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ToggleSEM MEDO DE SER DIFERENTE
Rm 12:1-2 1 Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. 2 Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. NVI(Br)
INTRODUÇÃO
Entramos numa nova época; um tempo profetizado por Daniel, em que “a ciência se multiplicaria” (Dn 12.4). Esta é a era da tecnologia, do avanço científico, da informática e da globalização. Estamos também chegando ao período profetizado por Paulo: “nos últimos dias haverá tempos difíceis.
Pois muitos serão egoístas, avarentos, orgulhosos, vaidosos, xingadores, ingratos, desobedientes aos seus pais e não terão respeito pela religião… Amarão mais os prazeres do que a Deus”
(2Tm 3.1-4 NTLH). A pós-modernidade fez surgir a geração do “você decide”, “você faz as regras” e é “cada um na sua”.
Ser crente hoje é difícil, mas não muito mais do que foi para os nossos pais. Eles também viveram tempos de rápidas mudanças, no pensamento e no comportamento. Na perspectiva deles, viveram em “tempos modernos”… tempos de rebeldia, do “movimento hippie”, do “baseado”, do “feminismo”, dos “protestos estudantis” e outros mais. Muitos pais crentes souberam entender o espírito de sua época de juventude, sem perder a identidade cristã. Eles tiveram coragem de ser “sal da terra e luz do mundo”, coragem de influenciar seus colegas, em lugar de se deixarem influenciar pelo modismo das novas idéias.
A verdade é que cada nova geração tem seus próprios desafios, mas em todos os tempos tem havido apenas uma orientação segura para as decisões que devem ser tomadas. Nossos pais podem nos aconselhar e também nossas próprias experiências, contudo não há melhor conselheira do que a palavra de Deus. Nela aprendemos com o exemplo de jovens e velhos que acertaram e erraram nas decisões que assumiram em sua própria geração. E é por meio desses exemplos que Deus nos ensina como agir dentro do “espírito da nossa época”.
Convido você a observar a história de dois jovens “crentes”, da mesma cidade (Belém), que viveram quase na mesma época, mas que tomaram decisões completamente diferentes.
1. Jônatas
(Jz 17.1-18.31)
Esses fatos aconteceram numa época em que não havia rei em Israel, nem heróis, nem líderes, nem qualquer tipo de referencial e, por isso, não havia valores definidos; assim “cada um fazia o que bem queria” Jz. 21.25). Os jovens daquela geração haviam se tornado “individualistas” na busca do prazer pessoal e “relativistas” nas decisões que tomavam, pois o certo e o errado dependiam de cada um. Aquela também podia ser chamada de geração “você decide”.
Foi nesse contexto que se passou a história de um jovem crente, chamado Jônatas, descendente de Moisés (Jz 18.30), criado desde pequeno para ser um sacerdote (não confunda este Jônatas com o amigo de Davi!).
Jônatas, quando conquistou sua independência, passou a viver entre o dilema de uma vida consagrada a Deus e os prazeres de uma vida liberal. Sua liberdade de escolha poderia levá-lo às “alturas” ou ao “abismo”. O que será que ele escolheu?
Jônatas optou pelo abismo de sua geração quando perdeu sua identidade.
Naquela época, ser um “levita” era sinônimo de espiritualidade, de vida consagrada e de compromisso com Deus. E era esse o comportamento que as pessoas esperavam quando viam um levita. Mas o estilo de vida escolhido por Jônatas revela que ele entrou no esquema da sua época. Seu erro não foi se contextualizar, mas tornar-se “mundano”.
Ser cristão não é ser um “bitolado”, mas também não precisa seguir toda moda que aparece. Suas opções podem fazer de você um referencial ou torná-lo um “trouxa”.
Jônatas optou pelo abismo de sua geração quando negociou sua missão
Ele foi criado para ser, mas abriu mão de seu chamado por uma “Proposta Indecente”- deixou de adorar a Deus e sujeitou-se à idolatria, por interesse financeiro e por comodidade (Jz 17.10). E, como a ganância nunca satisfaz, ele não demorou em aceitar a “Proposta Indecente”- juntar-se a ladrões para obter lucro, prazer, fama e status (Jz 18.20).
Se olharmos para Jônatas com os olhos de sua geração, poderíamos até dizer que ele foi esperto, mas se olharmos para ele com os olhos de Deus, descobriremos que esse moço foi um tolo, que trocou a verdadeira riqueza por migalhas.
Tenha coragem de ser diferente, de fazer diferença e de ser uma bênção, pois do contrário só lhe resta ser como Demas, que por amor ao presente século, abandonou a Cristo (2Tm 4.10).
2. Davi
(ISm. 17.1-51)
Davi e seus irmãos foram criados da mesma forma, mas, pelo visto, seus irmãos não levaram o ensino biblico muito a sério. Sua geração estava se acostumando com a ideia de ter um rei, entretanto, ainda não tinha uma identidade definida e quase nada sabia sobre Deus.
