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TogglePalavra ministrada pelo Pr Josias Moura na Igreja do Betel Brasileiro Geisel
UM NOVO TEMPO
ESTA POR VIR
Jr 30: 1: “O SENHOR, o Deus de Israel, me disse o seguinte: —Jeremias, escreva num livro tudo o que eu lhe falei, pois está chegando a hora de eu fazer voltar o meu povo, tanto Israel como Judá. Vou trazê-los de volta para a terra que dei aos seus antepassados, e eles serão donos dela novamente. Eu, o SENHOR, falei”.
Introdução
De que tratam os capítulos 30 a 33 de Jeremias? Eles constituem-se como uma coletânea de sermões que se concentram na restauração (30.1-11) e na cura (Vs. 12-24) do povo de Israel no Antigo testamento.
Observamos nestes capítulos a presença intensa do tema do amor eterno de Deus que assegura bênçãos futuras, apesar da tristeza vivida pelo povo (31.1 -30).
Mas para realizar os seus objetivos, Deus tinha que fazer um novo concerto com seu povo (w. 31-40). Jeremias comprou um campo ocupado pelo inimigo, para demonstrar a sua confiança pessoal nas promessas de restauração de Deus (32.1-44), que ele repetia, embora estivesse aprisionado (33.1-26).
Um escritor chamado Charles Jefferson diz que “…um homem medíocre pode ver quando começa a escurecer (…] mas não consegue enxergar além da escuridão. Não sabe como colocar um raio de sol em sua situação. Já um grande homem penetra a escuridão e vê a glória de um amanhecer oculto”.
Nos capítulos 30 a 33 de Jeremias vemos que a glória de um novo amanhecer ou de um novo tempo está sendo profetizado pelo Senhor para seu povo.
Estudiosos da Bíblia geralmente chamam esses quatro capítulos de “Livro da Consolação”. É nestes capítulos que Deus explica em mais detalhes a maravilhosa promessa que tem para seu povo que está exilado e triste.
Assim sendo, Jeremias 30 a 33 descreve a glória do amanhecer de um novo dia para o povo de Israel, não apenas para os exilados na Babilônia, mas também para o povo de Deus nos últimos dias quando o Senhor voltar.
1. A primeira mensagem: “Farei tomar do cativeiro o meu povo’’ (Jr 30.1-11).
Observando estes versículos iniciais vemos que quando o povo de Deus prospera e está confortável, os profetas censuram os seus pecados e predizem juízos.
Mas quando vem o juízo, e o povo de Deus sente temor, os mesmos profetas o consolam, com promessas de perdão e restauração.
Não existe conflito entre os dois temas. As predições de castigo de Deus para o pecado, pretendem trazer arrependimento.
O que nós realmente vemos é que Deus sempre se preocupa em transmitir exatamente a mensagem que o seu povo necessita naquela ocasião particular.
A mensagem de Deus tem como finalidade afligir os que estão confortáveis e acomodados e consolar os aflitos e necessitados.
Se você e eu estivermos muito confortáveis neste mundo, precisamos das palavras firmes de Deus para nos lembrar de que devemos permanecer comprometidos com a justiça e a santidade.
Mas, se sofrermos, precisamos de palavras amorosas de promessa, que nos lembrem do amor de Deus e do seu comprometimento em nos fazer o bem.
2. A segunda mensagem: “Restaurarei a tua saúde e sararei as tuas chagas” (Jr 30.12-24)
Aqui, as “chagas” de que Deus fala são espirituais. O seu povo de Israel ainda não tinha sido curado em virtude da “grandeza de tua maldade e multidão de teus pecados”.
Antes que Deus possa restaurar a prosperidade material do seu povo, Ele deverá restaurar a sua saúde espiritual. Isso era impossível para o povo de Judá pois as suas chagas eram “incuráveis” e “não podem ser curadas”. Mas Deus encontrará uma maneira, e então os restaurará ao relacionamento com Ele (v, 22) e a prosperidade nacional.
