinco elementos de punição para o homem que não está ligado a Cristo:

  1. Ele é lançado fora como um ramo (3.18; 6.37).
  2. Ele seca. Embora essa pessoa possa ter uma vida prolongada, ela não tem paz (Is 48.22) nem alegria (Jl 1.12). Ele é […] como árvores sem folhas nem fruto, duplamente mortas, cujas raízes foram arrancadas (Jd 12).
  3. Seus ramos são apanhados (Mt 13.30; Ap. 14.18).
  4. Ele é lançado no fogo (Mt 13.41,42).
  5. Ele é queimado (Mt 25.46).17

3. Permanecer em Cristo é vital para produzir fruto (15.4,5).

Jesus disse: […] O ramo não pode dar fruto por si mesmo […] porque sem mim nada podeis fazer.

Fora da videira, o ramo é estéril e inútil. Contudo, quando o ramo está ligado à videira, sendo podado na hora certa, ele produz muito fruto.

Mas levanta-se aqui uma questão: Qual é a natureza desse fruto? O fruto na metáfora da videira representa a obediência aos mandamentos (15.10), a experiência da alegria (15.11), a paz (14.27), o amor de uns pelos outros (15.12) e o testemunho diante do mundo (15.16,27).

Esse fruto não é nada menos que o resultado da perseverante dependência que o ramo tem da videira.

4. Permanecer em Cristo é a evidência de que somos discípulos de Cristo (15.8).

Jesus disse: “Meu Pai é glorificado nisto: em que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos”.

Uma vida frutífera é a melhor evidência para o nosso coração de que somos realmente discípulos de Cristo.

Jesus disse que se conhece a árvore pelo fruto. Uma árvore boa precisa produzir bons frutos, mais fruto (15.2) e muito fruto (15.5,8).

Aqui a vitalidade da videira, que é Jesus Cristo, é enfatizada. Essa videira permite àqueles que nela permanecem produzir não só frutos, mas muito fruto.

Certa feita, Jesus estava indo para Jerusalém e teve fome. Olhou para uma figueira e viu muitas folhas. Foi procurar fruto e não achou. Aquela figueira anunciava fruto, mas não tinha fruto. Então, Jesus a fez secar. A árvore nunca mais produziu fruto. Fruto é o que o Senhor espera de nós, e não folhas. Ele não se contenta com aparência; ele quer fruto.

5. Permanecer em Cristo é vital para experimentar o fluir do amor de Deus (15.9).

Jesus afirmou: “Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor”.

Quando temos intimidade com Deus, sentimos quanto somos amados e então temos pressa para estar novamente na sua presença. Jesus deseja compartilhar a sua vida conosco. E isso é importante, porque nas dificuldades sentimos que somos amados por Deus.

Acerca do amor há 03 princípios importantes:

1. Firmados no amor de Cristo. O amor é o fruto excelente (Gl 5.22). Fomos alcançados pela graça e o amor de Cristo (Rm 3.24). A graça divina, além de destruir os pecados, enxerta em nós a semente do amor. O amor nos ajuda a vencer os efeitos da arrogância, o egoísmo e a incredulidade.

Cristo é o nosso exemplo por excelência de amor altruísta. Ele se sacrificou pelos pecadores (Jo 3.16). O que nos identifica como discípulos de Jesus é o amor. O amor nos leva a servir ao nosso próximo e esse servir é sem interesses ou vantagens materiais.

2. Por que o amor é a base da frutificação? Porque ele é o alicerce de todas as virtudes (1Co 13.13). Não podemos nos esquecer que o amor deve ser revelado em atitudes. Não adianta dizer que ama e tem fé se não tiver as boas obras (Tg 2.14). A fé sem obras e sem amor é morta (Tg 2.17,26). O amor precisa ser visto mediante as nossas obras. Existem muitas pessoas carentes e necessitadas que precisam do nosso amor e ajuda.

3. Cheios do Espírito e de amor. O amor é gerado em nossos corações pela ação do Espírito Santo. Não podemos nos esquecer que somos templo, habitação do Consolador. Esta virtude era uma das características mais marcantes da Igreja Primitiva. Por quê? Porque todos ali eram cheios do Espírito. O amor fazia com que repartissem seus bens: “Não havia, pois, entre eles necessitado algum […]” (At 4.34). Levava também os crentes a amarem, mesmo sofrendo perseguição e morte (At 7.60).