No contexto dessa passagem, vemos os jovens apavorados com um “brutamontes metido a besta” e ninguém queria assumir essa “parada” e nem tinham em quem confiar. O único que tinha uma pequena chance era Saul, o rei grandalhão (ISm 9.2). Saul era grande, mas era mole, e preferiu pagar para que outro fizesse o seu trabalho, oferecendo muita grana e até a sua filha. Mas seu plano não funcionou porque ninguém quis aceitar o desafio. Foi aí que surgiu esse outro jovem de Belém.
No contexto dessa passagem, vemos os jovens apavorados com um “brutamontes metido a besta” e ninguém queria assumir essa “parada” e nem tinham em quem confiar. O único que tinha uma pequena chance era Saul, o rei grandalhão (ISm 9.2). Saul era grande, mas era mole, e preferiu pagar para que outro fizesse o seu trabalho, oferecendo muita grana e até a sua filha. Mas seu plano não funcionou porque ninguém quis aceitar o desafio. Foi aí que surgiu esse outro jovem de Belém.
Davi optou pelas “alturas” ao manter-se fiel nas pequenas coisas
Os irmãos de Davi, estando no exército, tinham grandes chances de sucesso e fama, mas o trabalho de Davi era bastante monótono: ele cuidava de ovelhas. Quando surgiu a chance de sair da rotina (ISm 17.16-23), em lugar de “jogar tudo pro ar” e ir curtir sua aventura, ele mostrou-se fiel no cuidado com as ovelhas (v.20), com a encomenda aos irmãos (v.22) e com o pedido de seu pai (v.22).
Lembre-se da promessa de Jesus: “foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei” (Mt 25.21).
Aquele jovem foi fiel nas pequenas responsabilidades, e isso fez dele um “gigante em sua geração”.
Davi optou pelas “alturas” ao dar um bom testemunho entre seus colegas
O desafio de Golias envergonhava e prejudicava a todos, mas cada um dizia: “isso não é comigo, é problema do rei, da guarda real, de qualquer um, menos meu”. Ainda hoje ouvimos calados os desaforos de outros gigantes: “o gigantesco consumo de drogas… número de abortos… preconceito social e racial”. Nós ouvimos e dizemos: “isso não tem nada a ver conosco”. Mas aquele jovem encarou o desafio como uma oportunidade de testemunhar sobre Deus.
É nas encrencas da vida que aparecem as melhores chances de testemunhar a sua fé. Deus quer usar sua vida para mostrar que há um jeito diferente e multo melhor de se viver.
Davi optou pelas “alturas” ao enxergar o que outros jovens não podiam ver
Pelo fato de ter mantido firme a sua comunhão com Deus, ele agora podia ver que Deus estava agindo no meio daquela situação desagradável e difícil. Os jovens da sua geração só podiam ver o tamanho do problema. O grandalhão encrenqueiro só conseguia enxergar a fraqueza daquele garoto “desmiolado”. Mas aquele jovem crente conseguia ver o que ninguém mais via: “eu vou contra ti em nome do Senhor dos Exércitos …a quem tens afrontado” (ISm 17.45).
CONCLUSÃO
Quero concluir com uma pergunta.
Mas, o que a história de Jonatas ou Davi, de tempos tão antigos, tem a ver com a juventude cristã dos nossos dias?
A história de Jônatas tem a ver com a nossa realidade
A história de Jônatas tem muito a ver com a realidade que você vive. Você, que conhece a palavra de Deus e que assumiu com Deus um compromisso, mas tem sido constantemente seduzido a buscar sua “liberdade”, curtindo os “prazeres da vida”, preste atenção no exemplo de Jônatas.
De fato, você é livre para fazer as suas escolhas, mas é também responsável por elas. Ou você toma a decisão de ser diferente, de fazer diferença e de ser uma bênção na vida de muita gente, ou segue o “espírito de sua época”, acompanhando a multidão pelo “caminho espaçoso que conduz para a perdição” Mt. 7.13).
Os acontecimentos na vida de Davi, tem relação com nossas conquistas
Com esses acontecimentos na vida de Davi, aprendemos que a fidelidade nas pequenas coisas abre espaço para grandes conquistas. Aprendemos a encarar os desafios do dia a dia como uma oportunidade de testemunhar nossa fé em Deus, a lutar por causas justas e não por razões egoístas. Aprendemos, ainda, que a intimidade com Deus nos permite ver coisas que ninguém vê.
A história deles tem pode ter semelhanças com a nossa própria história.
A história desses dois jovens deve motivá-lo a fazer sua própria história: sonhando e lutando por dias melhores.
Recomendo a você jovem que faça a sua história “olhando firmemente… para Jesus” (Hb 12.2), que também foi um jovem de Belém, e é o melhor referencial para todos nós.
Que Deus te abençoe.
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