A ordem aqui e importante. Deus está ansioso por nos abençoar. Mas, antes disso, devemos ser curados interiormente, e estar no relacionamento correto com Ele. Como Jesus explica, a nossa primeira preocupação deve ser buscar o Reino de Deus e a sua justiça. Então “todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt. 6.33).
3. A terceira mensagem: Com amor eterno te amei” (Jr 3L1-14).
Se procurarmos alguma razão para a promessa de restauração de Deus no próprio povo de Judá, ficaremos desapontados.
Nada, no caráter deste povo, ou nos seus atos, era atraente. Nada merecia a consideração de Deus. Mas a razão que Jeremias forneceu foi simplesmente o fato de que Deus tinha escolhido amar o seu povo “com amor eterno”.
É a abundancia desse amor que traduz o misericordioso comprometimento de Deus com suas promessas de concerto e restauração para o seu povo.
A mesma coisa é válida conosco, hoje em dia. Quando Deus enviou o seu Filho ao mundo, foi para salvar seus inimigos! Ele nos salvou, apesar do que somos, e não por causa do que somos. “Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm. 5.8).
Não devemos jamais cair no erro de pensar que Deus nos salvou, ou salvará alguma outra pessoa, por sermos “bons” ou “agradáveis” ou por merecemos, de alguma maneira, a sua benevolência.
E que benção é isso! Os melhores entre nós são defeituosos, e se tivéssemos que depender das nossas próprias obras, jamais receberíamos os dons de Deus.
Mas, uma vez que tudo depende do amor de Deus, podemos estar confiantes e seguros. O amor de Deus não tem limites, e, como diz Jeremias, ele é “eterno”. Somente por confiarmos plenamente no amor de Deus podemos dizer, com confiança, que fomos, estamos sendo, e certamente seremos salvos.
Não é de admirar que Jeremias convocasse Judá para “cantar com alegria” e “cantar louvores”. A confiança no amor de Deus converterá o nosso “pranto em alegria” e nos dará “consolo e regozijo, em lugar de tristeza”.
4. A quarta e última mensagem: Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes” (Jr. 33.1-26).
Jeremias estava na prisão, por causa do seu conselho de que Judá deveria render-se aos babilônios.
Deus lhe falou outra vez, e lhe revelou coisas grandes sobre o futuro de Israel. Eram revelações grandiosas, que o profeta ainda não conhecia.
O povo de Deus não aprende as coisas ocultas de Deus com suas próprias forças, mas sim buscando o Senhor por meio da oração de fé. Pelo fato de Jeremias ter pedido ao Senhor que o ensinasse, Deus mostrou-lhe “coisas ocultas” referentes ao futuro de seu povo.
Aqui está o plano de Deus para o futuro do seu povo: um futuro que ninguém poderia imaginar, exceto por revelação divina. Quais são as linhas gerais deste futuro?
- A nação contaminada seria curada e purificada (vv. 6-8), e a cidade infame traria alegria e honra ao Senhor, tornando-se um testemunho, para todas as nações, da maravilhosa graça e bondade do Senhor (v. 9).
- Um dia, a cidade deserta seria habitada por um povo que dana louvores a Deus e que expressaria seu regozijo uns aos outros (vv. 10,11).
- Um dia, as pastagens arruinadas pelo juízo devastador se encheriam de rebanhos, e as pequenas cidades voltariam a ser felizes (vv. 12, 13).
- Tendo em vista que tais bênçãos não aconteceram após a volta do exílio, temos motivos para crer que se realizarão quando o Senhor vier e restaurar seu povo e sua terra.
- A maior bênção de todas será o Rei prometido governando em justiça! (vv. 14-16; ver 23:5).
De uma coisa, podemos ter certeza: Deus não rejeitou o seu povo, Israel. E Ele não nos rejeitará.
Conclusão
Assim como Deus se aproximou de seu povo com amor e bondade motivada por um amor profundo e duradouro, Ele deseja fazer o mesmo por nós.
Seu amor por nós é como uma brisa fresca. Seu amor nos atrai e nos faz perceber que um novo tempo pode iniciar em nossas vidas.
Que Deus nos abençoe!
Josias Moura de Menezes
João Pessoa, 16.03.2014