7. Permanecer em Cristo é impossível sem obediência a ele (15.10).

Jesus declara: “Se obedecerdes aos meus mandamentos, permanecereis no meu amor” […].

A desobediência sempre cria uma quebra no relacionamento com Deus. Você pode sentir emoção num culto no domingo, mas, se continuar a ter um estilo de vida pecaminoso durante a semana, jamais terá sucesso na permanência.

Aquele que diz que ama a Cristo e não lhe obedece está enganando a si mesmo.

8. Permanecer em Cristo é o caminho para a alegria (15.11).

Jesus diz: “Eu vos tenho dito essas coisas para que a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja plena”.

Na Escola bíblica de hoje, falamos sobre a alegria. A alegria do crente existe apesar das circunstâncias. Paulo, mesmo aprisionado e acorrentado, estava cheio de alegria porque, independente do que lhe acontecesse, Jesus estava com ele.

Quando permanecemos em Cristo, produzimos muito fruto. O Pai é glorificado. E uma alegria indizível e cheia de glória enche o nosso coração.

E assim, a alegria do Espírito é um estado de graça e de bem-estar espiritual que resulta da comunhão com Deus.

Nunca que Deus é a fonte da nossa alegria e de todas as dádivas que recebemos (Tg 1.17).

Talvez você esteja enfrentando uma situação difícil e, por isso, está com o seu coração triste e pesaroso. Mas creia que o Deus que não poupou o seu próprio Filho dará a você todas as coisas que necessita para sua completa alegria no Espírito Santo (Rm 8.32).

Os irmãos do primeiro século, mesmo sofrendo, alegravam-se em Deus, e essa alegria deu-lhes forças para enfrentar toda a sorte de perseguição. Paulo e Silas, depois de serem açoitados e presos, cantavam hinos de louvor a Deus, mostrando que não estavam tristes ou amargurados pelo sofrimento (At 16.24,25).

Conclusão

No primeiro capítulo de Salmos, em seu terceiro versículo, a Bíblia apresenta o “justo” como uma árvore plantada junto à corrente de águas – há vida no Espírito Santo; que no devido tempo dá o seu fruto – há um processo; cuja folhagem não murcha – há estabilidade; e tudo quanto ele faz será bem sucedido – há produção e sucesso.

Este é o tipo de “árvore” com a qual o Senhor nos compara: cheia de vida, crescendo progressivamente, estável, produtiva e bem sucedida. A vida cristã não deve ser vivida sem verdadeira espiritualidade, sem um processo que nos conduza ao alvo para o qual o Senhor nos chamou. A vida cristã tem um propósito, e isto nos traz sentido de realidade, contrapondo à religiosidade. O Senhor deseja nos guiar por meio de um processo de crescimento espiritual para que sejamos capazes de cumprir seu desígnio eterno. Deus quer que tenhamos vidas estáveis, que não nos abalemos com as adversidades e que não percamos o frescor da vida cristã. Quando vivemos este tipo de vida, naturalmente, há reprodução sadia e sucesso espiritual. O sucesso cristão é medido pela nossa obediência e fidelidade a Deus e é precisamente isto que resulta em expansão e crescimento.

Quando Deus usa a simbologia da árvore para ilustrar a vida cristã, Ele quer nos ensinar preciosas verdades sobre seu plano para nós.

Quando lemos: “… no devido tempo dá o seu fruto”, o Senhor quer nos ensinar que devemos ser produtivos e viver com saúde espiritual, cumprindo o propósito para o qual fomos chamados: expressar e representar a Cristo neste mundo de forma a honrá-lo. E ainda: “… e tudo quanto ele faz será bem sucedido”, notamos aqui que o Senhor nos fala sobre potencial. Nós temos dentro de nós, implantado pelo próprio Deus, todo o potencial necessário para que frutifiquemos. O Espírito de Deus habita em nós para que sejamos reprodutores de sua vontade. Assim como o fruto já traz em si mesmo sua própria capacidade de reproduzir-se, assim também nossos “frutos” trarão em si mesmos esta capacidade.

Cremos que, com a direção de Deus e o engajamento de todos, veremos os frutos do nosso trabalho, o nome do Senhor sendo glorificado através de nossas vidas, nossas casas, famílias e de nossa Igreja.

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