Estudo para EBD dia 28.08.2016. Tema: O temor a Deus

O temor a Deus

Lucas 12.4,5

INTRODUÇÃO

Vivemos atualmente a era do medo! A violência urbana, o desemprego, a decepção com as más políticas públicas somado às instabilidades econômicas causam no indivíduo um permanente estado de preocupação e desesperança no futuro. Humanamente falando, não há garantia de nada! Por conta disso, o medo, a desconfiança e o estresse contribuem para piorar a vida e levar as pessoas a buscar refúgio em tudo e em todos, mas será que as religiões ou as ciências médicas são suficientes? Está no homem a solução de todos os seus problemas existenciais? O salmista afirma que “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações. Portanto, não temeremos ainda que a terra se transtorne e os montes se abalem…” (46.1,2). No tempo de Jesus, a ameaça ou violência vinha dos líderes religiosos (saduceus e fariseus) que por sua vez eram influenciados por forças malignas. Em última análise, o diabo é a origem de toda sorte de males que há no mundo, e segundo Jesus Cristo, não é a ele que devemos temer.

PROPOSIÇÃO: Reverenciamos a Deus quando reconhecemos a Sua soberania e direito.

I– “…NÃO TEMAIS OS QUE MATAM O CORPO”.

       O Dicionário Aurélio define o verbo temer nos seguintes termos: “Ter medo, temor ou receio de; tributar grande reverência ou respeito a; ter cuidados; preocupar-se, inquietar-se; sentir susto”.

       O conceito de temor no AT nos revela a forma de como o homem deveria se aproximar de Deus. O termo hebraico yãre’ tem o sentido de ter medo ou grande respeito por. Portanto, quem teme a Deus reconhece a Sua soberania e o Seu direito sobre si, e lhe presta obediência. Um bom exemplo é o de Abraão (veja Gênesis 22.12), e também do povo que atravessou o mar Vermelho a pés enxutos (Êxodo 14.31). Além do que já foi dito, no AT o “temor a Deus” também significava obediência aos termos da aliança (Deuteronômio 6.2,24).

       A palavra grega para temor é phóbos, que significa aquele pânico ou medo que toma conta  de alguém quando está assustado ou apreensivo. Ter receio de desagradar a Deus é saudável, mas ter medo do que os nossos inimigos podem nos fazer porque somos leais a Deus, deve ter conotação de covardia.

       Temer a Deus não é simplesmente ter medo Dele (ou do que Ele é capaz de fazer – em termos de juízo ou castigo), mas, antes, é demonstrar profundo respeito, amor, admiração e reconhecimento a Ele pelo que é e faz para o nosso completo bem-estar.

II– POR QUE DEVEMOS TEMER A DEUS?

       No contexto da passagem em estudo, é possível notar que os discípulos temiam a perseguição dos opositores do evangelho. Mas segundo Jesus, não devemos temer os homens ou as circunstâncias difíceis que nos sobrevierem em decorrência da nossa obediência à Sua palavra (veja Mateus 10.16-25).

       Jesus justifica a nossa necessidade de temor a Deus, pois Ele tem poder tanto para tirar a nossa vida física (veja Atos 5.5), quanto para nos lançar no inferno (Apocalipse 20.14,15). A palavra inferno, neste caso, não revela simplesmente a habitação dos mortos (Hades), mas o lugar de tormento eterno (Gehenna) reservado a todos os que não têm seus nomes escritos no livro da vida (Apocalipse 20.15). Corá, Datã e Abirão perderam o temor de Deus e foram lançados ainda vivos no inferno (Números 16.31-33).

       Salomão declara que: “O temor do Senhor é o princípio do saber…” (Pv 1.7). Depois de fazer tudo que um homem pode desejar (Eclesiastes 2.10) e de refletir sobre os enigmas da vida (Eclesiastes 9), o sábio concluiu que: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos-, (..) Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Ec. 12.13,14; Lc. 12.3; grifos do autor).

       O temor a Deus é o ponto de partida para uma vida de vitórias tanto aqui quanto na eternidade. De
le procede todo o bem, e toda dádiva perfeita. Qualquer que seja a conquista do homem, sem Deus não passa de pura vaidade, ilusão, pois a sabedoria separada dele é loucura e desespero, a vida longe de Jesus é vazia e deprimente, até desfrutar as coisas boas da vida sem Deus conduz invariavelmente à frustração e à falta de contentamento etc.

     Não somos auto-suficientes. Nossa dependência de Deus é plena e vai desde a nossa formação (embrião), crescimento e morte, e até à vida pós-morte. Esse temor reverente nos livra de sermos presunçosos.

III– QUAIS ATITUDES REVELAM QUE TEMEMOS A DEUS?

       A principal atitude que manifestamos como indicação de que tememos ou respeitamos a Deus é a obediência à Sua Palavra. Tiago declara em seu livro que quando nos sujeitamos ou nos submetemos a Deus encontramos forças para enfrentar toda oposição do diabo (4.7).

       Involuntariamente, toda a criação está debaixo da autoridade absoluta de Deus (veja Jeremias 5.22), mas Ele deseja que a aceitemos voluntária e alegremente, e fazemos isso praticando a Sua Palavra, vivendo segundo os Seus justos mandamentos, nos desviando constantemente do mal e praticando o bem etc.

       Quem evita o pecado, por meio da vigilância e prudência, revela com isso respeito à santidade de Deus. Além disso, a vida santificada é uma das melhores formas de alegrarmos o Espírito Santo que em nós habita (veja Efésios 4.31).

 

CONCLUSÃO
 

Diante de tudo que foi mencionado, será que realmente tememos a Deus? O que diríamos daqueles cristãos que mesmo conhecendo a vontade de Deus, fazem o que é errado? O que acontecerá com as pessoas que abusam da paciência e misericórdia de Deus? Será que Ele pode permitir que venhamos enfermar ou mesmo morrer para com isso nos quebrantar e salvar? A soberba do homem contribui para o seu bem? (veja Tiago 4.6; I Coríntios 5.5).

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