Estudo Bíblico para o encontro de homens, mulheres e jovens nesta quinta. Tema: Derrotando o medo e a ansiedade

Derrotando o medo e a ansiedade

Josué 2.9-11,18; 6.3,17

INTRODUÇÃO

Israel deixou o Egito em direção à terra de Canaã, e durante toda a peregrinação pelo deserto houve inúmeras ocasiões em que o povo foi envolvido pelo medo e o desânimo, até mesmo Moisés teve momentos de incerteza e dor. Em nossa jornada em direção à cidade celestial também não é diferente! Lutas, tribulações e dificuldades de todo tipo testam nossa lealdade a Cristo, ao mesmo tempo em que procuram nos fazer ficar temerosos e ansiosos, mas em toda Bíblia encontramos 365 vezes a confortante palavra de Deus: “…não temas” (Is 41.10).

PROPOSIÇÃO: Se Deus realmente é o nosso refúgio e fortaleza, não há razão para temermos!

I- “…O PAVOR QUE INFUNDIS CAIU SOBRE NÓS”.

-A marcha dos israelitas era temida pelo povo de Canaã (veja Josué 2.9), e havia várias razões para isso, inclusive a prostituta Raabe chega a citar algumas: “Porque temos ouvido que o Senhor secou as águas do mar vermelho diante de vós (…) e também o que fizestes aos dois reis dos amorreus (…) os quais destruístes” (Js 2.10). Em decorrência disso, Raabe confessa o terror que se abateu sobre os habitantes de Jerico, a tal ponto dela reconhecer que a destruição de todos seria uma questão de tempo, pois o medo e o desânimo já os dominara (v. 11).

-O medo e a ansiedade são inseparáveis, resultam da falta de segurança ou do sentimento de incapacidade diante de uma situação difícil. Era isso que os inimigos de Israel estavam sentindo quando as tropas de Josué se aproximaram de Jerico. E verdade que o diabo sabe do potencial da Igreja mais do que ela mesma; entretanto, ele treme diante do poder de Deus (veja Marcos 1.24).

-Jerico com seu rei, exército e muralhas representam todo o arsenal que o inimigo possui e não hesitará em usá-lo contra nós; na verdade ele faz isso o tempo todo, por meio de inúmeras circunstâncias em nosso dia-a-dia. Jesus Cristo já nos havia advertido sobre isso (veja Mateus 5.11; João 16.33). Essas situações maquiavelicamente adversas colocam em dúvida a nossa fé, e em não poucos casos o seu objetivo é produzir medo, ansiedade, desânimo, tristeza e finalmente a nossa completa destruição.

-O medo ou a covardia nos sobrevêm quando estamos diante do desconhecido ou quando algo nos desafia que aparentemente é maior do que nós, mas, o Espírito Santo nesse momento nos conforta dizendo: “Tu és o meu servo, eu te escolhi e não te rejeitei, não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou o teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a minha destra fiel” (Is 41.9,10; grifos do autor).

II– “VÓS, POIS, TODOS OS HOMENS DE GUERRA”.

-Josué precisava de um exército corajoso, destemido e Deus empregou a sua Palavra – proferida por Josué -, os sacerdotes com as trombetas e a arca da Aliança, bem como todo ritual das sete voltas em redor da cidade para curar todo resquício de medo que havia nos soldados, e o único temor que se admitia era o de fazer coisas erradas (veja Josué 6.18).

-A valentia dos soldados de Josué precisava ser fundamentalmente espiritual, e Deus produziu neles toda coragem necessária, pela fé, em Suas instruções. Paulo afirma que somos soldados da fé, encouraçados para uma guerra estritamente espiritual (veja Efésios 6.10-12). O sonido das trombetas alude ao poder do louvor e aos dons de expressão (ICoríntios 12.10). A grande grita que o povo produziu (Josué 6.20) simboliza o poder do Espírito Santo no crente (ICoríntios 2:4).

-Josué ordenou: “…e quem estiver armado passe adiante da arca do Senhor” (6.7). Que “armas” nós dispomos em Cristo? Muitas, por exemplo: A oração (veja Marcos 11.24), a autoridade do nome de Jesus (Marcos 16.17), o Espírito Santo e os dons espirituais, a Palavra de Deus, a segurança da salvação, a comunhão da Igreja, a intercessão de Cristo no céu (Hebreus 7.25) e a do Espírito Santo aqui na terra (Romanos 8.26) etc. Todas essas armas de Deus são suficientes para nos encorajar na luta contra todo mal. Rejeitemos, pois o espírito do medo (2Timóteo 1.7).

III- “A CIDADE SERÁ CONDENADA (…) SOMENTE RAABE VIVERÁ” (V. 17).

-Raabe – a prostituta – foi salva com toda sua família (veja Josué 6.22-25), porque creu no Senhor (Josué 2.11) e escondeu os espias de Josué. Arriscou sua vida nesse ato corajoso (2.4- 6), mas Deus a recompensou salvando-a e fazendo-a participante da aliança abraâmica, pois por meio dela – seus descendentes – veio Davi, e mais tarde o Messias Jesus Cristo (Mateus 1.5; Hebreus 11.31; Tiago 2.25).

-É presumível acreditar que Raabe e seus familiares estavam temerosos e apavorados – mesmo tendo a garantia dos espias de Josué (veja Josué 2.14) – quando ouviam o som das trombetas, a grande grita dos soldados, o barulho ensurdecedor da queda dos muros, e o pior, o grito de pavor dos que estavam sendo mortos pelo fio da espada (6.21). Abem da verdade, o temor de Raabe não tinha razão de ser, porque Deus cumpre a Sua promessa (Isaías 55.10,11).

-Esse é o tipo de receio ou ansiedade improcedente, semelhante à dos israelitas no dia da execução da décima praga sobre o Egito (morte dos primogênitos; veja Êxodo 12.29,30). Do mesmo modo que o sangue do cordeiro nas ombreiras e na verga das portas dos israelitas (Êxodo 12.7,13) e o fio escarlata na janela de Raabe (Josué 2.18), assim o sangue de Cristo nos garante a vitória sobre Satanás e todo o inferno (1 João 1.7; Mateus 16.18).

CONCLUSÃO

O povo de Jerico fechou-se na cidade porque estavam com medo (veja Josué 6.1). O medo produz um sentimento de inquietação e ansiedade diante de algum perigo real ou imaginário. Para os habitantes de Jerico o perigo era real, mas para os israelitas o medo não tinha razão de ser, porque entre eles estava o “…príncipe do exército do Senhor” (Js 5.14). Quem está em Cristo é mais que vencedor (Romanos 8.37) e não deve temer ou viver ansioso diante das lutas do cotidiano (Filipenses 4.6; l Pedro 5.7), principalmente “…porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (l Jo 4.4).

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